quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Espírito Santo! O que é? E onde ele está?


            Não se sabe ao certo a origem do chamado Espírito Santo, mas se associa a ideia chamada de santíssima trindade, que vem a ser o pai (Deus) o filho (Jesus) e o espírito santo. Existe entre o pai e o filho a ideia da figura humana, sendo o filho o ser que foi realmente humano, vivo e que existiu entre a humanidade, mas o espírito santo?
           
         Bem, pesquisando na internet não consegui encontrar algo realmente significativo para falar sobre o espírito santo além da ideia de “prosópon” que originalmente significava face ou mascara no teatro grego, eram mascaras usadas para enfatizar as expressões dos atores, bem como associar ao ator o seu papel, como por exemplo, um pescador deveria ter uma mascara que expresse seu oficio, assim como um pintor está associado ao pincel, um eletricista ao alicate... O espírito santo seria então a expressão divina de uma força maior.


            Mas que força é essa?

            Antes de falar diretamente sobre esta força quero falar um pouco de astronomia, há pouco menos de um século a humanidade descobriu que o universo esta em expansão, recentemente se descobriu que este movimento de expansão esta em um ritmo acelerado, ganhando velocidade a cada momento, em pesquisas recentes os físicos descobriram que esta força de expansão é de apenas 0,118 isto é: o numero 1 seguido de 18 números zeros depois da virgula! É um numero muito pequeno, incrivelmente pequeno.

            Agora, imagine que algo tão pequeno exerce uma força tão grande e ainda misteriosa no Universo qual força será que trás nossos pensamentos?

            Em uma grande rede de lojas há uma liquidação de começo de ano, no inicio do ano de 2006 eu resolvi participar da fila e ver se conseguia comprar algo que estivesse realmente mais em conta, durante a fila varias pessoas contavam histórias de suas participações anteriores e muita gente falava que tinha de ficar esperto e correr e tal... Foi quando uma moça me surpreendeu dizendo que tinha o propósito de comprar uma maquina de lavar roupas e que iria conseguir atingir seu objetivo custasse o que custasse e que passaria por cima de quem quiser pra conseguir o que queria!!!
            Bem fiquei um pouco horrorizado com aquilo. Pensei comigo:

- O que é que eu vim fazer aqui!

O momento de entrar na loja chegou, e eu entrei tranqüilo sem pânico, sem o desespero que me impuseram no lado de fora e consegui comprar uma impressora e uma hidro lavadora por um preço bem reduzido, mas sai também com a lição de que as pessoas acham no direito até de agredir pra alcançar seus objetivos! Infelizmente há pessoas que pensam assim.

Tanto que em 2007 um assaltante ao aproveitar que uma mulher estava retirando seu filho do veiculo ao roubar o carro e arrastou a criança por cerca de 7 quilômetros pelo lado de fora do veiculo ainda preso ao cinto, o caso ficou conhecido como caso João Hélio, nome da criança.

Isto me fez pensar no seguinte:

Imagine milhões de pessoas no mundo pensando:

- Eu passo por cima seja de quem for pra atingir meus objetivos!

Com certeza isso gera uma força, uma tensão, e essa tensão em algum momento vai encontrar um circuito, uma corrente ou condutor que irá descarregar todo este potencial de carga gerada em uma ação que por mais absurda que pareça foi gerada pela força de pensamentos de milhões de pessoas.

Você pode não concordar, mas esta é uma ação do espírito santo!

Bem!

Tirando toda mística misteriosa envolvida analisando apenas o que é espírito?

Etimologicamente a palavra espírito vem de sopro ou respiração, quando o ser morre e para de respirar se dizia então que se foi o espírito, também está ligado ao vigor, a coragem, ao intelecto e a personalidade, em suma podemos dizer que em tudo que é vivo há o espírito, portanto é regido por leis já que para tudo que é vivo certas faculdades são igualmente comuns, isto vem a resumir que há um espírito em comum para todos os seres e se a vida se estende para além de nosso pequeno planeta há então um espírito em comum para todo o Universo.

            Agora o que é ser santo?

            O termo Santo para os católicos são aqueles que foram convertidos e salvos por Jesus, também está associado à pureza, o ser limpo, sem culpa ou mácula, em algumas religiões prega-se o não julgar, a abnegação desta faculdade aproxima o ser da sua pureza. Embora isto seja de certa forma a negação da própria consciência, o não julgar é também a opção de não opinar e com isso o ser se coloca acima das fraquezas existenciais presentes o que pode realmente elevar o espírito, mas também o separa de compor a realidade do Universo presente.

            Agora juntando novamente as duas palavras “espírito e santo” podemos dizer que se trata da força que não se faz por si própria é a consciência inconsciente, é o espírito que não pertence a uma entidade como a rede de um pescador que embora o identifique como pescador, é um bem universal a todos os pescadores, portanto o espírito santo é o prosópon de toda entidade viva, como em: Deus. O Que É e Como Encontrar! http://reflexhuman.blogspot.com.br/2013/08/deus-o-que-e-e-como-encontrar.html Eu explico que cada ser desenvolve a sua natureza e não há julgamento sobre as escolhas que são feitas, se um ser evolui para ser um predador e assim aos poucos a cada geração lhes é acrescentada tal força, forma e preparo para tal e não há nisso mal nenhum perante a esta ferramenta universal da vida que é o espírito santo.

            Aliás, nada no Universo tem como causa primaria o mal!

            Vejamos um exemplo de mal extremo, a morte!

            Para que um ser possa vir a morrer em primeiro lugar ele tem de estar vivo!

            Portanto o mal morte, é causa segunda de um bem primário, ou seja: vida. Se analisarmos bem todo mal passa por este prisma como o roubo é a causa segunda da extração de um bem primário, a mentira é a falta de uma verdade que é primordial, e assim em diante.

            Mesmo assim muitos são os males que acontecem, mas o bem sempre vence por ser causa primeira, sem o bem nenhum mal há de se fazer por si só.

            O homem como espécie no qual existe hoje, existe a mais de 150 mil anos apenas pouco mais de 10 mil anos o homem se modernizou, criou a civilização, cidades, a polis, filosofia e deixou de ser um mero predador para se tornar observador, acompanhante do tempo e das mudanças, da colheita e de si mesmo, talvez o grande responsável pela mudança não foram os acertos e sim o próprio erro!

  
        Entre estes erros, que até pode ser chamado de grande acerto, foi o fato do homem se reunir em tribos e contar histórias, entre estes contos, lendas e fabulas o tempo foi passando e o que era apenas uma viagem metafórica para se transmitir uma ideia acabou se tornando uma verdade que todos acabaram assumindo como sendo até uma verdade do próprio Universo. Entre estas verdades temos os mitos gregos e romanos e de outras civilizações que foram se misturando e se transformando numa mistura de mito com verdade. Talvez o mais intrigante seja a explicação da criação do homem por Deus pelo povo Judeu!

            A história de Adão e Eva está entre uma das mais antigas histórias que temos, mas o que intriga é o fato da própria explicação sobre a geração do chamado pecado original!

            Diz à história que ao comerem o fruto da arvore da vida da ciência do bem e do mal, se abriram os olhos e viram-se nus!

            Ora seria a criação de Deus imperfeita, pois eram então cegos?

            Certamente que não eram cegos, o que a história quer dizer é que eles passaram a ver suas vergonhas, ou seja, suas partes sexuais têm-se então a ideia de que sexo seria então o pecado original, mas na verdade o sexo não foi gerado depois que comeram o fruto, o sexo já estava lá, o que aconteceu de fato foi que tomaram consciência do próprio desejo sexual e então cobriram o sexo por se verem dominados pelo desejo.

            De certa forma não foi o sexo então o pecado e sim a consciência dos desejos, das emoções e a necessidade de domínio sobre elas.

            É bem provável que isso seja uma parte da história responsável pela mudança do homem de ser um mero animal para assumir em si próprio a faculdade de uma natureza além do ser animal.

            Sem estas histórias o homem continuaria sua vida de caçador e nômade tanto que se os europeus não tivessem chegado às Américas provavelmente ainda haveria pessoas por aqui vivendo como meros animais na floresta, caçando e pescando.

            Mas o que tudo isso tem haver com o espírito santo?

            Como o bem é sempre causa primaria podemos dizer que tais histórias mesmo sendo sem um fundamento cientifico foram de grande impacto para com toda humanidade e certamente algum fundo de inspiração mais elevado pode ter deixado uma pontinha de verdade nessas histórias, nem que seja para inspirar o homem a ficar intrigado e buscar o conhecimento mais profundo, entre estes a própria ideia do espírito santo é uma delas.

            Nós, por causa da linguagem, aprendemos a pensar com as palavras ao invés de pensar com as emoções e nesta compilação entre as emoções e palavras cometemos alguns erros, principalmente de tradução de nossos próprios sentimentos, muitas vezes pensamos de uma maneira, agimos de outra e quando falamos, não falamos exatamente como pensamos e como agimos!

            Esta falha nos causou um certo afastamento de nossa ligação com nosso estado natural, que embora este afastamento nos levou ao aprimoramento de nosso mundo também nos gerou dificuldades entre o crer e o saber!

            As pessoas procuram através da linguagem um atalho para o saber, é como se ao falar de tal forma indicamos o domínio sobre a forma.

            Para entender melhor vejamos um exemplo:

            Um palhaço! Ao se apresentar como palhaço o homem adquire uma forma de falar e nesta forma nós como espectadores já identificamos o ser e sua graça e já preparamos nosso ser para receber a carga de humor.

            Da mesma forma o ser ao pertencer a uma entidade religiosa adquire certa forma de falar como se o ser ao falar por esta forma possuísse a carga do saber que possui tal forma. É como imitar ser “professor” sem ter em si o conhecimento do oficio.

            É o uso do Prosópon.

            Porém! Como qualquer outra ferramenta, necessita de um manipulador desta ferramenta e no momento presente todos nós manipulamos esta ferramenta que é o espírito santo sobre o mundo.

            Nossos pensamentos são mais do que só nossos, são manifestações elétricas que ocorrem em nosso cérebro, o pesquisador Pavel Novak, da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, conseguiu medir a eletricidade das sinapses com o uso de um microscópio eletrônico de alta resolução e descobriu que a corrente que circula entre as sinapses por íons Ca2+, pelos canais de cálcio dependentes de tensão ou VGCCs (voltage-gated calcium channels), o valor de pico registrado dessa corrente foi de 4,4 pico amperes por micrômetro quadrado. Isso não significa que nossos pensamentos são automáticos, mas sim que temos a consciência de nossa própria consciência, portanto cabe a nós organizar nossos pensamentos.

            A oração para muitas pessoas é uma fonte poderosa de saúde e bem estar, bem como a ligação de nosso ser com uma força vital.

            Se assim é, o mau pensamento também gera uma força, um potencial para que o mal aconteça.

            É claro que o mau como causa segunda nem sempre se realiza é como se fosse uma força desperdiçada, um potencial no qual não irá gerar nada além do próprio mal em si, como passar por cima de alguém para atingir seus objetivos não demonstra que você é mais forte ou merecedor e sim que é capaz de ignorar a vida de outro ser para realizar o propósito do seu ser.

            Na natureza os seres estão em constante disputa por espaço e por sua existência e é claro que como em toda e qualquer disputa há os que vencem e se há os que vencem é porque outros seres perderam e não há para a natureza um julgo do ser que vence como bom ou mau, nem julgo do ser fraco como mau ou ruim, simplesmente não há julgo, pois o espírito puro não faz escolhas é apenas a ação sobre as escolhas que já existem. Como um leão só pode ser predador se houver a presa, assim como a flor só pode ser o que é por se ter as abelhas.

            Há, portanto um constante estado de harmonia entre as forças esta harmonia pode ser chamada também de campo mórfico (veja: http://reflexhuman.blogspot.com/2013/05/o-campo-das-formas.html ) também podemos entender estas forças com este vídeo:


            Esta força por ação instintiva talvez nos inspirou a ter a ideia do chamado espírito santo embora a própria ideia não se vê por completo tanto que a própria religião não possui uma explicação mais profunda, isso pode ser por ação da própria linguagem que por falta de um aprofundamento, aceita-se as convenções como a simples palavra “fé”.

            A oração é dita como a forma de aproximarmos o nosso espírito com o espírito santo, em muitas pesquisas já ouve até comprovações de que a oração feita por alguém realmente ajuda no processo de cura por exemplo, mas o estado de não oração, apenas o deixar fluir, o ficar parado consciente em um canto também tem mostrado resultados tão eficaz quanto o da oração, é o estado chamado de Meditação! http://www.youtube.com/watch?v=gzaDYx2mGNU
           
            Neste experimento chamado de Vipassana, presos são apresentados a uma técnica de meditação que os levam a despertar seu estado humano e os faz repensar seus atos.
            Em 1993 John Samuel Hagelin em uma experiência inédita reuniu 4 mil pessoas para meditar em Washington e os índices de criminalidades caíram em 25% naquele ano. Maiores detalhes sobre este experimento podem ser encontrados na internet. http://www.youtube.com/watch?v=ShsEcTT5ugs

            O que podemos concluir é que não se trata de um conjunto de palavras que devem ser ditas como sendo palavras mágicas ou um forte estado de concentração, muito pelo contrario é o estado de se acalmar e permitir que o seu ser se harmonize com o fluxo do Universo com o estado do espírito e assim nós encontramos em nosso ser o nosso lugar no Universo e neste momento o nosso espírito está no lugar que está por fazer parte deste imenso e infinito estado de vida de toda criação é o nosso encontro com o nosso Prosópon, assim estamos onde estamos, pois ai é o nosso lugar e somos sim responsáveis por tudo que ocorre no Universo e o Universo só é a ação da própria ação que o criou. É como o ator em seu papel no teatro e toda ação vem da força gerada dentro de cada personagem, portanto somos nós que criamos os heróis e também figuramos os vilões, se queremos um mundo de paz como no estado de meditação precisamos mesmo é estar em paz e assim sentiremos a presença do espírito santo cada vez mais forte dentro de nós.


domingo, 13 de outubro de 2013

Há Razão Pela Razão?


           Á razão é capacidade que temos de chegar a conclusões lógicas, de julgar e/ou avaliar algo, de compreender ou entender o que é direito correto ou até mesmo estabelecer critérios para a realização de algo, estabelecer normas ou padrões pra uma melhor comunicação entre os seres e até de seus afazeres...  Enfim a razão envolve tudo que nos cerca e a nós mesmos, sejam estabelecendo normas de bom senso, prudência, justificando ações ou nossos pontos de vista, nossas argumentações estabelecendo coerência em nossas relações.
           
            Em outras eras quando o ser humano ainda em sua faze primitiva tinham a razão como um senso coletivo, onde de certa forma todos acabavam concordando com seus lideres; as suas idéias que embora a razão não fosse tão clara a concordância entre todos davam a mesma o intuito de validade.

          Como estabelecer que deva haver um sacrifício pra que pudesse chover ou que um determinado ritual lhe desse uma comunicação direta com seres superiores para ter por enfim o direito do ser á razão!

            E assim uma das formas de poder entre o ser humano passou a ser o uso da razão mesmo essa não sendo usada como uma ferramenta para o crescimento das relações humanas, apenas como um instrumento dogmático ou até mesmo gerador de paradigmas, mas com a evolução industrial o crescimento e conhecimento em todas as áreas, sejam na área cientifica, tecnológicos, humanas ou exatas etc. a razão se mostrou uma ferramenta com um poder de construção até então inimaginável pelo homem, como a comunicação a longa distancia, transmissão de imagens, o conhecimento e o uso da eletricidade... O homem alcançou um conhecimento grande e notório a sua volta que elevou o uso da razão a um patamar mais satisfatório, e com isso a razão como instrumento para o aperfeiçoamento do próprio ser tem sido empregado em diversas áreas.
           
            Muito tem sido discutido sobre as formas de ser, do próprio ser e a razão neste aspecto tem sido deixada de lado pelo simples fato do individualismo, que tem se empregado em nossa sociedade, sendo usado como forma de legalizar qualquer forma de ser, já que a forma prejudicial aparentemente só afeta o próprio ser.

            Mas e a razão de ser?

            Será mesmo que qualquer forma de ser é uma forma dita pela razão de ser, seja ela qual for?

            Há razão em ser... como vemos em certos seres, o que realmente ser?

            A razão no aspecto humano tem avançado muito lenta e vagarosamente com relação ao próprio ser humano e isso tem sido deixado para aqueles que por algum motivo parece ter perdido a razão!

            É o caso de certas doenças como a depressão que nada mais é do que o ser que foi afetado nas suas razões, de ser ou até mesmo só de sentir, quando o ser vê que suas razões não o elevaram aos patamares mais satisfatórios para com sua vivência; e assim o ser afetado em sua razão cai em depressão que podemos traduzir como a perda da força, da pressão que antes exercia para sua vivencia.

            Podemos dizer que a razão sendo empregada em nosso viver nos tiraria desta característica que parece ser tão importante na atualidade, que é a liberdade e nos confinaria a tal forma de ser que tudo deveria funcionar como a operação de uma maquina, onde tal ordem ou comando realizaria um trabalho ou operaria de tal forma que o resultado, no caso seria sempre o mesmo, como um trabalho mecânico, que ao ser realizando resultaria na concepção de um produto ou um trabalho realizado. Sendo assim a razão nos daria sempre o evento para o qual a empregamos, como por exemplo, o querer ser feliz!

            Mas como empregar a razão para sermos felizes?
           
            Mais do que um instrumento, a razão é o próprio mecanismo na construção de algo, seja algo físico, como um carro, por exemplo, onde cada peça se encontra no seu devido lugar e assim a mecânica de um carro esta apta a funcionar dentro da concepção de ser um carro. Assim também a razão é o mecanismo para construção do nosso ser, por isso para termos uma profissão precisamos adaptar nosso ser e até mesmo nossa razão para ser um profissional, como um médico, por exemplo, a sua razão de tão adaptada a avaliar doenças ao relatarmos uma dor em alguma parte do corpo, sua mecânica, a razão, já logo avalia tal dor e conhece a forma de sanar tal problema.

            Da mesma forma se buscarmos conhecer pela razão a própria razão de nossos atos e de nossos anseios teremos então uma resposta da nossa própria razão para sermos quem somos.

            Mas o grande problema é quando agimos pelas paixões e tentamos usar a razão para justificá-las, dando um exemplo: Uma pessoa em uma manifestação popular ao quebrar uma lixeira comete uma atitude levada pela rebelia de sua paixão no momento, mas qual a razão de se quebrar uma lixeira?

            Certamente não há razão que consiga explicar tal ato, mas sem o uso da razão passamos a agir sem o conhecimento de nós mesmos, o ser humano muito antes do emprego da razão agia levado pela emoção e este por um mecanismo de defesa ao próprio ser sempre da uma resposta rápida sem uma avalia prévia, como um ato de agressão, por exemplo, agredir ou apenas demonstrar agressividade é para os animais um mecanismo de defesa, é usar a força para demonstrar força, não que o ser queira realmente agredir, apenas demonstra que em tal situação é assim que ele vai agir. Então como um animal que opera sem razão apenas movido pela paixão o ser humano manifesta sua agressividade e quebra uma lixeira pra mostrar que ele é capaz de quebrar a ordem existente, de burlar o que é correto para ter a atenção.

            O córtex cerebral pré-frontal, região do cérebro responsável pelo processamento lógico, surgiu relativamente tarde na evolução da espécie humana. Já as emoções e os instintos são heranças de nossos ancestrais há muito mais tempo. Por isso elas são tão fortes e nos influenciam tanto. "A filosofia considera o ser humano um animal racional. Mas o que sabemos é que apenas em certas circunstâncias e à custa de muito esforço conseguimos ser racionais", afirma Vitor Haase, médico e professor de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

            Por isso o emprego da razão muitas vezes é tardio e só se manifesta depois de nossos erros de julgamentos e em muitos casos julgamos como prioridade nossas necessidades para depois tomarmos uma decisão sobre algo. Um exemplo disso é a pesquisa realizada por pesquisadores das universidades de Bem Gurion, em Israel, e Columbia, nos Estados Unidos, eles analisaram o comportamento de juízes que deveriam decidir sobre a liberdade condicional de presos (um processo rápido, que leva 6 minutos). Em média, somente 35% dos condenados ganhavam a condicional. Mas os cientistas perceberam que os juízes eram muito mais benevolentes depois de comer. Quando eles tinham acabado de fazer uma refeição, a taxa de aprovação subia para 65%. Com o passar do tempo, a fome vinha chegando, e a concessão de liberdade condicional ia caindo. Minutos antes do próximo lanche, o índice de aprovação era quase zero. Ou seja, mesmo em tomadas de decisões que deveriam ser imparciais a razão prioriza as suas necessidades e quando não são cumpridas as decisões são tomadas como uma manifestação rebelde de força semelhante ao caso da lixeira, uma demonstração de poder por não ter sua própria necessidade saciada.

            Assim o emprego da razão é mais lenta do que o emprego dos instintos e nossa avaliação lenta é sempre mais lógica e precisa enquanto a avaliação rápida é mais instintiva e até irresponsável perante a razão.
            Então construímos este mundo a nossa volta com o emprego da razão, mas para nós mesmos deixamos a razão de lado e priorizamos as respostas instintivas e baseadas em nossas experiências pessoais.

            Como no caso de uma pessoa ao passar por um trauma sempre age com agressividade a se ver em situação semelhante ao seu trauma, como uma resposta instintiva para não reviver a mesma circunstância ela acaba agindo instintivamente ao que lhe parece ser um novo trauma, mas sem o emprego da razão ela pode estar agredindo justamente quem quer lhe ajudar.

            Há razão para tal?

            Bem, por isso a pergunta é: Há razão pela razão?

            Sim há!
Mas é preciso saber em qual momento está se empregando a razão ou apenas agindo com o lado mais primitivo de nossa mente, com certeza o bom uso da razão sobre nós mesmos ainda não foi totalmente assimilado por nossa natureza e, portanto não somos tão racionais assim na construção de nosso próprio ser.


            Vemos então que o esforço para sermos racionais e usarmos a mecânica da razão sobre nós é um esforço que exige treinamento diário, é como ter que ir a academia para exercitar o corpo, precisamos constantemente ir para dentro de nós mesmos e exercitarmos a razão, não somente para justificar nosso repudio a lixeira e produzir mais lixo, em nossa mente, só pra parecer ter razão ou simplesmente reprovar a condição do próximo para poder saciar nossa fome, mas sim usarmos a razão pelo simples fato de ser ela; a razão, dona de nosso ser e com esta, criarmos a mecânica para termos na vida o que realmente queremos.


            A felicidade só é verdadeira quando Há Razão para sermos felizes.


domingo, 29 de setembro de 2013

O Veneno da Serpente!

O Veneno da Serpente!

            Ao contrario do que se pensa nem todo animal esta imune ao seu próprio veneno!

            O interessante é que o remédio para a maioria dos venenos é feito do próprio veneno.

           Existe em nossa sociedade um veneno tão forte e poderoso que pode até matar o próprio ser que o produz, este veneno trata-se da MENTIRA!

            Vivemos em um mundo cheio de carências principalmente: carência de verdade, mas mesmo sendo a verdade algo tão escasso há pessoas que usam da mentira para tentar ter uma verdade o que é um erro fatídico!


Às vezes de tanto sermos atingidos pelas mentiras acabamos sendo mais mentirosos do que aqueles que mentem pra gente e por incrível que pareça ao usar do veneno da mentira o mentiroso faz de si mesmo vítima dele próprio e para esclarecer o que quero dizer vou contar uma história para entender melhor.

Em um site de relacionamento como tantos outros nosso personagem conhece uma pessoa que como ele esta carente principalmente carente da verdade e de amor, eles se conhecem e a relação rapidamente cresce, o personagem numero um é um homem que já foi traído pela vida e sozinho tenta encontrar um novo e verdadeiro amor, já o nosso personagem numero dois é uma mulher que como em tantas outras histórias viveu uma relação que aos poucos o amor se foi, independente dos motivos essa mulher busca um novo amor mesmo que supostamente não tenha ainda terminado o seu relacionamento passado.

Como em outros tantos sites de relacionamentos, embora ambos venham se dialogando e cada um com o mesmo objetivo, conhecem outras pessoas e adicionam em suas paginas de redes sociais, nosso personagem numero um, vamos chamá-lo de Zé, sabe de nosso personagem numero dois, vamos chamá-la de Maria, que a mesma ainda se encontra em uma relação infeliz, mas Zé por ter sido traído sabe a confusão que virou sua vida por causa da traição que sofreu, portanto Zé não quer fazer o mesmo com outra família e construir uma relação baseada em mentiras!

Mas Maria não quer saber dos ressentimentos que o Zé carrega no peito, ela quer e acredita que vai encontrar um novo amor e que este será verdadeiro, Zé por sua vez tenta aconselhar Maria de que isso é um grande mal para todos e trará sofrimento para família, filhos e todos os parentes e até amigos envolvidos, só que Maria empenhada em seu objetivo e é claro somente ela conhece o peso de suas razões começa a se apaixonar por Zé enquanto Zé esta tentando evitar qualquer tipo de sentimento por Maria embora não consiga evitar que um desejo ardente surge cada vez que os dois se falam, até que Maria consegue aos poucos ter o coração de Zé e ele avisa que sua carência é grande, portanto ele esta mesmo procurando a sua felicidade e continua conhecendo pessoas que possam lhe trazer a felicidade que tanto almeja embora agora como sendo ele mesmo aquele que foi o seu inimigo: o criador de uma traição, mas em sua rede social uma jovem linda surge e demonstra um afeto e desejo ardente pelo Zé, ele embora logo de início desconfie, decide então ver qual o objetivo desse terceiro personagem em nossa história e ver se é de fato alguém ou uma pessoa que esteja apenas querendo ter algo do Zé e por curiosidade decide manter o contato!

Pouco tempo depois Maria começa a falar para Zé que o importante não é só a aparência ou idade e ao mesmo tempo Zé esta intrigado com este terceiro personagem, vamos chamá-la de Madalena, que ao entrar em contato demonstra interesse e admiração por Zé.

Zé não esconde sua carência nem de Maria e nem de Madalena e decide deixar ver qual das duas esta realmente interessada nele, mesmo Madalena sendo mais nova e atraente ela não inspira em Zé algo verdadeiro, mas para que a verdade possa de fato existir ele deixa então ambas no mesmo peso em sua balança até que um dia as duas entram em contato com Zé ao mesmo tempo, mas para tirar toda duvida ele escolhe falar somente com Madalena já que sua curiosidade em saber qual a verdade que há por trás dela lhe cause um peso maior que vem lhe afligindo enquanto que para Maria se ela realmente é capaz de mudar toda sua história pelo seu novo amor também será capaz de entender a curiosidade de Zé sobre Madalena.

A conversa rola até que Madalena diz ter conhecido Maria e faz um desafio ao Zé: ou Maria ou ela?

Zé embora desconfie e meio que duvidando de toda aquela conversa dá à Madalena as respostas que ela o induz a dizer até que ela se revela ser na verdade amiga da Maria e que estava ali só para testá-lo!

Maria entra então dizendo para Zé que ele era igual a qualquer um e que não passava de um mentiroso qualquer que só estava lhe enganando!

Agora vamos analisar a história:

Como Maria poderia se sair melhor em uma mentira que ela mesma criou?

Eu há um tempo atrás dizia que quando você mente é somente sua vida que esta se tornando uma mentira! Com o tempo percebi que estava errado em minha filosofia, pois: quando você mente todas as vidas se tornam uma mentira!

Isso é o mesmo que o veneno da serpente!

Às vezes o veneno não afeta quem o produz, mas em alguns casos o veneno do mentiroso se volta contra ele mesmo!

Maria não sabia que Zé em seu coração só queria saber qual era a real intenção de Madalena, ou seja, qual será a dor causada por esse veneno?

E a dor era justamente por carência de verdade e Maria usou da mentira, com isso acabou produzindo em Zé mais deste veneno, ou seja: Mais mentira do que verdade!

Quando mentimos para obter a verdade podemos acreditar que estamos produzindo um antídoto contra a mentira, mas nem todo ser que produz veneno esta imune ao seu próprio veneno!

Melhor mesmo não é dar o bote rápido na presa e envenena-la com seu desejo de devorá-la, às vezes as cobras que não produzem veneno são mais bem sucedidas quando atacam devagar e aos poucos sufoca a presa, a mentira pode ser sufocada pela verdade lenta e dolorosamente, enquanto a verdade também pode ser sufocada pela mentira e assim todos acabam por matar a verdade e produzindo mais mentiras para ter mentiras, acabamos vivendo num mundo onde todos viveram com uma carência muito grande de ter para si mesmo a própria verdade, criam então mais e mais mentiras e os mentirosos acabam perdendo a imunidade dada pela verdade, ficam entorpecidos pelo próprio veneno. Este é o veneno mais fatal que se possa ter, pois destroem a verdade por não dar a ela o espaço para existir entre nós.
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