quinta-feira, 19 de junho de 2014

O mal do Amor Próprio!

O mal do Amor Próprio!
Alfa 1
            Muito se fala hoje em dia sobre o amor próprio, só é preciso lembrar bem o que é o amor, em meu artigo: Sobre o Poder do Amor (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/sobre-o-poder-do-amor.html) eu falo um pouco das relações dos seres com o todo, do ser que existe e entrega a outro ser parte da responsabilidade da sua existência, eu digo algo que pode soar estranho de inicio, mas eu falo que até as plantas amam e muita gente se assusta e pensa logo em se tratar de alguma maluquice poética, como se o amor dependesse de órgãos, como coração e mente, no entanto é preciso lembrar que nossos órgãos são apenas parte de nós que está ai por se tornar uma parte especializada em uma função, vale lembrar que o coração não empenha a função de sentir e sim é apenas uma bomba hidráulica de nosso sistema circulatório. O amor pode ser encontrado no cérebro então?
            Sim, pode. Afinal neste nosso mundo físico nada existe em razão de nada, sempre algo existe em razão de algo, seja uma necessidade ou por empenho, o papel de algo físico se emprega na existência de algo independente do que seja, tudo que acontece é então movimento de um estado para outro e se algo se move é por empenho de uma força que só é possível em razão de algo que existe, por exemplo: um carro, tem a função de se mover porque em seu interior há um motor feito para usar propriedades da física, como a explosão do combustível em uma câmara de combustão e através de vários mecanismos transforma isso em movimento do próprio veiculo.
            Mas o que isso tem haver com o amor?
            Imagine então que possa haver um defeito em alguma parte mecânica do carro!
            Certamente não vai funcionar corretamente.
           Agora imagine você que tanto houve falar desse combustível que é o amor, mas sua maquina não tem todas as propriedades físicas para fazer com que este combustível gere o movimento de te levar a ser amado! Isso pode fazer com que você não se movimente na direção correta na qual Amar seja então o objetivo comum.

          Bom, se as pessoas a sua volta não te amam pode ser um defeito delas também, mas se amar sozinho também não é a melhor forma de entender o amor.

            Nós vemos uma sociedade onde as pessoas amam coisas externas, como agora em meio a copa do mundo, todos querem mostrar o seu amor pelo país, digo isso não só no Brasil, mas todos no mundo afora, exibir isso é talvez uma forma coletiva de mostrar amor, no entanto o que é que realmente estamos amando?
            Podemos simplificar que neste caso amamos as cores de nossa bandeira, nosso país, nosso povo e até aqueles que estão ai representando todos nós e por eles nos vemos idolatrando seus atos e movimentos como se de alguma forma seu empenho em campo fosse à demonstração do nosso próprio empenho em lutar para vencer.
            Só é preciso lembrar que vencer pode significar também derrotar o outro!
           
            E talvez este hábito que estamos gerando até em nossas crianças venha ser o grande mal do amor das pessoas de hoje.
            Por mais que se ame o outro é colocado como inimigo, como aquele que devemos derrotar, até porque em nossa sociedade se prega que em primeiro lugar devemos amar a nós mesmos e isso gera então um apego até mesmo aos defeitos que nós temos como um defeito mecânico, e com esse defeito ainda exigimos do outro que demonstre amor por nós, é como querer ser idolatrado mesmo que em nosso movimento, nós acabamos fazendo um gol de mão e por não ter um julgamento correto e sem um juiz queremos então vencer com um soco na bola, e todos sabem que assim não é a forma correta de vencer.

            Como o amor pode nos colocar no caminho correto sem burlar as regras em campo e nos fazer vencer sem derrotar o outro?
            Talvez este seja o grande desafio para todos nós.
            Vencer sem ter nada que precise ser derrotado é algo meio obtuso, sem que haja comparação ou diferenciação, então por não vemos outra forma de amar senão derrotando o outro é que acabamos erroneamente amando!!!
            É comum ver casais que se amam, que discutem o tempo todo e o pior são os apegos as próprias opiniões, como num jogo onde o juiz não vê um lance de falta, ambos não vêem que está faltando o mais importante de tudo que está em jogo: O Amor.

            Muitos acham que o amor é simplesmente o gostar, o querer, o desejo ou até mesmo o carinho, o afeto, mas o amor é também uma doação e ai é que entra o mal do amor próprio.

            As pessoas querem ser amadas e respeitadas e no respeito é que temos um grande problema pela frente:
            O que vem a ser respeito?

            Antigamente o respeito era algo imposto muito mais pelo status social do que pela própria consideração de respeito ou até mesmo por imposição de hierarquia seja ela familiar ou de características econômicas, até na bíblia a mulher respeitosa é aquela que se subordina ao homem! Talvez isso seja uma herança de nosso ser animal onde o respeito era a imposição do mais forte ou até mesmo pelo seu direito de conquista do território, mas o homem se tornou um ser político, ou seja: que vive na polis, que vive em conjunto com outros seres e deve portanto estabelecer regras que sejam comuns a todos para que as relações entre os seres sejam defendidas não só em beneficio deste ou daquele ser mais (digo mais + no sentido de somar mesmo) no bem e no direito comum de todos entre todos, pois afinal há seres que precisam ser beneficiados individualmente, (como uma pessoa que tem necessidades maiores) como também fazendo isso estamos ajudando a todos.
            É como se o respeito deixasse de ser uma imposição exigida por ordem de classificação animal e passasse a ser uma necessidade exigida pela relação de um ser para com outro e para com todos, e então o respeito deixa de ser uma forma característica de relacionamento e passa ser uma ordem universal onde o ser humano passa a ter obrigações não por questões de opinião e sim por uma necessidade lógica de governar a si mesmo e a todos. O respeito se tornou então uma condição de características considerativas, (de consideração) de importância, de referência e principalmente de ordem lógica assim como as leis que regem o Universo. No entanto para que haja lógica é preciso estabelecer certos parâmetros, como para termos uma medida podemos ter recipientes diferentes, mas a quantidade de produto deve ser a mesma em todos estes, isso é estabelecer um parâmetro, e quais são os parâmetros que devemos ter nas relações entre os seres?

            Vivemos em um mundo cercado de leis, é lei para usar a rua (via publica) é lei até para educar os filhos, tratar a mulher e até para diferenças físicas entre as pessoas (cor de pele, condição de peso, de idade...) todos estes parâmetros vem sendo criados e aprimorados na sociedade, mas um dos mais sábios dos homens que já tivemos entre nós disse:

            - Ama o teu próximo como a ti mesmo.

            Temos então um grande problemão pela frente.

                        Qual o parâmetro que devemos ter para amar a nós mesmos?
                        Será que devemos amar quem somos agora neste momento?

            O mais interessante é que o mesmo homem que pediu para amarmos nosso próximo (aquele que está mais perto de nós) também disse:

            - Abandona tudo que tens e segue-me.

            No meu livro: Só por Ele! Por meio de parábola eu falo um pouco sobre o sentido deste abandonar tudo que tens que não é o abandono das coisas materiais, afinal até mesmo este homem que disse essas palavras, certa vez reclamou por não ter um lugar onde dormir, mas sim abandonar o nosso ego, o nosso ser interno que como ser criado sem parâmetros pode conter muitas e inúmeras falhas, daí então como respeitar algo (considerar) que foi criado sem ter certas medidas e como é que este algo vai se relacionar bem com seu próximo?

            Um outro medo também ronda o coração das pessoas, no livro eu procuro mostrar como certas coisas podem se acentuar com o tempo, que é o medo de deixar de ser!

            O mancebo rico foi o homem que teve medo de deixar de ser, não só deixar a riqueza, mas também de deixar de ser quem ele era e como alguém que dá seqüência a isso o jovem Giovanni, também chamado de Francisco de Assis, vem em conseqüência para mostrar que abandonar tudo que tens é na verdade buscar inconscientemente um encontro com a verdade e com o seu real ensejo de viver.
           
            Como saber por onde começar?
            Mais uma vez é só seguir as palavras do mesmo homem que disse que as crianças são os maiores seres no seu reino, ou seja: Devemos abrir mão de quem somos e tornar a ser como crianças e procurar encontrar dentro de nós os parâmetros que nos fizeram ser e sentir quem somos. Nossa raiva do outro pode ser muitas vezes o ódio de ter parâmetros, como crianças que se vêem obrigadas á escovar os dentes, mas quando adultos se sentiriam mal se não escovassem e assim precisamos tornar a olhar para nosso ser e ver o que nos tornamos e por que nos tornamos assim, quais foram os parâmetros que colocamos em nossas vidas e será que as outras pessoas conhecem bem seus parâmetros?

            É como exigir respeito sem respeitar a si mesmo!

            O mau entendimento do amor próprio pode levar a isso, uma pessoa que realmente se ama não fumaria se em sua infância o parâmetro ser uma pessoa saudável estivesse acima do parâmetro: Eu sou dono do meu ser e faço o que bem quero da minha vida. Isso não é amor próprio é no máximo um egocentrismo voltado ao ser que vê em seu id um valor maior e este valor acaba sendo defendido pelo ego quando a pessoa começa a justificar seu ato de fumar com o fato de conhecer alguém que fuma e não tem doença alguma ou que não é pelo fato de fumar que ele pode morrer, o seu superego passa a ser um pregador do valor fumar maior que o valor viver bem e saudável, da mesma forma que a pessoa que come compulsivamente e com isso acaba engordando, jamais esta pessoa te impediria de comer um produto bem calórico, no máximo ela pediria pra você dividir com ela, afinal ela também acharia prazeroso.

            Respeitar a si mesmo não é de forma cega e incondicional ou muito menos respeitar a si mesmo por se ver em um corpo saudável e beleza física, que está sendo outro mal do amor próprio hoje em dia, onde as pessoas ao ver alguém dotado de muita beleza física dizem: parabéns você merece tudo de bom na sua vida... É como dizer que quem é dotado de beleza tem muito mais direitos no mundo em que vivemos.
            Certo dia recebi um e-mail de propaganda dizendo:

            Aumente sua auto-estima com este revolucionário produto que elimina a celulite... No anuncio havia uma foto de uma bunda feminina, pensei comigo: auto-estima agora se vê no traseiro!

            E tudo isso vem produzindo uma geração que desconhece o amor como “causa” e vive o amor como um produto!

            Um produto que muitas vezes pra ser adquirido é preciso mostrar algo superior aos outros, e novamente colocamos nosso ser em competir para ter, então competimos por nosso espaço mesmo querendo ter outro alguém vivendo no mesmo espaço, competimos para vencer nos argumentos mesmo que não se encontre algum parâmetro que sirva para medir qual o potencial de lógica existe dentro destes argumentos e pra piorar competimos por prazer que deve ser satisfeito pelo outro como se o bem estar do nosso ser (do desejo do id) fosse um presente que devemos ter do ser fora de nós, como se tal satisfação fosse apenas para alegrar o nosso cruel amor próprio!

            Não é bom ser difícil, Mas o difícil é ser bom.

            Esta frase se encontra no meu livro e resume bem o que acontece com o nosso viver. Por incrível que pareça ser bom é algo muito difícil, pois para ser bom é preciso obedecer às regras, como que para ter dentes saudáveis é preciso um cuidado diário, um trabalho continuo e rotineiro, e para ter uma mente saudável também é preciso um trabalho diário de observação e cuidados, agora já pensou se uma pessoa com um pensamento ruim ou até mesmo uma pessoa que forma seus pensamentos sem obter parâmetros lógicos qual será a qualidade de seus pensamentos?

            Pensamentos ruins não são apenas pensamentos ditos negativos, aliás, não é tudo que vem a nós que devemos adquirir, possuir, usar e consumir, como uma comida que nos vem nada saudável, negar comer, ou seja: ter um pensamento de negação, ou melhor dizendo: negativo, não é um pensamento ruim, daí o perigo de sempre somar todo e qualquer pensamento que chega ao nosso ser (ego) que vai nos fazer bem. Muitas vezes pessoas ditas de respeito nos fazem acreditar que seu posto, seu cargo ou até mesmo sua vida social é uma condição para aceitar o pensamento pregado pelo mesmo. No caso este ser age então como um superego que nos influencia e nos leva a copiar o seu modelo. É como acreditar que esta pessoa conseguiu o que tem ou pelo seu status social, foi conquistado pelo seu superego e no afinco de ter um posto maior em nossa sociedade copiamos e nos deixamos levar pelo mesmo modelo deste.

            Um exemplo bem nítido disso está no cargo de chefe!

            Todas as pessoas têm um exemplo de um mau chefe, que é muitas vezes antipático, rude e arrogante, mas mesmo consciente disso as pessoas ao assumirem tal cargo imediatamente assumem a mesma postura, como no meu artigo: As poderosas forças do poder, eu falo de um experimento realizado na universidade de Stanford, onde os guardas perderam sua identidade pessoal e se tornaram “guardas”.(  http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/as-poderosas-forcas-do-poder-terceira-e.html  )

            Isso nos leva a ver que para ser bom é preciso estar alerta com os nossos pensamentos, filtrá-los a partir de nossas próprias experiências e seguir apenas com medidas realmente boas. Estas boas medidas podem ser encontradas quando alcançamos a VERDADE.

            Ai é que está o grande desafio de nossas vidas. Como saber o que é a verdade?
           
            Bom, quase todo mundo tem uma definição do que seja verdade, mas desta vez vou falar da minha própria definição:
                                               VER e Dar DE si.
           
            Seria algo como ver e dar-se (entrega) de você mesmo ao que vê: se deixar levar por isso.
           
            Daí então voltamos a questão do amor!

            Se têm algo que merece todo nosso amor, inclinação e respeito (consideração) este algo só pode ser a verdade, ninguém ama algo que não tenha conserto, que não possa servir pra nada, as pessoas compram produtos pela imagem da embalagem, mas só consomem mesmo o que tem dentro, a beleza da embalagem é descartada após o uso, ninguém ama quem faz o mal ou quem burla as regras da sociedade para pensar só em si mesmo, no seu próprio bem, as maiores pessoas de nossa humanidade são exatamente aquelas que deixaram o apego em si próprio e se doaram para a verdade, se deram a verdade com tanto afinco e amor que desapegaram completamente de si mesmos para ser, ter e fazer de sua própria existência a verdade, Jesus Cristo é um exemplo e como ele mesmo diz e tomou para si mesmo a figuração da verdade em vida e é este amor que deveríamos ter por nós mesmos, amar e desejar ardentemente ter em si a verdade, desapegar parcialmente ou até mesmo completamente de nosso id e viver não só para acumular sensações e momentos de prazer e sim de completa contemplação pela beleza da verdade, não a beleza externa que essa é só embalagem, mas a beleza interna que é a essência que tanto desejamos ter ao mesmo tempo tememos a responsabilidade de viver em verdade e em verdade vos digo...
(Risos)
Óia eu plagiando o “cara”

Mas estas palavras nem são minhas e nem sei de quem é, porém elas me fizeram pensar neste artigo:
                                              
            É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse, que os agravos do nosso amor-próprio.

Temos que vigiar e policiar bem o nosso amor próprio para não usar ele de forma a burlar a verdade e se tornar um ser injusto, apenas para exemplo: Um trecho de Gênesis 18:

            ...matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra?

            Então Deus disse a Abraão: "Se eu encontrar cinqüenta justos em Sodoma pouparei a cidade toda por amor a eles".

            Mas Abraão tornou a falar: "Sei que já fui muito ousado a ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza.

            Ainda assim pergunto: E se faltarem cinco para completar os cinqüenta justos? Destruirás a cidade por causa dos cinco? “Disse ele: "Se encontrar ali quarenta e cinco, não a destruirei".

            “E se encontrares apenas quarenta?”, insistiu Abraão. Ele respondeu: "Por amor aos quarenta não a destruirei".

            Então continuou ele: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar. E se apenas trinta forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Se encontrar trinta, não a destruirei".

            Prosseguiu Abraão: "Agora que já fui tão ousado falando ao Senhor, pergunto: E se apenas vinte forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Por amor aos vinte não a destruirei".

            Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados? “Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei".


            Vemos nesta história da Bíblia um exemplo do quão precioso é o ser justo e por amor ao justo Deus, o criador poupa os outros de castigo, isso nos mostra o quão podemos ser “úteis” até mesmo ao criador quando deixamos nossos insignificantes desejos que são apenas temporários para sermos verdadeiros conosco e assim com todo o cosmo também.

sábado, 7 de junho de 2014

Só Por Ele!

Só Por Ele!

Viva ser um ser além de ser

           
Na tentativa de criar uma peça de teatro e juntando pequenos personagens que já tinha em mente eis que surgiu a ideia dessa história intitulada: Só Por Ele! Mas ao tentar relatar todos os personagens no linear do tempo, o que era pra ser um monologo, acabou se tornando um dialogo entre o próprio autor e o personagem. O autor aparece como um psiquiatra enquanto o personagem em si relata suas experiências passadas ao reviver outras vidas. Eu Roberto Gama da Silva, acabei criando assim este livro que trás de forma bastante contundente uma critica entre nós quanto sociedade e como individuo, sobre a forma que deixamos as coisas ocorrerem e no fundo estamos sempre voltando a Deus a obrigação de que “Ele” seja o responsável por tudo e por todos enquanto nós apenas fazemos o que simplesmente achamos que devemos fazer e sem se aprofundar em relação aos nossos próprios atos cometemos erros ao tempo que sempre estamos tentando imaginar qual é a vontade de Deus sobre nossos atos.
Bem, se há a vontade de Deus sobre nós então aonde é que temos o livre arbítrio?
Questões como esta se encontra ao longo dessa história e muitas outras nos levaram a ver o quanto deixamos a vida sem um real compromisso com a própria vida e conosco mesmo sendo que temos este incrível poder nas mãos:

- O poder de imaginar!

E através da imaginação que podemos indagar quais são os nossos atos, quais serão as conseqüências destes e assim podemos mudar a realidade antes mesmo que ela aconteça, pois ao acontecer não haverá mais nada que se possa fazer para mudar os fatos passados, por isto temos que nos firmar em nosso real compromisso com o futuro e desta maneira estaremos fazendo da nossa própria vontade a nossa existência.
Não trago assim uma ciência exata de como devemos ser, mas uma forma de despertar a nossa mente ao que realmente desejamos...

                        Só Por Ele é muito mais que uma simples História, é um conjunto de pequenas histórias elaboradas para dizer algo muito além do que as palavras dizem, este livro foi elaborado no intuito de ser uma grande parábola, onde os personagens escondem algo que deveria ser entendido pelo público, no caso agora, pelo leitor, por isso estou colocando aqui uma pequena explanação dessa história, explicando qual a verdade está escondida por trás da parábola, por isso trago este pequeno trecho do livro e posteriormente evidencio a verdade que cada ato contém, trazendo assim uma analise profunda sobre esta história, assim segue:

            - Só por ele!
- Só por ele mesmo... Então doutor o que mesmo estava dizendo?

- Você estava dizendo sobre a crença em outras vidas!

- Ah sim, porque eu não sei dizer como, mas eu sinto isto em mim, que fiz algo importante e de tanto imaginar acabei me vendo em outras vidas e por ter estas lembranças comecei a entender o que passa por esta vida e toda esta minha dificuldade de sentimentos que encadeiam tanta tristeza hoje em dia.

- Se você quiser hoje pode ser o dia ideal pra falar sobre estas vidas, não se importe por onde começar.

- Então em uma delas eu acabei me vendo como lá nos primórdios da humanidade e lá estava eu junto de um homem que me parecia ser meu pai...

– Você pode falar até mesmo na primeira pessoa, pode sentir vivenciando o que realmente esta acontecendo, sinta-se na época e no local que suas lembranças te levarem. Feche os olhos e deixe seu corpo sentir toda energia do que esta se passando.

- Ta bem. Então este homem, meu pai, estava ensinando a me vestir para o grande dia. O dia do sacrifício... Era um dia muito especial para nós naquela época, eu e uma menina íamos juntos para o sacrifício.
A gente acreditava que ia se encontrar com os Deuses. Meus pais diziam que para nós...

Então você tinha outros irmãos?

Sim, não lembro quantos, bem, eles diziam que seria muito bom porque os deuses estavam perturbando minha mãe e toda noite dizendo: - Vocês vão sofrer, não vai chover, vai faltar comida... E por isso tinham que fazer o sacrifício, eu por mim tudo bem desde que a gente não sofra, vamos lá pro sacrifício, pra gente ir lá ter com os deuses pra ver se eles paravam de dizer estas coisas.

Você se sente como criança, agora neste momento?

Sim, por que?

Porque como criança a gente tem uma outra forma de ver e acreditar, como eram suas crenças nesta época?

Bem eu não acreditava em coisa alguma. Olha só que complicado!
De vez em quando minha mãe começava a aumentar, aumentar e aumentar, ai ela dizia que era porque os deuses se alegravam com o ultimo sacrifício e por isso ela podia comer bastante, bastantão mesmo, e ai ela ia pra uma caverna que só as mulheres podiam entrar e saia de lá com um irmãozinho, um irmãozinho bem pequeno mesmo. E ela dizia que os deuses deram! Daí quando a gente crescia um pouco e começava a faltar comida os deuses pediam pra devolver a gente senão acontecia tudo de novo.
Vai faltar comida, não vai chover vocês vão sofrer.
Eu não entendia nada!
Primeiro você vinha e depois tinha que voltar... Não seria melhor eles deixarem minha mãe comer a vontade e dar comida pra todo mundo? Fica nessa de vai e volta, vem e vai.
Mas deixa eu ir pro sacrifício... Por mim ele pode ser quem for, seja do tamanho que for eu já vi um búfalo mesmo. Eu tenho certeza que maior que um búfalo ele não é, o búfalo é o maior animal que a gente tem aqui nas planícies. O meu pai matou um búfalo uma vez, eu até sei como fazer.
Daí a gente chegou lá e meu pai me disse que aquele era um dos deuses, e a menina ia com um e eu com o outro, é bem... Ele era bem maior que um búfalo... Tão grande que ficava ali, totalmente imóvel com os olhos bem grandes e feio muito feios.
Eu não dizia nada, ninguém dizia nada. E de repente apareceu um homem com uma mascara. A minha mãe que fez aquela mascara. Parecia um bobo com aquela mascara feia muito feia, pulando feito um coelho. E eu só pensava em ver aquele deus mexer, e começaram a cantar e dançar, agindo de um modo estranho, como quem quer fazer medo.
Até que chegou à hora e a menina foi primeiro, ela chegou bem perto do deus dela, deitaram ela sobre o altar, e então o homem com a mascara pegou uma pedra ergueu bem alto e com toda força acertou a cabeça dela... Eu sabia o que era aquilo, o meu pai fez aquilo com o búfalo que depois à gente comeu.
Ah... Eu comecei a gritar, a gritar com toda força mais não teve jeito, me levaram, e então foi ai que eu vi o deus de perto... Era uma pedra, uma pedra bem grande com uma cara pintada. Como pode...
Me mataram por causa de uma simples grande pedra.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Das Relações Sociais

            Por volta de 1927 em Hawthorne bairro de Chicago (USA) na fabrica da Western Electric Company foi realizado uma experiência que depois ficou conhecida como: Teoria das Relações humanas, o objetivo era analisar se as condições de luminosidade influenciava na linha de produção. A fabrica apresentava um alto índice de troca de funcionários e mesmo que a fabrica desse incentivos financeiros este índice ainda sim continuava alto.
            Para entender e mudar este índice a pesquisa se baseou inicialmente em tentar descobrir se as condições de iluminação influenciavam na produção, para este estudo foi criado duas salas onde as condições de iluminação pudessem ser testadas.

            Na primeira fase uma das salas tinha a intensidade de luz variável enquanto a outra os trabalhos eram realizados com uma intensidade maior e constante, nesta fase observou-se que a luz não era o fator preponderante no qual influenciava na linha de produção e sim o fator psicológico no qual as pessoas estavam sujeitas era o fator que influenciava na linha de produção, na tentativa de isolar o fator psicológico procuraram atenuar e as pressões impostas pela própria pesquisa e se observou que não era a luz e sim o modo em que os trabalhadores eram tratados em cada uma das salas que influenciava na linha de produção. Houve outras fases no qual a pesquisa foi realizada que se estendeu por vários anos (e por isso não irei relatar todas as fases aqui, pois a pesquisa é bem ampla), mas o que chama atenção nisso tudo não é a pesquisa em si e sim o fator humano que surgiu, embora houvesse varias tentativas de atenuar esse fator, era justamente a forma de tratar o ser humano e das relações uns com os outros que influenciavam na produtividade e rotação dos empregados.

            Embora esta pesquisa tenha sido nomeada como Teoria das Relações Humanas eu considero que o fator predominante seja na realidade a Relação Social entre as pessoas que participaram desta pesquisa, tanto que se ela for realizada hoje em dia com certeza os resultados poderão ser diferentes do que os obtidos nessa experiência, isso porque a sociedade como um todo muda suas características de tempos em tempos, certos argumentos validos no passado podem não ter significado nenhum na atualidade, somente para fins de exemplificação: - antigamente os homens não queriam que suas esposas fossem vacinadas, já que teriam que exibir o corpo para um estranho, em um caso bem interessante e do tempo mais atual, uma mulher ao ser interpelada por uma autoridade policial por estar exibindo os seios numa praia em local publico, foi severamente defendida por seu marido, pois para ele, ela tem o direito de exibir seu corpo da forma que bem quiser!!!

            Ou seja: Os valores em uma sociedade são mudados conforme a passagem do tempo.

            No entanto existem fatores que são igualmente reconhecidos em uma sociedade como sendo fatores essenciais na existência humana como, por exemplo: bondade, dignidade, consideração, reconhecimento de valores... Tudo que faz parte de características vistas e desejadas por todos como sendo algo próprio do ser humano.

            Estes valores surgiram nessa pesquisa nas outras fases como:

            Motivação
            Conceito de grupo
            Liberdade de expressão
            Liderança compartilhada
            Objetivos comuns entre todos e reconhecimento...

(maiores informações sobre essa pesquisa pode ser encontrada facilmente na internet)

           
            Esta pesquisa foi duramente criticada anos após e logo foi surgindo novas teorias como à teoria comportamental, teoria behaviorista do comportamento, teoria das decisões entre outras.
            Em todas as teorias há uma tendência grande em olhar o ser humano como o ultimo recurso para os meios de produção, tanto que o primeiro contato que um trabalhador realiza com as empresas se dá pelo conhecido Recursos Humanos o famoso RH!
           
            Vivemos em uma imensa sociedade onde o contingente humano é cada vez maior e os meios de produção também tendem a seguir este crescimento, porém há uma imensa carência entre viver em uma sociedade e ser um ser social!

            O momento que vivemos no Brasil que cederá a copa do mundo (o mês que vem) tem demonstrado isso.
            As propagandas falam que este evento gera empregos, mas não se entende o que há de ser gerado realmente.
            Um campeonato de futebol, não passa de uma mera distração social onde o resultado final deste campeonato é apenas dizer que tal time venceu outros times e só!
            Para isso foram gastos milhões e milhões e o que se produz realmente não passa de uma mera alusão de vitória e até mesmo de emprego.

            Em todas essas teorias sobre o homem quanto sociedade, vejo que há uma imensa carência da própria relação social  e do que é realmente os meios de produção. Como podemos ver no artigo: Das relações Econômicas, (http://reflexhuman.blogspot.com/2014/01/das-relacoes-economicas_14.html) o valor de algo depende da importância que damos a este algo. Temos neste momento (copa do mundo 2014) a ideia de que vivemos um grande sentimento de nação, de nacionalidade, mas é preciso compreender o que isso significa:

             Uma nação é muito mais que os limites territoriais (pátria), ter o mesmo “dinheiro” em circulação e a mesma língua, constitui também que tal conjunto de pessoas compartilham as mesmas leis e ordens geradas pelo seu estado (Governo) e, senão os mesmos, propósitos, gostos, deveres e costumes... Estão constantemente em transformação dentro desse conjunto de pessoas que compartilham ideais e obrigações uns com outros, ou que estejam bem próximos a isso, e nesse conjunto, os conceitos próprios desta sociação são redefinidos constantemente dentro dos próprios domínios desta sociedade.

            É notório que os meios de comunicação tem gerado uma aceleração nesse processo de compartilhamento, embora não haja um esclarecimento maior sobre o que estamos promulgando entre nós!

            Se é bom não só para um seguimento, mas também para todo o conjunto que é formado em uma sociedade, não está sendo visto com a amplitude que essa nova forma de relação social pode causar em nossa própria organização que geramos. O dinheiro é visto como um fator importante para se adquirir bens e ter uma vida melhor, no entanto é preciso lembrar que este é só um medidor dos valores estabelecidos por nós.

            Pessoas nascem e vão fazer parte de tudo isso, porém o que é ensinado a cada um sobre todo este conjunto?

            Em 1983 ficou marcado no Brasil com o inicio das campanhas pelas eleições diretas para presidente da Republica Federativa do Brasil, estranhamente a primeira pessoa eleita após décadas de ditadura militar foi alguém que até então não tinha aparecido nos palanques pedindo eleições diretas, e em 1989 pelo voto da população foi eleito Fernando Collor de Melo, que acabou saindo dois anos depois, um pouco pela pressão popular e outro tanto pelas denuncias com relação a desvio de dinheiro de campanha... Mas o interessante é que ficou claro que: as pessoas não tinham ideia da grande responsabilidade que é ser Presidente de um país do tamanho que é o Brasil, logo depois da saída do Collor foi eleito então Fernando Henrique Cardoso, que como ministro da Fazenda elaborou mais um desses planos mirabolantes pra tentar frear a inflação desenfreada!

            Desde a época em que nasci até o presente momento, se fossemos colocar de volta os zeros que foram cortados nestes diversos planos econômicos, uma nota de dez reais teria mais doze zeros (R$ 1012,00) isso indica que a maioria das pessoas dessa imensa nação não tem uma consciência clara do que seja: Nação, dinheiro, democracia... Hoje há uma constante luta para se ganhar mais, no entanto o que isso pode gerar se novamente o dinheiro começa a existir em volume, mas perder o poder de compra?

            Temos hoje uma sociedade que não estabelece claramente quais são os valores que devemos viver dentro da mesma sociedade, se diz que devemos combater o trafico de drogas, mas se esquece de mudar a ideia de consumo, se combate a violência contra a mulher, o  estupro, a pedofilia, mas se esquece de promulgar o verdadeiro amor, de olhar e ver que não são os homens que são maus e sim que formamos de um modo muito ruim os homens, um exemplo disso:

            Quando o furacão Katrina passou pelo sul dos Estados Unidos em 2005, logo após a devastação houve, além do caos gerado por um fenômeno da natureza, uma devastação cível entre a própria população: saques, violência, estupros... mas tudo isso me levou a pensar:

            - Se isso acontecesse no Tibet, será que os monges tibetanos iriam sair saqueando, roubando, estuprando...
            Me parece que é um tanto óbvio dizer que não é o fato e sim o modo que as pessoas lhe dão com os fatos que faz a grande diferença. Sendo assim, nossa sociedade não forma ideais que sejam vistos pelo menos por uma grande maioria, de forma solida e contundente a ponto de fortalecer aquelas características humanas que todos nós deveríamos ter, como: bondade, dignidade, consideração, reconhecimento de valores... Isso talvez porque acreditamos em uma falsa independência de nossos próprios valores, frases como:

                        _  O que eu faço não é da conta de ninguém!
                        _ Se dois concordam que mal tem!
                        _ Cada um cuida da sua vida...

            São ditas e apoiadas pela grande maioria, como que, se não infringir a lei o resto pode tudo!

            É preciso lembrar que em uma sociedade tantos os valores mais sábios quanto os valores mais inúteis podem ganhar força e até mover as massas para comportamentos que são na realidade, comportamentos anti-sociais. Se somos afetados pelo modo de falar, como é o caso do sotaque, onde viver dentro de certo grupo adquiri uma identidade lingüística tanto na forma de falar como nos gestos, então isso nos arremete a ver que somos influenciáveis pela sociedade que nos cerca, ao tempo que cada um tenta restringir seus valores aos seus próprios anseios, isso significa que estamos gerando em nós nossos próprios inimigos.

            Não há nenhum mal que possa ser um mal de primeira causa, todo mal é causa segunda, a primeira causa é então fundamento de tudo.

            Esta forma de pensar já foi dita por filósofos antigos e se chama Causa sui, ou seja: Causa em si.

            A causa em si implica que não há nenhum outro fenômeno causado a não ser aquele que é gerado pelo homem, para entender basta olharmos a nossa volta, tudo que é feito, construído, realizado é e está sob o domínio do homem, por exemplo, pode ser seu computador, seu celular, suas roupas... enfim tudo que está a nossa volta foi antes pensado e elaborado pelo pensamento humano, portanto está sobre nosso próprio poder tudo isso que causamos, no entanto não podemos ter plena consciência de tudo ao mesmo tempo, então cada um de nós dentro de nossa sociedade realizamos uma parte desse processo e assim não causamos o todo, mas uma parte deste, e sendo assim, se nossas idéias, nossos pensamentos causaram o que está a nossa volta então é o fato de não estarmos diretamente ligados a essa primeira causa que nos gera, não só sentimentos, mas também nossas ações que são a segunda causa, o mal.

            Se então nos ligarmos a primeira causa, a causa em si, estaremos com  isso promovendo, não só bens materiais, mas também o bem como causa a todos nós.

            Não temos em nós mesmos uma pré programação a ser seguida, se fosse assim não haveria liberdade de ser, o que é confundido no livre arbítrio é que cada um possa fazer o seu próprio julgamento, no entanto se tal julgamento, ou determinação, decisão, solução dada pela própria consciência for realmente justa significa então que esta está diretamente ligada a causa sui, causa em si, então se realmente queremos o bem precisamos compartilhar o bem para que este seja causado, cada um fazendo uma pequena parte causa então o bem em toda parte, sem necessidade de opressão ou de impor valores a cada um e sim que cada um deve em si reconhecer o poder de fazer o bem a todos e com isso estabelecer uma ordem dentro de sua sociedade sem que esta ordem seja imposta através de leis ou de castigos, e sim por apenas ser, através de uma necessidade de ordenação, como quem segue rumo a um local que para se chegar a outro é preciso de: Motivação (algo que se auto obrigamos a fazer) objetivação (crença no propósito a ser alcançado) saber expressar seus desejos (Liberdade para sentir e reconhecer) e principalmente compartilhar tanto nossas forças como nossas fraquezas e assim nos colocamos empenhados a chegar em um lugar comum a todos que não vai vir do céu como um meteoro que cai e sim como o bem maior que temos e que podemos dar e receber sem que haja nenhum ônus a ser cobrado sobre isso:

            O amor fraternal

            Todos os grandes lideres que mais influenciaram a humanidade falaram sobre este amor e não cobraram e nem receberam nada mais, nada menos do que o simples reconhecimento, de grande parte de todos nós, e se todos nós os olhamos com grande admiração e consideração saiba que o que eles promoveram pode ser adquirido por você!


Olhe e reconheça então que está em você a Causa sui.

Não espere pela bondade, cause-a.
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