quarta-feira, 2 de julho de 2014

Não é da sua conta!


Beta 2

Grande campanha
Pela Vida:

Cada um
Cuidando da sua.

Participe você também!



            Contar é a ação de enumerar seja o que for dar uma especificação ou relacionar algo de forma lógica, coerente e especifica. Hoje em dia o individualismo é a forma mais prática de viver num mundo de faz de “conta” onde cada um é cada um e cada um faz o que quer, vive como quer e conta seja o que for como quer... Bem isso já se tornou um problema enorme para todos, pois não dá mais pra viver num mundo de fantasias e distorções ao bel sabor de nossos desejos devido ao fato de que muitas de nossas ações são gravadas, sejam por imagens, sons e até mesmo por termos a necessidade de memorizar. Mentir não é tão fácil como foi antigamente onde a humanidade criava lendas e fábulas e com o tempo o que era apenas uma historinha pra fazer criança dormir que ao longo do tempo foi se tornando crença e com o tempo até era exigido o “devido Respeito” a essas crenças, o que em certo tempo levou até a dura condenação á morte (Sócrates) quem não acreditava nos deuses, ou melhor dizendo: Nos Mitos.

            No mundo atual parece que ninguém mais pensa igual, cada um pensa da sua forma, do seu jeito e com isso deformam o que seria o encontro e a busca real de uma forma ideal para todos.

            É tanto individualismo e tantas formas de proteger a forma própria que cada um tem em si uma “verdade”, e o que encontramos é que mínguem mais sabe ou reconhece qual é mesmo a verdade, e se há mesmo esta verdade.

            Na verdade o que encontramos são frases como:

            - Cada um vive como bem entende!
            - O importante é ser feliz!
            - Cada um cuida da sua vida...
            - Eu faço o que eu quiser...
            - Como eu vivo não é da sua conta... E por ai vai!

            Mas olhe só o que vejo de interessante em tudo isso: é que em ônibus, jornais, revistas e todas as formas de comunicação, vemos outras frases como:

            - Pedofilia é crime! Denuncie!
            - Denuncie a violência contra a mulher!
            - Se for dirigir não beba.
            - Drogas! Diga não.
            - Jogue lixo no lixo.
            - Não fume neste local.
            - Racismo é crime...

            Por mais que se busque preservar o ser em seu doce e suave individualismo vemos um mundo onde o “Estado” tem de tomar as rédeas da própria sociedade, é como se deixássemos o ser adquirir consciência sem oferecer a este um rumo, um parâmetro, um ponto no qual há necessidade de concordância. Cidadania é apenas um cursinho obrigatório dado em alguns casos onde o “estado” pode atuar e mesmo assim ao sair destes cursos nada muda para o ser, pois afinal de contas cada um é cada um...
            Em um curso que fiz há pouco tempo atrás tive aulas de cidadania logo após as provas, mais da metade dos alunos nem compareceu e por incrível que pareça mesmo depois das aulas de cidadania alguns alunos largaram seus jalecos, que foram dados pelo estado de forma gratuita nas ruas ao redor da escola, como se aquilo fosse um lixo e o pior, descartado em via pública mesmo depois de uma aula de cidadania!

            Fica evidente que há uma cultura que direciona o comportamento humano e que esta cultura tem falhado tanto que até o básico de uma vida boa, saudável e honesta vem fracassando cada vez mais.

            Então as pessoas pedem socorro para o estado, ao tempo em que o estado ao tentar induzir o povo a uma obrigação básica que seja necessária para o bom convívio em sociedade, sempre acaba fracassando no mesmo individuo se vê livre para ser como bem quer!

            Em Janeiro de 2009 eu escrevi um de meus primeiros artigos intitulado: A Vil Violência! (http://reflexhuman.blogspot.com/2009/01/vil-violncia.html) e mesmo já tendo mais de quatro anos este artigo é bem atual e diria que se fosse abranger toda a grandeza dita só neste artigo me renderia mais um livro.

            Vejo que não é um fracasso nos métodos de educação e a falta de coerência ao que deve ser realmente feito, o problema maior está na ideia errada de achar que cada um cuidando da sua vida vai conseguir fazer o que é realmente bom para sua própria vida, é como oferecer ao ser um monte de direitos, mas não ter coragem de apontar pra ele e dizer que o mesmo tem obrigações.

            Se as pessoas ao cuidarem da suas vidas realmente fizessem isso dentro de um censo de coerência e dentro de uma ciência universal como a lei da gravidade que está em tudo e em todo Universo, não teríamos a necessidade de tantas campanhas para induzir, no ser, que certos comportamentos são errados em um convívio social. A crença que tal comportamento não se pode ter é somente porque se assim o fizer estará infringindo uma lei.

            Como a pedofilia, por exemplo, que só se tornou um crime "odioso" por todos por causa da lei, pois a maioria dos pedófilos não eram criminosos que vinham de fora e sim do próprio seio familiar e então e por isso muitas crianças, até mesmo os familiares eram obrigados a manter o mal que estava ali mesmo diante de todos em segredo por não haver uma lei que pudesse condenar o ato criminoso, ao tempo que o mesmo crime saiu do seio familiar para ser cometido perante o estado de miséria de outras pessoas que acabam servindo seus próprios filhos a estes anseios animalescos do homem.

            Isto e outros exemplos mais podem ser dados, como no caso das drogas, as pessoas acham que não tem mal nenhum a pessoa que quer se drogar, se drogar, porém como você se sentiria ao se ver triste e um amigo seu que se droga, em um estado de espírito totalmente diferente do seu, alegre e feliz, ativo e cheio das atenções do grupo de amigos enquanto você não consegue ter este animo?

            Parece que fica evidente que “tirar um barato” ou “curtir um pouco” é muito mais divertido, fácil e torna mais feliz quem se droga, do que quem não faz isso, ai vem à questão: Ou se segue a esta vontade ou se reprime e vive sem as honras e alegrias que aparentemente fazem parte da vida de quem se droga.

            Hoje em dia o que vejo é que há tanta busca individual, tanta gente tentando mostrar seu talento com malabarismos nos semáforos, tantas estatuas vivas, tanta gente tatuada, tantos piercing colocados, tantos cabelos coloridos, cortados de forma diferente, tantos e tantos que ta todo mundo igual.

            E todo mundo tentando chamar a atenção para o seu ser individual ao tempo que se a atenção for uma critica a sua escolha individual, prontamente o ser que assim o faz é incriminado com frases: Não é da sua conta!
           
            Parece que todos estão querendo por toda a atenção ao seu ser externo, quanto ao seu ser interno busca-se a todo custo proteger da intromissão dos outros.

            E tudo a todo o momento por fora se busca a transformação enquanto o eu interno fica protegido do mundo exterior.

            Isso tudo talvez seja porque realmente não contamos com ninguém que tenha colaborado para a formação do nosso eu interior, tanto que em toda humanidade encontramos pouquíssimas pessoas que nos sirva de ícone para um real encontro com este nosso eu interno e por falta de modelos, nos modelamos por fora, e por dentro nos esquecemos de modelar e alterar o nosso eu.

            Como a pessoa que faz uma dieta para emagrecer, mas com o tempo a mudança exterior não reflete em uma mudança interior logo o exterior é abandonado para voltar a ter o mesmo comportamento alimentar de antes e toda dieta acaba sendo perdida assim como a mudança caba sendo apenas temporária.
O interessante também é observar que o ser tem um comportamento ao coletivo, enquanto que seu ser interno possa ser outro e nesse caso o ser pode expressar uma opinião que dentro de sua própria forma não concorda com tal e nisso há o perigo constante de dizer algo que no fundo o ser não acredita ou não consegue seguir. Como no caso do fumante que tem a consciência de que tal ação de fumar é muito prejudicial ao tempo que o desejo de fumar é maior que a sua própria conscientização. Acaba que o estado sempre perde para o desejo e assim como numa dieta, as mudanças geradas por uma campanha acaba sendo perdida.

                        A questão é então:     

Como cuidar da própria vida?

            Certamente que cuidar da sua própria vida é uma ação louvável e o mínimo que se deve fazer para si mesmo, no entanto há o perigo constante de fazer isso de forma errada, pois se erramos com nosso exterior tanto mais podemos errar com o nosso interior e como um mendigo que necessita de ajuda fazemos figurações por fora de nós e acabamos nos acostumando com a situação de mendicância e não fazemos nada além que pedir ajuda, sem ajudar a nós mesmos e muitas vezes a ajuda vem com a demonstração de que você, como no caso de um mendigo, necessita tomar um belo banho, precisa se incomodar sim em andar sujo, em desfigurar o seu próprio ser para ver que não há outra forma de ser a não ser a forma mais digna de ser que muitas vezes é sim uma norma, uma regra uma forma seguida por todos, mas não a forma da moda e sim a forma mais próxima da verdadeira forma humana, limpa, saudável, sem deformações e distorções dessa imagem humana com a qual nascemos, e assim cuidando bem de braços dados e até abraçados com este bem é que cuidando de nós estaremos cuidando de nos aproximar de nossa maior essência: A Vida.

            Não uma vida desvairada que luta apenas pela sobrevivência e sim uma vida cheia de honras e riquezas, não riquezas só de bens, mas riquezas de saber, de se guiar a cada momento com sabedoria e digna de ser vista, copiada e imitada por todos, pois de qualquer forma todos nós acabamos mesmo sendo iguais a qualquer um.


           


             

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O mal do Amor Próprio!

O mal do Amor Próprio!
Alfa 1
            Muito se fala hoje em dia sobre o amor próprio, só é preciso lembrar bem o que é o amor, em meu artigo: Sobre o Poder do Amor (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/sobre-o-poder-do-amor.html) eu falo um pouco das relações dos seres com o todo, do ser que existe e entrega a outro ser parte da responsabilidade da sua existência, eu digo algo que pode soar estranho de inicio, mas eu falo que até as plantas amam e muita gente se assusta e pensa logo em se tratar de alguma maluquice poética, como se o amor dependesse de órgãos, como coração e mente, no entanto é preciso lembrar que nossos órgãos são apenas parte de nós que está ai por se tornar uma parte especializada em uma função, vale lembrar que o coração não empenha a função de sentir e sim é apenas uma bomba hidráulica de nosso sistema circulatório. O amor pode ser encontrado no cérebro então?
            Sim, pode. Afinal neste nosso mundo físico nada existe em razão de nada, sempre algo existe em razão de algo, seja uma necessidade ou por empenho, o papel de algo físico se emprega na existência de algo independente do que seja, tudo que acontece é então movimento de um estado para outro e se algo se move é por empenho de uma força que só é possível em razão de algo que existe, por exemplo: um carro, tem a função de se mover porque em seu interior há um motor feito para usar propriedades da física, como a explosão do combustível em uma câmara de combustão e através de vários mecanismos transforma isso em movimento do próprio veiculo.
            Mas o que isso tem haver com o amor?
            Imagine então que possa haver um defeito em alguma parte mecânica do carro!
            Certamente não vai funcionar corretamente.
           Agora imagine você que tanto houve falar desse combustível que é o amor, mas sua maquina não tem todas as propriedades físicas para fazer com que este combustível gere o movimento de te levar a ser amado! Isso pode fazer com que você não se movimente na direção correta na qual Amar seja então o objetivo comum.

          Bom, se as pessoas a sua volta não te amam pode ser um defeito delas também, mas se amar sozinho também não é a melhor forma de entender o amor.

            Nós vemos uma sociedade onde as pessoas amam coisas externas, como agora em meio a copa do mundo, todos querem mostrar o seu amor pelo país, digo isso não só no Brasil, mas todos no mundo afora, exibir isso é talvez uma forma coletiva de mostrar amor, no entanto o que é que realmente estamos amando?
            Podemos simplificar que neste caso amamos as cores de nossa bandeira, nosso país, nosso povo e até aqueles que estão ai representando todos nós e por eles nos vemos idolatrando seus atos e movimentos como se de alguma forma seu empenho em campo fosse à demonstração do nosso próprio empenho em lutar para vencer.
            Só é preciso lembrar que vencer pode significar também derrotar o outro!
           
            E talvez este hábito que estamos gerando até em nossas crianças venha ser o grande mal do amor das pessoas de hoje.
            Por mais que se ame o outro é colocado como inimigo, como aquele que devemos derrotar, até porque em nossa sociedade se prega que em primeiro lugar devemos amar a nós mesmos e isso gera então um apego até mesmo aos defeitos que nós temos como um defeito mecânico, e com esse defeito ainda exigimos do outro que demonstre amor por nós, é como querer ser idolatrado mesmo que em nosso movimento, nós acabamos fazendo um gol de mão e por não ter um julgamento correto e sem um juiz queremos então vencer com um soco na bola, e todos sabem que assim não é a forma correta de vencer.

            Como o amor pode nos colocar no caminho correto sem burlar as regras em campo e nos fazer vencer sem derrotar o outro?
            Talvez este seja o grande desafio para todos nós.
            Vencer sem ter nada que precise ser derrotado é algo meio obtuso, sem que haja comparação ou diferenciação, então por não vemos outra forma de amar senão derrotando o outro é que acabamos erroneamente amando!!!
            É comum ver casais que se amam, que discutem o tempo todo e o pior são os apegos as próprias opiniões, como num jogo onde o juiz não vê um lance de falta, ambos não vêem que está faltando o mais importante de tudo que está em jogo: O Amor.

            Muitos acham que o amor é simplesmente o gostar, o querer, o desejo ou até mesmo o carinho, o afeto, mas o amor é também uma doação e ai é que entra o mal do amor próprio.

            As pessoas querem ser amadas e respeitadas e no respeito é que temos um grande problema pela frente:
            O que vem a ser respeito?

            Antigamente o respeito era algo imposto muito mais pelo status social do que pela própria consideração de respeito ou até mesmo por imposição de hierarquia seja ela familiar ou de características econômicas, até na bíblia a mulher respeitosa é aquela que se subordina ao homem! Talvez isso seja uma herança de nosso ser animal onde o respeito era a imposição do mais forte ou até mesmo pelo seu direito de conquista do território, mas o homem se tornou um ser político, ou seja: que vive na polis, que vive em conjunto com outros seres e deve portanto estabelecer regras que sejam comuns a todos para que as relações entre os seres sejam defendidas não só em beneficio deste ou daquele ser mais (digo mais + no sentido de somar mesmo) no bem e no direito comum de todos entre todos, pois afinal há seres que precisam ser beneficiados individualmente, (como uma pessoa que tem necessidades maiores) como também fazendo isso estamos ajudando a todos.
            É como se o respeito deixasse de ser uma imposição exigida por ordem de classificação animal e passasse a ser uma necessidade exigida pela relação de um ser para com outro e para com todos, e então o respeito deixa de ser uma forma característica de relacionamento e passa ser uma ordem universal onde o ser humano passa a ter obrigações não por questões de opinião e sim por uma necessidade lógica de governar a si mesmo e a todos. O respeito se tornou então uma condição de características considerativas, (de consideração) de importância, de referência e principalmente de ordem lógica assim como as leis que regem o Universo. No entanto para que haja lógica é preciso estabelecer certos parâmetros, como para termos uma medida podemos ter recipientes diferentes, mas a quantidade de produto deve ser a mesma em todos estes, isso é estabelecer um parâmetro, e quais são os parâmetros que devemos ter nas relações entre os seres?

            Vivemos em um mundo cercado de leis, é lei para usar a rua (via publica) é lei até para educar os filhos, tratar a mulher e até para diferenças físicas entre as pessoas (cor de pele, condição de peso, de idade...) todos estes parâmetros vem sendo criados e aprimorados na sociedade, mas um dos mais sábios dos homens que já tivemos entre nós disse:

            - Ama o teu próximo como a ti mesmo.

            Temos então um grande problemão pela frente.

                        Qual o parâmetro que devemos ter para amar a nós mesmos?
                        Será que devemos amar quem somos agora neste momento?

            O mais interessante é que o mesmo homem que pediu para amarmos nosso próximo (aquele que está mais perto de nós) também disse:

            - Abandona tudo que tens e segue-me.

            No meu livro: Só por Ele! Por meio de parábola eu falo um pouco sobre o sentido deste abandonar tudo que tens que não é o abandono das coisas materiais, afinal até mesmo este homem que disse essas palavras, certa vez reclamou por não ter um lugar onde dormir, mas sim abandonar o nosso ego, o nosso ser interno que como ser criado sem parâmetros pode conter muitas e inúmeras falhas, daí então como respeitar algo (considerar) que foi criado sem ter certas medidas e como é que este algo vai se relacionar bem com seu próximo?

            Um outro medo também ronda o coração das pessoas, no livro eu procuro mostrar como certas coisas podem se acentuar com o tempo, que é o medo de deixar de ser!

            O mancebo rico foi o homem que teve medo de deixar de ser, não só deixar a riqueza, mas também de deixar de ser quem ele era e como alguém que dá seqüência a isso o jovem Giovanni, também chamado de Francisco de Assis, vem em conseqüência para mostrar que abandonar tudo que tens é na verdade buscar inconscientemente um encontro com a verdade e com o seu real ensejo de viver.
           
            Como saber por onde começar?
            Mais uma vez é só seguir as palavras do mesmo homem que disse que as crianças são os maiores seres no seu reino, ou seja: Devemos abrir mão de quem somos e tornar a ser como crianças e procurar encontrar dentro de nós os parâmetros que nos fizeram ser e sentir quem somos. Nossa raiva do outro pode ser muitas vezes o ódio de ter parâmetros, como crianças que se vêem obrigadas á escovar os dentes, mas quando adultos se sentiriam mal se não escovassem e assim precisamos tornar a olhar para nosso ser e ver o que nos tornamos e por que nos tornamos assim, quais foram os parâmetros que colocamos em nossas vidas e será que as outras pessoas conhecem bem seus parâmetros?

            É como exigir respeito sem respeitar a si mesmo!

            O mau entendimento do amor próprio pode levar a isso, uma pessoa que realmente se ama não fumaria se em sua infância o parâmetro ser uma pessoa saudável estivesse acima do parâmetro: Eu sou dono do meu ser e faço o que bem quero da minha vida. Isso não é amor próprio é no máximo um egocentrismo voltado ao ser que vê em seu id um valor maior e este valor acaba sendo defendido pelo ego quando a pessoa começa a justificar seu ato de fumar com o fato de conhecer alguém que fuma e não tem doença alguma ou que não é pelo fato de fumar que ele pode morrer, o seu superego passa a ser um pregador do valor fumar maior que o valor viver bem e saudável, da mesma forma que a pessoa que come compulsivamente e com isso acaba engordando, jamais esta pessoa te impediria de comer um produto bem calórico, no máximo ela pediria pra você dividir com ela, afinal ela também acharia prazeroso.

            Respeitar a si mesmo não é de forma cega e incondicional ou muito menos respeitar a si mesmo por se ver em um corpo saudável e beleza física, que está sendo outro mal do amor próprio hoje em dia, onde as pessoas ao ver alguém dotado de muita beleza física dizem: parabéns você merece tudo de bom na sua vida... É como dizer que quem é dotado de beleza tem muito mais direitos no mundo em que vivemos.
            Certo dia recebi um e-mail de propaganda dizendo:

            Aumente sua auto-estima com este revolucionário produto que elimina a celulite... No anuncio havia uma foto de uma bunda feminina, pensei comigo: auto-estima agora se vê no traseiro!

            E tudo isso vem produzindo uma geração que desconhece o amor como “causa” e vive o amor como um produto!

            Um produto que muitas vezes pra ser adquirido é preciso mostrar algo superior aos outros, e novamente colocamos nosso ser em competir para ter, então competimos por nosso espaço mesmo querendo ter outro alguém vivendo no mesmo espaço, competimos para vencer nos argumentos mesmo que não se encontre algum parâmetro que sirva para medir qual o potencial de lógica existe dentro destes argumentos e pra piorar competimos por prazer que deve ser satisfeito pelo outro como se o bem estar do nosso ser (do desejo do id) fosse um presente que devemos ter do ser fora de nós, como se tal satisfação fosse apenas para alegrar o nosso cruel amor próprio!

            Não é bom ser difícil, Mas o difícil é ser bom.

            Esta frase se encontra no meu livro e resume bem o que acontece com o nosso viver. Por incrível que pareça ser bom é algo muito difícil, pois para ser bom é preciso obedecer às regras, como que para ter dentes saudáveis é preciso um cuidado diário, um trabalho continuo e rotineiro, e para ter uma mente saudável também é preciso um trabalho diário de observação e cuidados, agora já pensou se uma pessoa com um pensamento ruim ou até mesmo uma pessoa que forma seus pensamentos sem obter parâmetros lógicos qual será a qualidade de seus pensamentos?

            Pensamentos ruins não são apenas pensamentos ditos negativos, aliás, não é tudo que vem a nós que devemos adquirir, possuir, usar e consumir, como uma comida que nos vem nada saudável, negar comer, ou seja: ter um pensamento de negação, ou melhor dizendo: negativo, não é um pensamento ruim, daí o perigo de sempre somar todo e qualquer pensamento que chega ao nosso ser (ego) que vai nos fazer bem. Muitas vezes pessoas ditas de respeito nos fazem acreditar que seu posto, seu cargo ou até mesmo sua vida social é uma condição para aceitar o pensamento pregado pelo mesmo. No caso este ser age então como um superego que nos influencia e nos leva a copiar o seu modelo. É como acreditar que esta pessoa conseguiu o que tem ou pelo seu status social, foi conquistado pelo seu superego e no afinco de ter um posto maior em nossa sociedade copiamos e nos deixamos levar pelo mesmo modelo deste.

            Um exemplo bem nítido disso está no cargo de chefe!

            Todas as pessoas têm um exemplo de um mau chefe, que é muitas vezes antipático, rude e arrogante, mas mesmo consciente disso as pessoas ao assumirem tal cargo imediatamente assumem a mesma postura, como no meu artigo: As poderosas forças do poder, eu falo de um experimento realizado na universidade de Stanford, onde os guardas perderam sua identidade pessoal e se tornaram “guardas”.(  http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/as-poderosas-forcas-do-poder-terceira-e.html  )

            Isso nos leva a ver que para ser bom é preciso estar alerta com os nossos pensamentos, filtrá-los a partir de nossas próprias experiências e seguir apenas com medidas realmente boas. Estas boas medidas podem ser encontradas quando alcançamos a VERDADE.

            Ai é que está o grande desafio de nossas vidas. Como saber o que é a verdade?
           
            Bom, quase todo mundo tem uma definição do que seja verdade, mas desta vez vou falar da minha própria definição:
                                               VER e Dar DE si.
           
            Seria algo como ver e dar-se (entrega) de você mesmo ao que vê: se deixar levar por isso.
           
            Daí então voltamos a questão do amor!

            Se têm algo que merece todo nosso amor, inclinação e respeito (consideração) este algo só pode ser a verdade, ninguém ama algo que não tenha conserto, que não possa servir pra nada, as pessoas compram produtos pela imagem da embalagem, mas só consomem mesmo o que tem dentro, a beleza da embalagem é descartada após o uso, ninguém ama quem faz o mal ou quem burla as regras da sociedade para pensar só em si mesmo, no seu próprio bem, as maiores pessoas de nossa humanidade são exatamente aquelas que deixaram o apego em si próprio e se doaram para a verdade, se deram a verdade com tanto afinco e amor que desapegaram completamente de si mesmos para ser, ter e fazer de sua própria existência a verdade, Jesus Cristo é um exemplo e como ele mesmo diz e tomou para si mesmo a figuração da verdade em vida e é este amor que deveríamos ter por nós mesmos, amar e desejar ardentemente ter em si a verdade, desapegar parcialmente ou até mesmo completamente de nosso id e viver não só para acumular sensações e momentos de prazer e sim de completa contemplação pela beleza da verdade, não a beleza externa que essa é só embalagem, mas a beleza interna que é a essência que tanto desejamos ter ao mesmo tempo tememos a responsabilidade de viver em verdade e em verdade vos digo...
(Risos)
Óia eu plagiando o “cara”

Mas estas palavras nem são minhas e nem sei de quem é, porém elas me fizeram pensar neste artigo:
                                              
            É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse, que os agravos do nosso amor-próprio.

Temos que vigiar e policiar bem o nosso amor próprio para não usar ele de forma a burlar a verdade e se tornar um ser injusto, apenas para exemplo: Um trecho de Gênesis 18:

            ...matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra?

            Então Deus disse a Abraão: "Se eu encontrar cinqüenta justos em Sodoma pouparei a cidade toda por amor a eles".

            Mas Abraão tornou a falar: "Sei que já fui muito ousado a ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza.

            Ainda assim pergunto: E se faltarem cinco para completar os cinqüenta justos? Destruirás a cidade por causa dos cinco? “Disse ele: "Se encontrar ali quarenta e cinco, não a destruirei".

            “E se encontrares apenas quarenta?”, insistiu Abraão. Ele respondeu: "Por amor aos quarenta não a destruirei".

            Então continuou ele: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar. E se apenas trinta forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Se encontrar trinta, não a destruirei".

            Prosseguiu Abraão: "Agora que já fui tão ousado falando ao Senhor, pergunto: E se apenas vinte forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Por amor aos vinte não a destruirei".

            Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados? “Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei".


            Vemos nesta história da Bíblia um exemplo do quão precioso é o ser justo e por amor ao justo Deus, o criador poupa os outros de castigo, isso nos mostra o quão podemos ser “úteis” até mesmo ao criador quando deixamos nossos insignificantes desejos que são apenas temporários para sermos verdadeiros conosco e assim com todo o cosmo também.

sábado, 7 de junho de 2014

Só Por Ele!

Só Por Ele!

Viva ser um ser além de ser

           
Na tentativa de criar uma peça de teatro e juntando pequenos personagens que já tinha em mente eis que surgiu a ideia dessa história intitulada: Só Por Ele! Mas ao tentar relatar todos os personagens no linear do tempo, o que era pra ser um monologo, acabou se tornando um dialogo entre o próprio autor e o personagem. O autor aparece como um psiquiatra enquanto o personagem em si relata suas experiências passadas ao reviver outras vidas. Eu Roberto Gama da Silva, acabei criando assim este livro que trás de forma bastante contundente uma critica entre nós quanto sociedade e como individuo, sobre a forma que deixamos as coisas ocorrerem e no fundo estamos sempre voltando a Deus a obrigação de que “Ele” seja o responsável por tudo e por todos enquanto nós apenas fazemos o que simplesmente achamos que devemos fazer e sem se aprofundar em relação aos nossos próprios atos cometemos erros ao tempo que sempre estamos tentando imaginar qual é a vontade de Deus sobre nossos atos.
Bem, se há a vontade de Deus sobre nós então aonde é que temos o livre arbítrio?
Questões como esta se encontra ao longo dessa história e muitas outras nos levaram a ver o quanto deixamos a vida sem um real compromisso com a própria vida e conosco mesmo sendo que temos este incrível poder nas mãos:

- O poder de imaginar!

E através da imaginação que podemos indagar quais são os nossos atos, quais serão as conseqüências destes e assim podemos mudar a realidade antes mesmo que ela aconteça, pois ao acontecer não haverá mais nada que se possa fazer para mudar os fatos passados, por isto temos que nos firmar em nosso real compromisso com o futuro e desta maneira estaremos fazendo da nossa própria vontade a nossa existência.
Não trago assim uma ciência exata de como devemos ser, mas uma forma de despertar a nossa mente ao que realmente desejamos...

                        Só Por Ele é muito mais que uma simples História, é um conjunto de pequenas histórias elaboradas para dizer algo muito além do que as palavras dizem, este livro foi elaborado no intuito de ser uma grande parábola, onde os personagens escondem algo que deveria ser entendido pelo público, no caso agora, pelo leitor, por isso estou colocando aqui uma pequena explanação dessa história, explicando qual a verdade está escondida por trás da parábola, por isso trago este pequeno trecho do livro e posteriormente evidencio a verdade que cada ato contém, trazendo assim uma analise profunda sobre esta história, assim segue:

            - Só por ele!
- Só por ele mesmo... Então doutor o que mesmo estava dizendo?

- Você estava dizendo sobre a crença em outras vidas!

- Ah sim, porque eu não sei dizer como, mas eu sinto isto em mim, que fiz algo importante e de tanto imaginar acabei me vendo em outras vidas e por ter estas lembranças comecei a entender o que passa por esta vida e toda esta minha dificuldade de sentimentos que encadeiam tanta tristeza hoje em dia.

- Se você quiser hoje pode ser o dia ideal pra falar sobre estas vidas, não se importe por onde começar.

- Então em uma delas eu acabei me vendo como lá nos primórdios da humanidade e lá estava eu junto de um homem que me parecia ser meu pai...

– Você pode falar até mesmo na primeira pessoa, pode sentir vivenciando o que realmente esta acontecendo, sinta-se na época e no local que suas lembranças te levarem. Feche os olhos e deixe seu corpo sentir toda energia do que esta se passando.

- Ta bem. Então este homem, meu pai, estava ensinando a me vestir para o grande dia. O dia do sacrifício... Era um dia muito especial para nós naquela época, eu e uma menina íamos juntos para o sacrifício.
A gente acreditava que ia se encontrar com os Deuses. Meus pais diziam que para nós...

Então você tinha outros irmãos?

Sim, não lembro quantos, bem, eles diziam que seria muito bom porque os deuses estavam perturbando minha mãe e toda noite dizendo: - Vocês vão sofrer, não vai chover, vai faltar comida... E por isso tinham que fazer o sacrifício, eu por mim tudo bem desde que a gente não sofra, vamos lá pro sacrifício, pra gente ir lá ter com os deuses pra ver se eles paravam de dizer estas coisas.

Você se sente como criança, agora neste momento?

Sim, por que?

Porque como criança a gente tem uma outra forma de ver e acreditar, como eram suas crenças nesta época?

Bem eu não acreditava em coisa alguma. Olha só que complicado!
De vez em quando minha mãe começava a aumentar, aumentar e aumentar, ai ela dizia que era porque os deuses se alegravam com o ultimo sacrifício e por isso ela podia comer bastante, bastantão mesmo, e ai ela ia pra uma caverna que só as mulheres podiam entrar e saia de lá com um irmãozinho, um irmãozinho bem pequeno mesmo. E ela dizia que os deuses deram! Daí quando a gente crescia um pouco e começava a faltar comida os deuses pediam pra devolver a gente senão acontecia tudo de novo.
Vai faltar comida, não vai chover vocês vão sofrer.
Eu não entendia nada!
Primeiro você vinha e depois tinha que voltar... Não seria melhor eles deixarem minha mãe comer a vontade e dar comida pra todo mundo? Fica nessa de vai e volta, vem e vai.
Mas deixa eu ir pro sacrifício... Por mim ele pode ser quem for, seja do tamanho que for eu já vi um búfalo mesmo. Eu tenho certeza que maior que um búfalo ele não é, o búfalo é o maior animal que a gente tem aqui nas planícies. O meu pai matou um búfalo uma vez, eu até sei como fazer.
Daí a gente chegou lá e meu pai me disse que aquele era um dos deuses, e a menina ia com um e eu com o outro, é bem... Ele era bem maior que um búfalo... Tão grande que ficava ali, totalmente imóvel com os olhos bem grandes e feio muito feios.
Eu não dizia nada, ninguém dizia nada. E de repente apareceu um homem com uma mascara. A minha mãe que fez aquela mascara. Parecia um bobo com aquela mascara feia muito feia, pulando feito um coelho. E eu só pensava em ver aquele deus mexer, e começaram a cantar e dançar, agindo de um modo estranho, como quem quer fazer medo.
Até que chegou à hora e a menina foi primeiro, ela chegou bem perto do deus dela, deitaram ela sobre o altar, e então o homem com a mascara pegou uma pedra ergueu bem alto e com toda força acertou a cabeça dela... Eu sabia o que era aquilo, o meu pai fez aquilo com o búfalo que depois à gente comeu.
Ah... Eu comecei a gritar, a gritar com toda força mais não teve jeito, me levaram, e então foi ai que eu vi o deus de perto... Era uma pedra, uma pedra bem grande com uma cara pintada. Como pode...
Me mataram por causa de uma simples grande pedra.

UA-143788245-1