sexta-feira, 25 de julho de 2014

Pistantrofobia!


            Luz, ela ilumina, clareia e faz com que a gente possa ver o que está ao nosso redor, à expressão: - uma luz no fim do túnel, também quer dizer: uma ideia que anteriormente não tínhamos; uma saída para algum problema ou até mesmo o fim de um medo ou de uma angustia... A ideia de pecado original veio com a ilustração da história do surgimento do homem que para muitas pessoas está ligada ao sexo, quando na realidade antes de comer do fruto da arvore Adão não tinha o conhecimento do que era o bem ou do que era o mal, só passou a ver isso depois de comer justamente o fruto da ciência do “bem e do mal”, ou seja: passou a ter a capacidade de julgar.(Alegoricamente)

            Isso indica que somos agora capazes de julgar, ou, melhor dizendo: de discernir o que é bom e o que é ruim, agora imagine você ao comer um fruto, por exemplo: uma maça, e ao morder este fruto perceber que seu gosto está apodrecido e quem sabe até após morder você olhe e veja que há um bicho no interior da maça!

            Certamente esta experiência ruim fará com que você, tempos depois ao encontrar uma maça, sentirá aquele gosto estragado e lembrará do bicho da maça que você vira daquela vez.
           
            A pistantrofobia é o medo de ter relacionamentos com as pessoas devido às lembranças de experiências ruins do passado. A palavra vem do grego opistós; “atrás” com a palavra phobia; “medo”, ou seja: medo do passado, do que já viu anteriormente.

            Todos nós sabemos que cada uma das experiências em nossas vidas são únicas, vive-las em um dado momento também, certamente a alegria de uma mãe ao ter um filho pode não estar presente no momento que este filho começar a chorar demais, a pedir demais ou até mesmo ao aprontar demais, no entanto após um momento, o sentimento de amor pelo filho volta a dominar os sentidos da mãe e esta passa até por um certo remorso em sua reação.

            Tudo que em um dado momento nos faz mal fica gravado em nossa mente, isto é automático, provavelmente isso é o resultado da própria evolução de todos os seres, por isso em alguns casos o chamado mimetismo funciona com muita eficácia.

            Mimetismo é quando um ser se faz passar por outro, imitando aquela característica do outro ser, como uma falsa coral, e outros seres, por isso repelimos mais facilmente o ser que se parece com outro, pois se já tivemos experiências ruins,  com uma coral verdadeira, (simbolicamente  falando) uma falsa coral nos trará aquele sentimento de repudio sem distinguir bem quais são as diferenças.

            Nós, seres humanos temos mais de 60 mil pensamentos por dia, e é claro que entre tantos pensamentos, há o pensamento ruim, de algo que nos aconteceu de mal ou até mesmo que aconteceu de mal com outras pessoas, é isso todos os dias; ao ver as noticias, ao sair de casa, ao assistir um filme... É claro que tantos pensamentos assim todos os dias nos enlouqueceria se descemos a estes toda nossa atenção e empenho em julgá-los, em outras palavras: em discerni-los. Por isso é muito mais fácil esquecê-los, deixar de lado, como se fosse algo sem importância, porém quando algo nos atinge diretamente fica difícil esquecer ou até ignorar, como no caso de bater o carro em um determinado local, sempre ao passar pelo mesmo local a lembrança do que houve no passado vem à mente, mesmo que você tenha a necessidade de pensar em outra coisa naquele momento.

Mas por que nossa mente faz isso?

            Nosso instinto de proteção faz com que a necessidade de ter um discernimento prévio auxilie na obtenção de uma solução, para que mesmo que estejamos ocupados em outras tarefas, por instinto, o nosso corpo possa reagir sem a necessidade de elaborar pensamentos e obter deste a resposta, por isso, ao levar um susto, por exemplo, a nossa reação prévia geralmente é gritar, pois em disputa com outro ser desconhecido, (afinal sua mente não teve tempo de discernir qual ser é aquele, se este é realmente perigoso ou não) o grito é uma forma de revidar o outro ser, o assustando também. Assim o inesperado se vê diante de uma reação também inesperada por este, e com isso ganhamos alguns segundos para elaborar a melhor estratégia perante o fato (susto) ocorrido.

            No entanto, nem sempre o grito pode ser uma boa estratégia, na reação instintiva de recolher os membros do corpo podemos até nos machucar, devido a isso a mente “gosta” de armazenar tais experiências para que em outro momento a própria “mente” possa elaborar a melhor estratégia e uma nova forma de reagir.

            Bem, se nossa mente trabalha assim, então precisamos aprender a lhe dar com nossa própria natureza, portanto esquecer o que nos aconteceu de mal não é a melhor estratégia.

            Imagine se você tentar ignorar a imagem da maça vista acima, você não vai conseguir, pois afinal ela é visível, assim como os fatos que nos ocorre a cada dia, que já ocorreram, e isso lhe gerou um sentimento, assim como a memória sobre algo, a memória de um susto, por exemplo, ignorar ou não lançar a luz sobre o fato o corrido no passado pode acarretar em sentimentos de angustia e sem respostas para lhe dar com esses sentimentos a memória irá transformar isso em Medo.

            Ou seja:

            Sempre que houver outro fato semelhante ao susto, o medo será a sua única reação prévia e assim se seguirá toda vez que os fatos se repetirem de forma semelhante.

            Agora imagine que ao invés da lembrança de um susto que lhe gerou medo, você tenha a lembrança de um relacionamento que foi muito mal sucedido, independente de quem está certo ou errado, a angustia de um relacionamento ruim vai tomar conta de você, e se você não se propuser em raciocinar, ou seja: lançar luz sobre o fato, não conseguirá resolver esta angustia e tendo apenas o medo como resposta a sua reação pode ser de repudio, como a ideia de...: _ - Será que está maçã também ta estragada? Em outras palavras: _- Será que esta pessoa também me fará sofrer?

            Sabemos que nem toda maça vai ser igual aquela, mas sem resposta do nosso lado racional, nossas reações serão sempre de repudio e medo.

            A pistantrofobia pode ser vista como uma doença que aos poucos afeta todas as esferas de convivência dentro da sociedade, pois afinal todos nós estamos constantemente dividindo nossas relações com outras pessoas e como nem todas as relações são bem sucedidas o medo sempre está presente, aos poucos podemos achar que todos, (como cobras corais ou apenas semelhantes a esta) são iguais e todos de alguma forma irá nos magoar, entristecer, angustiar.

            A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para frente.

            Nós, seres humanos somos livres de sermos “seres função” (para entender melhor conheça meu livro: Só por Ele!) e isso nos trouxe a liberdade de raciocinar, porém a vivencia em sociedade nos trouxe de volta a necessidade de exercer uma função dentro do convívio social e pra isso empregamos quase todo nosso racional ao empenho de nossas funções dentro da sociedade, com isso vemos á cada dia surgir uma nova doença que de repente vira uma pandemia entre todos: depressão, doenças do sono, angustia... Com isso surge também aqueles que querem de alguma forma tirarem proveito da fraqueza que é viver em sociedade. As pessoas precisam de curas rápidas e eficazes e então o uso de remédios para combater estes males é cada vez mais constante, no entanto o que tem causado mais doenças entre todos não é apenas químico e sim a falta da própria compreensão de nossa natureza.

            Como na frase de Soren Kierkegaard precisamos sim olhar para trás, fazer uma boa releitura dos fatos que vivemos, mas não da maneira que muitos fazem buscando de alguma forma mostrar as suas próprias razões e sim saber lhe dar com a própria capacidade de raciocinar, como na próxima frase:

            A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais.

            É preciso estar aberto em conhecer o outro, ter empatia pelo mesmo, o medo e a falta de confiança tem se tornado uma doença em toda sociedade. Cada vez mais as pessoas temem algo sem ao menos compreender o porquê deste temor!

            Sim é certo que nos angustiar nos assusta, só que é preciso rever bem em nossa mente e buscar elaborar melhor o que se vê. É preciso lançar luz para enxergar, pois mesmo que a luz se apague, o que quer que seja continuará ali.

            Imagine que você tenha uma caneta em suas mãos e por um momento de distração você perde caneta, num outro momento em que precisar da caneta não saberá onde ela está, pois você se distraiu com outros tantos milhares de pensamentos que você tem em todos os momentos, mas você sabe que a caneta existiu na sua mão, e ainda existe e está em algum lugar.

            Bem assim é com um problema que você tenha tido, uma angustia, uma mágoa, uma tristeza gerada por algum fato ou por alguém, é o bichinho da maçã que vai estar sempre ali, no entanto é preciso lembrar também que nem toda maça é podre e saber discernir uma maça de outra, uma cobra coral de uma falsa coral, pode lhe trazer o desejo de comer novamente uma boa maça, ou até mesmo distinguir entre aquela pessoa que é uma cobra ou aquela outra pessoa que pode até se parecer com uma cobra, mas no fundo esta pessoa só é alguém como você, que de tão cansada de magoas e angustias se faz de mal, mas vá devagar que você pode descobrir ai uma nova forma de ver o outro e a ti mesmo, como quem deu uma nova mordida e agora descobriu que pode se envergonhar de estar nu diante do outro, mas também pode se fechar e ter medo de ficar nu.

            Se fizer isso de se fechar, jamais aproveitará este sentimento de angustia para informar a você que existem outras possibilidades de escolha, como achar graça da vez que bateu com o carro e se tornar consciente da sua própria distração. E assim caminhar para o desejo de encontrar na pessoa do outro o amor que sempre desejou para com você mesmo.

Ame profunda e apaixonadamente.

Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de viver a vida completamente.



Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.



            Pra poder receber amor é preciso largar o medo de amar!
Essa frase é minha mesmo!



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Em Respeito ao Respeito

Gama 3

            Respeito: Palavra latina que tem sua origem em respectus que significa olhar outra vez, re-ver novamente, significa que algo merece um segundo olhar para rever a forma, ter em consideração. Também quer dizer: veneração, estima por uma pessoa ou até mesmo um grupo ou nação.
            Pode ser por um valor tanto pessoal como coletivo: respeitar-se a si mesmo é ter consciência de seu próprio valor; respeitar o outro é dar a este seu devido valor, atenção ou consideração, como um professor em meio a sua aula, pára, a sua dicção ao ver dois alunos que não estão lhe dando o devido respeito ao dialogarem durante a aula. Acredita-se que respeito é permitir que outrem tenha suas próprias crenças pessoais e deve ser aceito em suas diferenças, sejam diferenças de credo, religião, escolha sexual, condição social e também o respeito às raças, culturas, posturas comportamentais... Tratar o ser humano entendendo que este ser é único e assim deve ser considerado aceitando todas as suas diferenças de valores ou de seus princípios, suas crenças, seus dogmas e até o fato de não acreditar nesses. Assim cada um segue por suas próprias crenças, valores e princípios individuais e tomam suas decisões baseadas nessas experiências.

            Respeitar (considerar) o outro assim sem lhe dar um julgamento ou até mesmo uma noção de qual é o seu conceito sobre algo, ficar calado pode ser uma atitude respeitosa. Ao mesmo tempo em que isso possa parecer respeitar o outro, também pode parecer falta de respeito (consideração), no momento em que você deixa de expor alguma lógica em respeito à situação, o outro corre o risco de desconsiderar sua falha, ou até mesmo por não haver um modelo do que devemos respeitar há o perigo de deixar o outro errar por não haver outro parâmetro a ser respeitado. Para entender melhor o que quero dizer vou citar um exemplo histórico:

       
     Franz Reichelt foi um alfaiate francês de grande prestigio que tinha o sonho de voar... Preocupado com a morte de pilotos logo no inicio da aviação, Franz queria criar um equipamento que permitisse o piloto saltar do avião e chegar ao solo de forma segura, para isso ele bolou um traje que insistentemente quis provar a todos sua eficácia no funcionamento, para isso ele chegou a testar seu traje de vôos em manequins que teve até um resultado positivo em alguns destes testes, visando mostrar a eficácia de seu traje ele conseguiu autorização do prefeito de Paris para uma demonstração publica com seus bonecos. O prefeito de Paris, Louis Lépine autorizou ele a fazer o teste.
            Às 7 horas da manhã do domingo de 4 de fevereiro de 1912, Franz Reichelt chegava de carro, acompanhado por dois amigos, havia a rumores de que ele mesmo testaria o equipamento e logo todos tiveram a confirmação, Franz veste seu traje para realizar o salto. Apesar da tentativa de amigos e testemunhas em fazê-lo desistir, Franz decide prosseguir com o teste. Indiferente ao frio de 0°C e do forte vento, centenas de pessoas, avisadas na véspera, se acotovelam aos pés da torre para assistirem ao salto. Duas câmeras de filmagem, também estavam a postos para registrar a façanha do alfaiate (essas imagens podem ser encontradas no Youtube). Ás 08h22min, Franz salta do primeiro pavimento, situado a 60 metros de altura, de frente para o rio Sena. Após 5 segundos ele atinge o solo, seu traje falhou. O impacto é tão forte, que abre um buraco considerável no chão de aproximadamente 15 cm.

            Vemos neste caso que houve até um devido respeito à insistência de Franz, no entanto o que o próprio Franz não respeitou foi suas falhas nos testes, poderia ao invés de ter ariscado a própria vida ter realizado um teste, considerado as condições de vento e do tempo e usado um manequim que deveria ter um peso aproximado, ou até maior que o seu próprio peso para sua segurança.

            Não há como saber se algo realmente está certo se você considerar apenas a sua fé e vontade de estar certo, o seu desejo de vencer ou de conquistar, precisa passar por testes, avaliações e considerações devidas para que o resultado não seja apenas uma boa retórica que se apresenta e sim um fato cientifico que pode ser comprovado de diversas formas, assim não há apenas um teste de tentativa e erro como muitos acham que é a evolução natural da vida e sim um caminho certo e preciso para uma real evolução do ser.

            Desta forma vemos então que há uma necessidade de ter algum outro parâmetro para ser considerado além das crenças pessoais, há necessidade de um conhecimento cientifico e uma comprovação válida previamente testada para termos a segurança necessária e em Respeito a tudo isso poder ter a ação.

            Por séculos há humanidade acreditou que a Terra era o centro do Universo e que eram os planetas e o Sol que giravam em torno dela. A filosofia Aristotélica era base disso tudo, porém acredito que o próprio Aristóteles não pretendia formar em seu raciocínio uma conclusão do Universo com suas esferas perfeitas e sim uma tentativa de estimular o pensamento através da exposição de outras premissas com a qual se poderia chegar à conclusão. Era, portanto a intenção de Aristóteles causar no homem o desejo de investigação, de procura do saber e assim ao debater um saber com o outro, chegar a uma conclusão mais próxima, não do desejo do homem, mas do que de fato ocorria.

            Sócrates criticava a invenção da escrita com a argumentação de que a escrita, mesmo em seu bom uso, poderia gerar no homem uma forma elegante de expressar suas lembranças e pensamentos, porém com o perigo real de que o homem deixasse de crer em sua própria capacidade intelectual para se ater somente a escrita. Ele contava que a escrita era obra de um demônio egípcio, chamado Teutes; este demônio apresentou ao rei egípcio Tamuz um remédio para o esquecimento e para ignorância; confiar na escrita por meio de símbolos e caracteres externos era a maneira de reter o pensamento na memória; no entanto para Sócrates este não era o remédio e sim apenas lembranças de pensamentos, portanto a escrita não é em si, o saber e sim uma apresentação do que se sabe com o perigo disso não ser a realidade.

            Sócrates estava certo, o pensamento (lembrança) Aristotélico findou a razão do homem em fechar os olhos para observação e apenas crer por fim, aqueles que tentavam rebater o que estava escrito eram tidos como hereges e por isso poderiam ser condenados até mesmo a morte.

            Por incrível que pareça é assim até hoje em dia, certos seguimentos religiosos não podem nem sequer ser citados, criticados ou debatidos livremente, correndo o risco até de causar uma guerra entre países. A exigência do respeito parte para imposição ao mesmo, sem ater ao que é mesmo que está sendo respeitado.

Se isso acontece até entre países inteiros imagine com pessoas!

            E como seria o mundo de hoje se grandes pensadores do passado fossem respeitar os enunciados antigos; se Cristo por respeito não tivesse refutado o judaísmo, não teríamos o Cristianismo; se Mahatma Gandhi tivesse respeitado as leis inglesas, até hoje a Índia seria colônia inglesa; se Martin Luther King Jr. e Nelson Rolihlahla Mandela tivessem respeitado as leis raciais do seu tempo não teríamos as leis atuais contra a separação do ser humano por raças... Poderia citar centenas de outros exemplos, mas a grande lição que fica é: 

O que é mesmo: Respeito?
           
            Certa vez conversando com uma amiga, eu disse a ela que a palavra “respeito” era a mais difícil de ser entendida por toda humanidade e ela me chamou de Louco!

            Bom se só eu ainda não entendi o que é esta palavra estaria muito contente por ser eu o único a não entende-la, porém vejo as pessoas lutando por respeito, sem ater o seu próprio pensamento ao que realmente deve ser respeitado, em outras palavras: Considerado.

            Bom, vale dizer mais uma vez que origem da palavra fala mais por si do que o nosso julgamento atual, respeitar, do latim, RESPECTUS, do passado RESPICERE, “olhar outra vez”; RE, “de novo”, mais SPECERE, “olhar”. Respectare significa olhar muitas vezes para trás e nisso entra a nossa capacidade de discernir corretamente o que se olha e como você olha.

            Em meu livro Só por Ele, (http://reflexhuman.blogspot.com/2014/06/so-por-ele.html) eu falo um pouco sobre o que é divino, ou seja: aquilo que de certa forma está além de nossa compreensão, e temos esta capacidade divina de conhecer nosso próprio conhecimento, portanto somos capazes de chegar à razão pela própria razão (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/10/ha-razao-pela-razao.html) e assim, munidos de uma razão universal é que podemos dizer que esta deve ser respeitada, ou seja, considerada como base para este ou aquele comportamento.
            O respeito surge então perante ao que é proposto e não por algo imposto ao outro, mesmo que em nossa razão pareça haver uma lógica coerente, há de observar que se esta coerência realmente confere com algo real, como no exemplo de nosso corajoso Francês que deu sua própria vida ao seu próprio erro, certamente o homem não deve recuar por um erro e dizer que seja impossível alçar voo, por exemplo, mas dentro de uma reflexão lógica estabelecendo valores que devem ser medidos e potenciais que devem ser observados e até mesmo testados antes de aplicar sua própria existência á uma ação que possa significar uma mudança completa em sua existência ou até mesmo do fim do seu existir.
            Respeito então não deveria ser cobrado e muito menos exigido; é como querer que a nossa própria vontade domine o Universo e seja ela, nossa vontade, uma lei seguida pelo mesmo; é como atribuir a razão por findar a razão em si mesmo ao invés de observar a razão fora de si. Se as pessoas abandonassem o apego a sua própria eloquência e observar o que realmente há, e como o que há possa servir para você tornar seu desejo possível, ai sim você alcança a capacidade humana de saltar no seu desejo sem se machucar.
            O respeito é em si, e desta maneira, o amor a própria verdade, não há verdade dos nossos desejos, mas sim uma verdade que constrói a vida dentro da perfeição que ela é.
            Existem quase nove milhões de criaturas vivas de diferentes espécies sobre este planeta, cada uma delas com sua peculiaridade e a mesma natureza fornece a matéria prima para que isto ocorra.
            Por incrível que pareça a criatura viva que veio a dominar tudo isso somos nós!
            Nós que não sabemos lhe dar com nossa própria natureza, que não conseguimos compreender o que realmente há de ser compreendido, que exigimos do Universo que este seja obediente a nossas vontades e anseios sem ao menos sequer fazer como todas as outras criaturas que entregam a natureza a própria questão do seu ser, e assim se tornam iguais, mas diferentes entre si para adaptar seu existir a natureza que os cerca, se não há conhecimento sobre a água que os cerca, ao menos consideram que é ali o seu lugar, se não há compreensão sobre o gelo que se forma, pelo menos há entrega de seu corpo a natureza e aceitação de ter e desenvolver uma pelagem mais densa... E assim todas as outras formas de vida compreendem o que deve realmente ser respeitado enquanto nós seres humanos que dominamos todo o planeta, ainda não sabemos qual a formula secreta para ter o respeito de tudo e de todos, no entanto ao menos respeitamos nossa própria ignorância e caímos por terra com ela e assim findamos nossas vidas nos erros para que outros tantos não venham ser como nós, que saltam com fé e coragem, mas sem sabedoria temos por fim o erro como exemplo e o desejo de acertar como a busca por uma vida mais segura, mesmo que você queria pular de pára-quedas, faça isso com segurança Respeitando pelo menos as leis da natureza que estão ai, por que elas custaram muitas vidas só para que a gente pudesse ter uma luz sobre o que devemos realmente respeitar.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Não é da sua conta!


Beta 2

Grande campanha
Pela Vida:

Cada um
Cuidando da sua.

Participe você também!



            Contar é a ação de enumerar seja o que for dar uma especificação ou relacionar algo de forma lógica, coerente e especifica. Hoje em dia o individualismo é a forma mais prática de viver num mundo de faz de “conta” onde cada um é cada um e cada um faz o que quer, vive como quer e conta seja o que for como quer... Bem isso já se tornou um problema enorme para todos, pois não dá mais pra viver num mundo de fantasias e distorções ao bel sabor de nossos desejos devido ao fato de que muitas de nossas ações são gravadas, sejam por imagens, sons e até mesmo por termos a necessidade de memorizar. Mentir não é tão fácil como foi antigamente onde a humanidade criava lendas e fábulas e com o tempo o que era apenas uma historinha pra fazer criança dormir que ao longo do tempo foi se tornando crença e com o tempo até era exigido o “devido Respeito” a essas crenças, o que em certo tempo levou até a dura condenação á morte (Sócrates) quem não acreditava nos deuses, ou melhor dizendo: Nos Mitos.

            No mundo atual parece que ninguém mais pensa igual, cada um pensa da sua forma, do seu jeito e com isso deformam o que seria o encontro e a busca real de uma forma ideal para todos.

            É tanto individualismo e tantas formas de proteger a forma própria que cada um tem em si uma “verdade”, e o que encontramos é que mínguem mais sabe ou reconhece qual é mesmo a verdade, e se há mesmo esta verdade.

            Na verdade o que encontramos são frases como:

            - Cada um vive como bem entende!
            - O importante é ser feliz!
            - Cada um cuida da sua vida...
            - Eu faço o que eu quiser...
            - Como eu vivo não é da sua conta... E por ai vai!

            Mas olhe só o que vejo de interessante em tudo isso: é que em ônibus, jornais, revistas e todas as formas de comunicação, vemos outras frases como:

            - Pedofilia é crime! Denuncie!
            - Denuncie a violência contra a mulher!
            - Se for dirigir não beba.
            - Drogas! Diga não.
            - Jogue lixo no lixo.
            - Não fume neste local.
            - Racismo é crime...

            Por mais que se busque preservar o ser em seu doce e suave individualismo vemos um mundo onde o “Estado” tem de tomar as rédeas da própria sociedade, é como se deixássemos o ser adquirir consciência sem oferecer a este um rumo, um parâmetro, um ponto no qual há necessidade de concordância. Cidadania é apenas um cursinho obrigatório dado em alguns casos onde o “estado” pode atuar e mesmo assim ao sair destes cursos nada muda para o ser, pois afinal de contas cada um é cada um...
            Em um curso que fiz há pouco tempo atrás tive aulas de cidadania logo após as provas, mais da metade dos alunos nem compareceu e por incrível que pareça mesmo depois das aulas de cidadania alguns alunos largaram seus jalecos, que foram dados pelo estado de forma gratuita nas ruas ao redor da escola, como se aquilo fosse um lixo e o pior, descartado em via pública mesmo depois de uma aula de cidadania!

            Fica evidente que há uma cultura que direciona o comportamento humano e que esta cultura tem falhado tanto que até o básico de uma vida boa, saudável e honesta vem fracassando cada vez mais.

            Então as pessoas pedem socorro para o estado, ao tempo em que o estado ao tentar induzir o povo a uma obrigação básica que seja necessária para o bom convívio em sociedade, sempre acaba fracassando no mesmo individuo se vê livre para ser como bem quer!

            Em Janeiro de 2009 eu escrevi um de meus primeiros artigos intitulado: A Vil Violência! (http://reflexhuman.blogspot.com/2009/01/vil-violncia.html) e mesmo já tendo mais de quatro anos este artigo é bem atual e diria que se fosse abranger toda a grandeza dita só neste artigo me renderia mais um livro.

            Vejo que não é um fracasso nos métodos de educação e a falta de coerência ao que deve ser realmente feito, o problema maior está na ideia errada de achar que cada um cuidando da sua vida vai conseguir fazer o que é realmente bom para sua própria vida, é como oferecer ao ser um monte de direitos, mas não ter coragem de apontar pra ele e dizer que o mesmo tem obrigações.

            Se as pessoas ao cuidarem da suas vidas realmente fizessem isso dentro de um censo de coerência e dentro de uma ciência universal como a lei da gravidade que está em tudo e em todo Universo, não teríamos a necessidade de tantas campanhas para induzir, no ser, que certos comportamentos são errados em um convívio social. A crença que tal comportamento não se pode ter é somente porque se assim o fizer estará infringindo uma lei.

            Como a pedofilia, por exemplo, que só se tornou um crime "odioso" por todos por causa da lei, pois a maioria dos pedófilos não eram criminosos que vinham de fora e sim do próprio seio familiar e então e por isso muitas crianças, até mesmo os familiares eram obrigados a manter o mal que estava ali mesmo diante de todos em segredo por não haver uma lei que pudesse condenar o ato criminoso, ao tempo que o mesmo crime saiu do seio familiar para ser cometido perante o estado de miséria de outras pessoas que acabam servindo seus próprios filhos a estes anseios animalescos do homem.

            Isto e outros exemplos mais podem ser dados, como no caso das drogas, as pessoas acham que não tem mal nenhum a pessoa que quer se drogar, se drogar, porém como você se sentiria ao se ver triste e um amigo seu que se droga, em um estado de espírito totalmente diferente do seu, alegre e feliz, ativo e cheio das atenções do grupo de amigos enquanto você não consegue ter este animo?

            Parece que fica evidente que “tirar um barato” ou “curtir um pouco” é muito mais divertido, fácil e torna mais feliz quem se droga, do que quem não faz isso, ai vem à questão: Ou se segue a esta vontade ou se reprime e vive sem as honras e alegrias que aparentemente fazem parte da vida de quem se droga.

            Hoje em dia o que vejo é que há tanta busca individual, tanta gente tentando mostrar seu talento com malabarismos nos semáforos, tantas estatuas vivas, tanta gente tatuada, tantos piercing colocados, tantos cabelos coloridos, cortados de forma diferente, tantos e tantos que ta todo mundo igual.

            E todo mundo tentando chamar a atenção para o seu ser individual ao tempo que se a atenção for uma critica a sua escolha individual, prontamente o ser que assim o faz é incriminado com frases: Não é da sua conta!
           
            Parece que todos estão querendo por toda a atenção ao seu ser externo, quanto ao seu ser interno busca-se a todo custo proteger da intromissão dos outros.

            E tudo a todo o momento por fora se busca a transformação enquanto o eu interno fica protegido do mundo exterior.

            Isso tudo talvez seja porque realmente não contamos com ninguém que tenha colaborado para a formação do nosso eu interior, tanto que em toda humanidade encontramos pouquíssimas pessoas que nos sirva de ícone para um real encontro com este nosso eu interno e por falta de modelos, nos modelamos por fora, e por dentro nos esquecemos de modelar e alterar o nosso eu.

            Como a pessoa que faz uma dieta para emagrecer, mas com o tempo a mudança exterior não reflete em uma mudança interior logo o exterior é abandonado para voltar a ter o mesmo comportamento alimentar de antes e toda dieta acaba sendo perdida assim como a mudança caba sendo apenas temporária.
O interessante também é observar que o ser tem um comportamento ao coletivo, enquanto que seu ser interno possa ser outro e nesse caso o ser pode expressar uma opinião que dentro de sua própria forma não concorda com tal e nisso há o perigo constante de dizer algo que no fundo o ser não acredita ou não consegue seguir. Como no caso do fumante que tem a consciência de que tal ação de fumar é muito prejudicial ao tempo que o desejo de fumar é maior que a sua própria conscientização. Acaba que o estado sempre perde para o desejo e assim como numa dieta, as mudanças geradas por uma campanha acaba sendo perdida.

                        A questão é então:     

Como cuidar da própria vida?

            Certamente que cuidar da sua própria vida é uma ação louvável e o mínimo que se deve fazer para si mesmo, no entanto há o perigo constante de fazer isso de forma errada, pois se erramos com nosso exterior tanto mais podemos errar com o nosso interior e como um mendigo que necessita de ajuda fazemos figurações por fora de nós e acabamos nos acostumando com a situação de mendicância e não fazemos nada além que pedir ajuda, sem ajudar a nós mesmos e muitas vezes a ajuda vem com a demonstração de que você, como no caso de um mendigo, necessita tomar um belo banho, precisa se incomodar sim em andar sujo, em desfigurar o seu próprio ser para ver que não há outra forma de ser a não ser a forma mais digna de ser que muitas vezes é sim uma norma, uma regra uma forma seguida por todos, mas não a forma da moda e sim a forma mais próxima da verdadeira forma humana, limpa, saudável, sem deformações e distorções dessa imagem humana com a qual nascemos, e assim cuidando bem de braços dados e até abraçados com este bem é que cuidando de nós estaremos cuidando de nos aproximar de nossa maior essência: A Vida.

            Não uma vida desvairada que luta apenas pela sobrevivência e sim uma vida cheia de honras e riquezas, não riquezas só de bens, mas riquezas de saber, de se guiar a cada momento com sabedoria e digna de ser vista, copiada e imitada por todos, pois de qualquer forma todos nós acabamos mesmo sendo iguais a qualquer um.


           


             
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