Volume 2
A
segunda guerra foi um momento vivido pela humanidade marcado principalmente
pela intolerância as crenças e a forma de viver, e tantas mortes foram causadas partindo das ideias de um único homem!
Adolf
Hitler foi capaz de convencer uma nação inteira a se empenhar no intuito de exterminar
não só os Judeus como também os doentes incuráveis, idosos senis, deficientes
físicos, doentes mentais... Mas o que se refere tudo isso ao Vinculo
Separatista?
Em
seu volume 1 (http://reflexhuman.blogspot.com/2014/02/o-vinculo-separatista.html)
vemos como os seres são capazes de se submeter a uma suposta ordem superior,
mas há de se lembrar que as pessoas que se sentem superiores também estão
sujeitas aos seus próprios sentimentos de superioridade!
Um artista famoso estava dirigindo seu carro
em alta velocidade quando se viu seguido por uma viatura policial, o artista só
parou em um posto rodoviário, ao ser abordado pelo policial ele disse:
-Eu sou o M_______
qual o problema? E o policial respondeu:
E eu sou autoridade de
transito cidadão!
Isso é só um
exemplo de um comportamento mais conhecido na gíria popular de: Carteirada!
A
carteirada é o uso de alguma
autoridade para se conseguir alguma vantagem, como poder furar uma fila ao se
apresentar como autoridade, se livrar de multas ou até mesmo obter algum
beneficio em vista de seu oficio ou por ser ou pertencer a uma entidade famosa.

A
segunda Guerra é uma prova constante e inegável da nossa própria capacidade de
ignorância e arrogância perante aqueles que supostamente são inferiores, todos
nós em algum momento negamos nossas falhas e de certa forma ainda apoiamos
estas, em falhas cometidas por outrem.
Isso
acontece primeiramente dentro do cenário vivido pelo ser.
Já
trabalhei com pessoas que sentem um imenso prazer em dizer que pagou caro por
este ou aquele produto, que gasta muito dinheiro pra ter ou fazer algo que
goste, mas ao se referir aos seus subordinados, principalmente no que se referem
aos empregados domésticos, estas pessoas não acham justo (como se isso fosse
realmente justo) pagar um valor maior há quem lhe presta algum serviço.
Esta
forma de ser está presente até mesmo em nossa arquitetura, onde os apartamentos
possuem quartos e salas e banheiros bem amplos, mas na área reservada aos seus
subordinados isso é bem reduzido chegando até causar desconforto como se a
pessoa ao viver ali e por estar ali somente para empenhar o papel de “funcionário”
não tem direito a ter algum conforto e comodidade.
Agora
imagine em um cenário como este ter uma criança crescendo!
Ao
ver que existe duas categorias de pessoas: - As que têm direito ao luxo, ao bom
convívio e uma boa área pra se viver e as outras pessoas que são como um produto
a ser consumido por eles. Está forma de ser leva o ser a acreditar que são de
certa forma, merecedoras daquilo que tem e por serem, fazerem e agirem assim é
o que as fazem serem especiais.
Isto
leva o ser a ter seus sentimentos e ações somente voltados aos seus iguais, é
o que leva os ricos a se apaixonarem somente por pessoas de mesmo nível social,
enquanto por outro lado seus sentimentos pelas pessoas mais pobres são bem
distanciados.
Este
vínculo entre a riqueza e a separação com os outros seres humanos cria uma espécie
de cúpula que separa as pessoas e a falta de empatia faz com que as pessoas
acreditem terem algo especial e por isso são privilegiadas.
Lembro
uma vez em estar em um ônibus e um rapaz de uns 16 ou 17 anos entrou juntamente
com um senhor e começaram a conversar:
- Vô como é que o motorista sabe onde fica a
sua casa? O Senhor respondeu:
- Quando estiver perto a gente dá o sinal! O
rapaz perguntou de novo:
- E como a gente dá o sinal?
-
É só puxar a cordinha que ele para no
ponto.
- Mas o que é
ponto?...
A conversa
continuou com o avô do rapaz explicando como é que funciona um meio de
transporte coletivo, ou seja: aquele rapaz de uns 16 ou 17 anos nunca tinha
entrado em um ônibus e isso me vez imaginar quantas crianças e quantas pessoas
estão sendo criadas assim e isso nos trás de volta a segunda guerra e me fez
entender como uma pessoa foi capaz de seduzir uma nação inteira para o genocídio
de tantas pessoas.
Em
momentos de crises econômicas o índice de criminalidade, de roubos e outras barbáries
aumentam isso nos mostra que não são só as pessoas pobres que comentem crimes e
sim uma parte da população que não suporta a ideia de perder o poder que sentem
ao serem mais ricas, isso me levou a ver que as pessoas vinculam suas riquezas
e suas heranças ao seu próprio “eu” e ao perderem o seu tão abastado “eu”
acabam perdendo toda capacidade de respeitar e compreender a necessidade da própria
dignidade do ser humano em si.
É
preciso entender que não há mal em ser rico e nem que é preciso ser ruim com as
outras pessoas para manter seu lugar no mundo de ser abastado, mas sim que por
algo no passado você tem o direito a este presente, no entanto isso não te
obriga a ter aquele mesmo comportamento dos senhores feudais, dos coronéis e de
pessoas que de alguma forma estão em um lugar mais elevado perante os outros,
pois todos nós estamos em um mesmo mundo e podemos fazer a diferença neste mundo, sem que para isso haja pessoas que tenham de serem humilhadas ou desvalorizadas
por não ter tido a mesma chance que você teve, de fazer uma faculdade ou ter
uma educação melhor, toda vida merece ser tão amada quanto a sua vida e é por
isso que alguém conseguiu conquistar o mundo com a simples noção de que devemos
amar o nosso próximo como a nós mesmos.
E
o próximo não é o seguinte, como nosso filho herdeiro de tudo que conquistamos!
O
próximo pode estar ai bem pertinho de você, na sua cozinha, passando sua roupa
na área de serviço ou até mesmo dormindo em sua casa embora num quartinho bem
pequeno, mas com um coração igual ao seu com o mesmo direito de te amar também.
Este artigo ainda terá um terceiro volume.
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