quarta-feira, 5 de junho de 2013

Pra Ser Feliz Vale Tudo???

Cada individuo tem o seu próprio conceito de Felicidade, embora em maior parte a felicidade está envolta de um senso comum, como ter saúde, riqueza, bom emprego, boas relações...

            A felicidade era uma das principais matérias de estudo de muitos antigos filósofos e com o objetivo de chegar a um senso que seja compreendido e satisfatório para todos, foram desenvolvidas as questões como a ética, a moral e o chamado bons costumes. Nossa sociedade atual tem brigado e muito com estes valores que por terem estado “inertes no desenvolvimento humano”, estes valores saíram do paradigma para serem vistos como tabus:
            Proibição convencional imposta por tradição ou costume a certos atos, modos de vestir, temas, palavras, etc., tidos como impuros, e que não pode ser violado, sob pena de reprovação e perseguição social.

            Muitas vezes estes tabus estão presentes na religiosidade e o não cumprimento destes pode levar o individuo ao castigo sobrenatural, a perda da alma, do julgamento eterno e ao desagrado de Deus!

            Por termos passado pelo domínio da igreja católica, com o fim do Império Romano, a Igreja era a única instituição organizada, nos novos reinos que estavam se formando na Europa Ocidental. Com os ensinamentos da Igreja, as novas civilizações se preocupavam muito com a religião e a salvação de suas almas.

A Igreja era a detentora do saber, os livros pertenciam ao clero e ficavam confinados nas bibliotecas das igrejas, com uso exclusivo de seus membros. O ensino era voltado principalmente às doutrinas da própria religião.

Mas o poder da Igreja não se limitava à religião. Na idade média quando predominava o feudalismo, onde a terra era o maior bem que se possuía, a Igreja era a detentora de grande parte das terras, que eram doadas por aqueles que queriam se liberta da condenação divina, por isso, a Igreja sem dúvida era a instituição mais poderosa e respeitada neste período. Seu poder se confundia com o poder dos reis, uma vez que ela tinha o domínio político, econômico e cultural. Porém a convivência desses nem sempre foi pacífica, os atritos eram freqüentes.

Os reis respeitavam o poder da Igreja, essa por sua vez, dependia deles para sua proteção, assim o lado primordial dos valores obtidos do passado ficaram adormecidos e ligados apenas ao domínio sem a obtenção máxima do entendimento lógico, do propósito filosófico da própria relação do homem em sociedade, e somente pela religião era a única forma de se obter a felicidade.

Com o desenvolvimento da revolução Industrial e a descoberta de novas terras, o mundo ficou grande para tão pouca gente presente no inicio dessa nova era, e com o uso de mão de obra escravizada que vieram a surgir para suprir as necessidades de produção, as divisões sociais por classes ficaram latentes, enquanto isso novos líderes surgiram como ditadores do controle do desenvolvimento e comandantes da distribuição de riquezas, em meio a tudo isso veio à necessidade de conhecimento e com o conhecimento veio à visão do que realmente estava ocorrendo com o mundo!

As pessoas começaram a perceber que eram controladas, escravizadas seja por diferença de classes ou de raças e começou uma nova era, onde a liberdade se tornou o maior desejo da humanidade, com isso tanto à religião quanto as ditaduras impostas por lideres controladores das massas ruíram e toda uma nova sociedade vem sendo feita a partir de então, novamente a busca da felicidade veio com o propósito de nossa existência, em nome dessa felicidade as pessoas passaram a validar toda e qualquer forma de expressão, de formas de ser e de ter a felicidade. É claro que estamos pulando grande parte de toda história.

Na Grécia antiga o “Desenvolvimento Humano” se deu em grande parte pelos grandes filósofos que relacionaram a Felicidade com a orientação do próprio comportamento humano, para Aristóteles ser bom e agradável era o caminho para as virtudes e para o ser justo e só assim o homem encontrará o caminho para felicidade. Para Sócrates não era só os prazeres do corpo, mas principalmente a alma por meio da conduta justa e virtuosa do homem que se atinge o vigor da felicidade. Antístenes acrescenta que o homem feliz é auto-suficiente. Platão vem acrescentar que todos os seres têm suas funções e ser justo e virtuoso é a função da alma... Para o budismo a felicidade ocorre através da libertação do sofrimento e pela superação do desejo através do treinamento mental. Lao Tse defendeu que a felicidade podia ser atingida tendo, como modelo de nossas ações, a natureza. Já Confúcio enfatizou o disciplinamento das relações sociais como elemento fundamental para se atingir a felicidade... Enfim podemos resumir que a felicidade é um conjunto de ações justas e de conhecimento claro e profundo das virtudes, não apenas como sendo algo bom, mas cientificamente necessária para o bem estar do ser humano.

E o que são Virtudes?

Podemos dizer que as virtudes são a lógica do bem, a forma que usamos para designar aquilo que em suma é bom para todos dentro de uma sociedade. As virtudes são estes valores empregados no próprio caráter do ser, porém em nossa sociedade atual o individualismo veio com a ideia de que cada um é o responsável por sua própria felicidade, sendo assim, cada um parte para ações diferentes com um modo de se destacar da maioria e conseguir com isso sua felicidade. O que leva os seres a se desvincular dos bons valores e tratar este como sendo uma característica própria de cada um, sem notar que a lógica de seguir estes valores é inerente a todos... Eu Pessoalmente dizia que se você “mente” (de mentir) sua vida se torna uma mentira, hoje vejo que quando uma pessoa mente, ela prejudica não só a si mesmo como todo o curso da sociedade ao seu redor que torna seu comportamento como base para construção de novos argumentos.

Podemos ver isso mais claramente na política.

Sabemos já de antemão que certos políticos são mentirosos e estão envoltos em atitudes corruptas, mas a sociedade sem se importar com os reais valores que devem acompanhar as funções políticas, os elegem por ver que de certa forma haverá alguma vantagem mesmo que haja um prejuízo aos cofres públicos. Vemos hoje em nossa sociedade pessoas completamente perdidas em idéias sem um conhecimento profundo das virtudes, tratam estas como tabus, e seguem procurando apenas a satisfação física, a aquisição de bens e estabilidade econômica como o meio de se conseguir a felicidade, porém este modelo vem gerando uma geração completamente desnorteada de princípios, pessoas que mal se conhecem e já se relacionam fisicamente, estamos vendo hoje uma sociedade cada vez mais doente e traumatizada com suas próprias ações, vemos atitudes que beiram a completa insanidade misturada com as paixões humanas como jovens que saem atirando em uma escola, violência gratuita seja por algum motivo ou apenas um olhar.

A Felicidade a qualquer custo parece ter sucesso para maioria!

Mas a felicidade tem mostrado que não é o vagar do coração e nem deixar que qualquer coisa aconteça seja por aproximação ou desejo que leva o ser humano a ser feliz. Vemos jovens buscando nas drogas e no álcool uma forma de se liberar, as músicas já não expressão mais a busca por sentimentos. As igrejas novamente surgem como forma de salvar a humanidade do vazio, a busca do amor ainda esta latente em cada ser.

A felicidade não veio com a liberdade, o que gerou foi uma geração perdida que se questiona até sobre sua própria sexualidade!

Assim como temos que estudar para aprender uma profissão, precisamos estudar nossos próprios sentimentos, nem toda emoção é valida para nos guiar e nem tudo que pensamos pode ser o certo logo nos primeiros pensamentos, (eu mesmo estou refazendo todos os meus textos publicados aqui no blog, meu conhecimento tem avançado à medida que escrevo e com isso novas formas de pensar vêm surgindo) é preciso uma analise profunda do que sentimos e do que pensamos, pois a felicidade não vem pronta para servir cada um de nós, não existe uma pessoa que seja a certa para ser nosso companheiro na felicidade e sim aquele que deseja como nós ser feliz de uma maneira mais aproximada do que nós desejamos.

A vida é como o Oceano, imenso e vasto e se deixamos nos levar pela maré corremos o risco de desembarcar em um lugar que não desejamos, precisamos assumir o controle das velas, segurar firme no leme, olhar para as estrelas e saber em que posição nós estamos para seguir no caminho que realmente desejamos para poder desembarcar onde realmente queremos chegar e só assim podemos estar na praia que realmente queremos estar.

A felicidade pode surgir quando, por exemplo, ganhamos um prêmio de loteria, mas não temos como realizar centenas de apostas para garantir chances maiores, por isso é preciso postar nossas vidas, não em um jogo de azar, mas num caminho que sabemos que ao fim não é só pela sorte que podemos esperar, assim como passamos tanto tempo estudando para ter uma profissão, precisamos passar mais tempo conosco mesmo, sem deixar vagas nossas escolhas e sim escolher nosso caminho, pois o porto que queremos desembarcar é o porto da felicidade, se dançar te faz feliz você precisa cuidar do corpo para dançar, mas se fumar te faz feliz seu corpo será agredido e você não vai poder dançar com vigor e saúde; se pilotar um avião, um carro, uma moto te faz feliz você precisa estar concentrado e ser responsável na direção, mas se beber também te faz feliz, você não terá 100% de sobriedade para dirigir!

 Então escolha o que é mais importante para sua felicidade e saiba que se para ser feliz vale tudo então escolha até mesmo ser diferente de agora em diante, do modo que você vem conduzindo sua vida e só assim não se sentirá vazio, pois a tua felicidade esta ai dentro de você como um leme te guiando ao porto que você escolheu e sua nau é você mesmo.




quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Campo das Formas

De: Maria Cecile Azambuja
Jornalista

            No século XIX, Charles Darwin revolucionou a ciência com suas teorias a respeito da evolução das espécies. No século seguinte, outro inglês, Rupert Sheldrake, também causou polêmica no meio científico. Suas teorias são consideradas revolucionárias porque abalam as verdades já estabelecidas sobre a origem das espécies. Apesar de parecerem muito complicadas elas podem ser resumidas de uma maneira bem simples: a natureza tem memória.

            Como todo grande cientista, Rupert Sheldrake sempre foi um observador da natureza. Descobriu muito cedo que ela está a todo o momento produzindo pistas que podem nos levar a novas respostas sobre o mistério da criação. A primeira grande "revelação" aconteceu quando tinha menos de cinco anos de idade. Ele observava um galho que brotava de uma estaca de madeira que parecia estar morta. Ficou fascinado com a capacidade de renascimento da planta e começou a tentar compreender o mistério que se esconde nos processos de morte e de regeneração sempre presentes na natureza.

            Depois de muitos anos de estudo e pesquisa chegou à conclusão de que a chave desse mistério estaria numa espécie de memória: uma memória coletiva e inconsciente que faz com que formas e hábitos sejam transmitidos de geração para geração. Sheldrake chamou essa memória coletiva de campo mórfico. Esse campo seria uma região de influência que atua dentro e em torno de todo organismo vivo. Algo parecido com o campo eletromagnético que existe em volta dos imãs.

            Para o cientista, cada grupo de animais, plantas, pássaros etc. estão cercados por uma espécie de campo invisível que contém uma memória e que sugere que as leis da natureza são como hábitos. Cada animal usa a memória de todos os outros animais da sua espécie. Esses campos são o meio pelo qual os hábitos de cada espécie se formam se mantém e se repetem. Os seres humanos também têm uma memória comum. É o que Jung chamou de inconsciente coletivo.

            A existência dos campos mórficos pode ser demonstrada de várias maneiras.

            Sheldrake já realizou várias pesquisas para provar que o corpo possui um campo mórfico e quando se perde uma parte desse corpo, o campo permanece, um exemplo, uma das experiências que fez: uma pessoa que não tem parte do braço age como se estivesse empurrando o membro fantasma através de uma tela fina. Do outro lado da tela, outra pessoa tenta tocar o braço fantasma. De acordo com Sheldrake, as duas pessoas envolvidas na experiência são capazes de sentir o toque. É uma prova de que alguma coisa do braço ainda existe concretamente e não apenas no cérebro da pessoa que o perdeu.

            Os campos mórficos também se aplicam àquela sensação que a maioria das pessoas tem quando sente que está sendo observada por trás. A pessoa se vira e comprova que alguém realmente a estava observando.

            A respeito da teoria da memória coletiva, Sheldrake lança uma luz sobre a questão da existência de vidas passadas. Ele diz que às vezes as pessoas podem entrar em sintonia com as memórias de outra pessoa que existiu no passado. O que não significa que elas foram realmente àquelas pessoas, mas que se teve acesso à memória dela.

            A aplicação prática mais importante dos campos mórficos pode estar na educação. Sheldrake garante que os seres humanos aprendem com mais facilidade o que os outros aprenderam antes. Esse fenômeno é muito comum entre os químicos. Quando um deles tenta cristalizar um novo composto leva muito tempo para conseguir um bom resultado. Mas a partir desse momento em outros lugares do mundo muitos outros químicos conseguem cristalizar o mesmo composto num tempo muito mais curto. A experiência mais fácil de compreender é a que foi feita numa universidade inglesa. Alguns pesquisadores conseguiram provar que as palavras cruzadas dos jornais são muito mais fáceis de resolver quando feitas no dia seguinte à publicação original.

            Mas além de um grande bioquímico, Sheldrake também pode ser considerado um filósofo. Ele defende a idéia de que temos de nos responsabilizar não só pelos nossos atos e palavras. Precisamos também tomar muito cuidado com os nossos pensamentos, pois estes interferem no meio ambiente e podem ter conseqüências em lugares muito distantes. 

            Veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=BJkXlZJfyRw

           
            Para entender de forma mais aplicada leia o meu artigo: Espírito Santo! O que é? E onde ele está?

sábado, 25 de maio de 2013

A Lira do destino! Parte 2 (final)

Quando olharmos à nossa volta vemos diferentes fenômenos que não podem ser descritos ou previstos pelas leis matemáticas. A esses fenômenos imprevisíveis damos o nome de fenômenos caóticos. Um básico exemplo de um fenômeno caótico é o gotejar de uma torneira. A elaboração de uma equação que possa descrever essa ação é difícil, além disso, determinar a freqüência com que às gotas de água caem também é complicado.

            O estudo da desordem organizada (teoria do caos) foi proposto pelo meteorologista Edward Lorentz. Ele desenvolveu um modelo que simulava no computador a evolução das condições climáticas. Indicando os valores iniciais de ventos e temperaturas, o computador se encarregava de fazer uma simulação da previsão do tempo. Em suas simulações, Lorentz imaginava que pequenas modificações nas condições iniciais acarretariam alterações também pequenas na evolução do quadro como um todo. Mas o que ele obteve como resultado foi o contrário, as pequenas modificações nas condições iniciais provocaram efeitos desproporcionais.

            Lorentz verificou que para períodos curtos (um ou dois dias), os efeitos produzidos eram insignificantes; porém quando o período era longo (cerca de um mês), os efeitos produziam padrões totalmente diferentes.

            Lorentz chegou a essa conclusão após digitar em um dos cálculos, algumas casas decimais a menos. Esperando que se chegasse a um resultado com poucas mudanças, o que aconteceu foi o contrário: essa pequena alteração provocou uma grande alteração dos efeitos produzidos nas massas de ar, que até então eram seu objeto de estudo.

Ou Seja: Os fatos podem ser alterados a partir das mais simples reações!

Apesar disso, mesmo que pequenas alterações sejam realizadas aparentemente os fatos que antecedem seguem em ordem!!!

Ao tempo que Lorentz se deparou com esta aparente desordem Mandelbrot se viu em uma outra descoberta: Os Fractais.

Fractais são figuras geométricas que se repetem por períodos, podem-se construir diversas imagens usando apenas pequenas formulas matemáticas que geram figuras complexas.

Isso tudo cria um paradoxo constante em nossa conceituação de Destino!

            Se uma pequena alteração nos leva a um destino diferente o nosso novo destino é o nosso caminho a seguir ou devemos constantemente guiar e buscar controlar a trajetória para chegarmos ao ponto em comum?

            Eu digo que o nosso Universo em sua abrangência não inibe a existência de qualquer possibilidade de existência, por isso todos os valores estão presentes em nossa existência e cabe a nós saber entrar no ritmo do Universo dançando ao som da Lira do Destino ou tocando as notas para que toda a canção ao ser tocada no Universo inclua você como autor principal de sua existência, seja qual for à canção, ela irá sempre tocar e cabe a nós entrar na dança e flutuar ao som das possibilidades ou fazer pequenas alterações e encaixar nosso objetivo as variáveis do momento para que mesmo que façamos idéias simples do que realmente desejamos e formar a figura complexa é muitas vezes a surpresa de nosso próprio destino. Ou melhor, dizendo: Das alterações feitas por nossas escolhas dentro do mais suave toque da Lira do Destino.

            
UA-143788245-1