terça-feira, 6 de agosto de 2013

Humanos de Plástico.

Humanos de Plástico.

A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem ou simplesmente Fácil de modelar.
Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formadas por moléculas menores denominadas monômeros.
Não obstante, nós seres humanos, vivemos de forma plástica, pois copiamos modelos e adequamos as coisas ao nosso bem querer, mas será que sabemos o que realmente queremos?

Assim como o plástico que assume a forma de seu molde, nós também moldamos nossa forma de ser e de agir, mesmo que algo nos pareça errado ao nosso próprio molde, não desfazemos da forma adquirida e seguimos adiante querendo encaixar nossa forma em algum lugar, de acordo com nossos desejos, porém assim como o plástico que assume sua forma no molde esta forma só se encaixa para o devido fim que lhe foi desejado, assim cada objeto plástico tem por fim servir ao devido fim, enquanto nós também vivemos isso, estudamos anos a fio para nos encaixar em uma posição na sociedade seja um médico, um professor, um advogado, dentista... Estamos sempre nos colocando em algum lugar na sociedade, porém quanto a nós mesmos!!!
Onde nos encaixamos?
Seguimos com a vida, com a expectativa de ser feliz e tudo mais, só que assim como o plástico que depois de modelado em sua forma se adéqua a uma função, qual a nossa função perante nós mesmos?
Hoje em dia é comum as pessoas saírem, se encontrarem e "deixar rolar" e acontecer sem compromisso, com o tempo as pessoas acabam desejando algo mais que os envolvimentos casuais não suprem só que ai já temos o estigma de relacionamentos casuais e então nosso novo desejo não se encaixa com o novo molde que assumimos, ninguém por mais que realmente goste, quer assumir um relacionamento com um ex galinha, seja homem ou mulher há sempre a desconfiança de um real compromisso e assim nossa forma que no inicio de nossas vidas era fácil de moldar, agora parece rígida e não nos permite assumir uma outra forma.
O plástico, formado por polímeros jamais voltará aos monômeros do qual se formou, porém isto não impede do plástico poder assumir outra forma, mas isso só será possível se a forma antiga for desfeita e a nova forma venha através de um molde.
Semelhante a isso somos nós!

Muitas pessoas se arrependem do passado, embora haja uma maioria que diz que sem ter passado não há conhecimento só que diferente de um objeto, temos a imaginação, portanto não precisamos viver algo para saber se é bom ou ruim, quando fazemos isso, de viver para saber, é claro que fazemos porque sempre acreditamos que vamos nos dar bem, nenhum ladrão sai para roubar acreditando que será preso depois, sempre acreditamos que seja certo ou errado nós vamos nos dar bem, sempre!

A felicidade é como um molde! Se acreditarmos que naquela forma vamos ser felizes, nós vamos ser independentes de certo ou errado, bom ou ruim, nenhuma pessoa que se droga faz sem a noção do perigo, no entanto o desejo de sentir felicidade pode parecer mais fácil de atingir pelo atalho das drogas!!!
Por outro lado há os que pegam outro caminho, quando a noção de uma vida comum não parece satisfatória, as pessoas passam a eleger outras formas de se obter satisfação, é o caso de pessoas que literalmente trocam as mãos pelos pés e seu desejo erótico de satisfação sexual passa pela parafilia de desejo dos pés! É chamado este de podólatra!
Estando nesta forma, por mais estranha que pareça às pessoas não conseguem voltar a ter uma vida comum novamente, é uma prisão, assim como as drogas, de desejos repetitivos que não dá ao ser a liberdade de tornar a ser.
Assim, com essa parafilia o ser jamais tornará aos monômeros que o originaram, porém nada o impede de assumir outra forma só que também é preciso de um novo molde.
Muitas vezes este novo molde vem através das religiões, às pessoas procuram através desta seguir em comunhão com outros, um único caminho, em uma nova forma.
Isto pode funcionar, às vezes, apesar de não levar o ser a ter consciência de seu real ser então muitos se perdem na religião do sentido filosófico da qual a mesma se emperrava no passado e que agora virou somente suplicas, lamentações e complexo de inferioridade, não só há Deus mais também do seu próprio existir, então vestido no novo molde o ser humano novamente enrije-se o seu ser, e acredita que algum poder sobrenatural irá lhe guiar para sua real forma, ou seja: O Desejo de Deus!
Não sou descrente por sinal, acredito em Deus sim e na filosofia Cristã, que, aliás,  cristo é considerado um ser iluminado e como qualquer luz que possa existir ela por si só clareia o que está obscuro, torna evidente aquilo que não se vê sem luz. Então vamos tornar evidente o que é Deus, creia ou não, se pensarmos, seja o que for que seja eterno qual a diferença para a eternidade ser assim ou assado, de uma forma ou de outra, não há necessidade de satisfação para o ser que seja eterno, pois para este cabe todo tempo infinito para isso.
Este mundo que nós vivemos pode ser desfeito, destruído e mesmo assim para a eternidade haverá sempre uma nova chance do ser se aproximar do seu real ser, portanto não há como um ser, seja quem for a te obrigar a ser, o seu ser é o seu viver, então suas formas são suas, faça o que quiser fazer, sua forma será mantida. Um exemplo claro disso esta na prostituição feminina!
Muitas mulheres são seduzidas por sua própria forma física e sendo assim se deixam levar pelo caminho que surge e como os convites para o sexo em troca de um bom pagamento sempre aparecem então por que não viver nesta forma, dentro daquilo que parece ser o propósito de sua forma (beleza).
O poder de sedução seduz o próprio sedutor, por isso que é mais fácil uma mulher linda e sensual ser atraída para prostituição do que uma mulher sem tamanho poder sobre o homem.
Mas qual o homem que depois de saber que uma mulher por mais linda que seja, assumiu esta forma, ele não aceitará a mulher em outra forma, a não ser que, como o plástico ela se forme em outro molde!
No caso do homem, nossa sociedade parece imperar que o homem esta acima de ser rejeitado pelos seus erros, quando este produz algum bem dentro da sociedade, parece que isto lhe basta a ter a honra e respeito mesmo sendo ele errado em sua forma.
E qual é a verdadeira forma do ser?
Esta forma parece existir somente no mundo do conto de fadas, onde o príncipe encontra sua princesa e por mais dura que seja a batalha ele sempre vence. Agora quem é que está disposto a ser príncipe para uma princesa?
A verdadeira forma do ser está no ser que assume sua forma, seu caráter, sua índole e só de posse desses poderes é que alguém pode realmente vencer, vilões na vida real vencem muito mais do que os mocinhos, mas quais serão as reais vitórias dos vilões se suas derrotas são causadas pelos males por eles mesmos produzidos?
O mal ao contrario do senso comum, não tem aparência em si de ser mal, simplesmente o mal é, assim como o plástico antes de ser moldado, é o prazer aparente do caminho mais fácil, da covardia e das chamadas fraquezas humanas. Porém estas fraquezas não são tão humanas como dizem, na realidade as fraquezas está mais para o ser animal do que para o ser chamado humano.
Assim como a natureza moldou os animais para que com chifres, presas e garras e também a força, faz com que um animal seja considerado o melhor em seu bando, assim a natureza do ser humano considerado mal se faz, quando pela força da mentira, pelos chifres da loucura e garras do desejo da paixão sem compreensão, o ser humano se deixa guiar pelo poder do mal, então a mentira é usada covardemente, o roubar é muito mais fácil que lutar para obter, e assim como os animais que fazem o coito só pelo cio, o ser que vive pelo prazer não se apega ao outro ser, apenas ao prazer, mas há uma força bem maior dentro de nós que nos impulsiona há ir além do nosso ser animalesco.
Alguns animais também demonstram isso!
As vezes que suas naturezas superam os chamados instintos e os comove a querer ultrapassar os limites dos moldes e com isso superam certas barreiras dos hábitos e assim evoluem, adquirem mais forças e adquirem uma maior habilidade principalmente para uma melhor forma de viver.
O Ser humano também já passa por isso!
E de tempos em tempos vemos as eras se alternando e ultrapassando os limites dos moldes, só que nem sempre isto é feito pela forma racional, entretanto nunca a vida humana foi tão valorizada entre todos nós.
Grandes descobertas são esperadas no campo da medicina, o homem de hoje vive mais e mesmo que haja doenças e deformidades, ainda sim a vida é preservada, mantida até onde podemos levar-la sempre movendo o ser humano a comoção de seus sentimentos, o que nos leva a crer que nossos sentimentos são sempre voltados para a nossa evolução o que não deixa de ser uma verdade, só que o bom sentimento só é elevado através da boa consciência, esta por sua vez é o molde de nosso ser plástico que somos. Sendo assim nossa grande descoberta é o estado de evoluir em nossa forma, a melhor forma de ser somente pode ser descoberta com um estado consciente, ai realmente poderemos ver qual a forma que estamos para assumir em nós mesmos.
Podemos mudar no instante que quisermos sem precisar usar os moldes prontos já testados por muitos, isso não é necessário, somente o estado consciente é o que nos trouxe até este ponto de evolução, da mesma forma que usamos nossa consciência, para construir este mundo tão plástico ao nosso redor podemos usá-la para ter a forma que queremos: a forma do bem.

Se bem que o bem não se adquire por muitas trilhas que surgem, e sim pelo caminho que o plástico segue até chegar ao molde, as trilhas são os refugos deste caminho. que podem ser moídas pela consciência e articuladas, até onde realmente se pode resistir e então, podemos usar a imaginação antes mesmo de definir que somos assim ou assado ou mesmo ao usar o nosso próprio molde estamos fluindo para forma que queremos! A forma humana. Não a forma humana cheia de falhas e sim a forma tão cheia em si mesma que se preenche em todo nosso molde sem nos deixar vazios.
onde podemos levar-la sempre movendo o ser humano a comoçs e mesmo que haja deformidades e elhor forma de viver.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Incrédulos Incultos Incautos


            Em muitos momentos de nossas vidas passamos por pensamentos que variam entre o que cremos e o que realmente acontece.

            Se por questões de fé ou de cultura deixamos nos levar por pensamentos e ações que em outros momentos nossas crenças não suprem as necessidades do “ser” e deixamos nos levar pelas variáveis da vida sem a cautela sobre nossos pensamentos e ações.

            Quando Aristóteles fez suas considerações sobre o fato de que cada coisa teria seu “Lugar Natural” creio que ele não estava dizendo isso com a certeza de quem sabe e sim uma tentativa de incentivar as pessoas a dialética de suas teses para que se apresentem a antítese, e com isso fosse construída a síntese da descoberta sobre a real natureza das coisas, mas a audácia promoveu um devaneio completo da ideia e do desejo filosófico, quando com o passar do tempo se tomou tal principio como sendo o conhecimento do próprio Deus!

            O “Lugar Natural” por séculos findou o conhecimento humano sem ser questionado, os poucos que assim o fizeram foram condenados, antes mesmo de Galileu Galilei questionar sobre o movimento dos corpos outras pessoas também questionaram o modelo Aristotélico, mas sob a pressão e a autoridade da igreja muitos se calaram, como Kepler que escondeu por muito tempo suas descobertas, o conhecimento humano ficou limitado ao conhecimento de uma autoridade imposta por um respeito ilusório, havia então uma verdade que só era verdade por imposição e medo de punição.

            Mas nem todos temeram o respeito imposto, e Galileu foi um dos poucos que tiveram a audácia de tirar a Terra do centro do Universo e colocá-la no seu devido lugar, no lugar de um planeta qualquer viajando juntamente com uma estrela qualquer na vastidão do nosso imenso Universo. Como se isso fosse uma heresia a própria fé, Galileu foi condenado ao exílio em sua casa, mas antes de sair para cumprir sua condenação ele simplesmente disse:

            - No entanto se move!

            Se referindo ao movimento da Terra entre outros planetas.

            A credibilidade não era de fato a crença em algo real, em coisas que são prováveis, e sim apenas em crenças que somente por serem aceitas e até impostas pela maioria se calava para o novo, a fé muitas vezes é alvo de incredibilidade por sua estagnação no conhecimento como sendo obrigatório ao homem que seu conhecimento se limite as crenças vagas e sem um fundamento próprio com o real, e assim o mundo vagou no sofrimento e no apego a vaidade do imutável, a ponto de deixar as pessoas morrerem por ignorância com sua própria higiene; a peste negra assolou o mundo, a morte de tantos foi causada por causa da incompreensão de sua transmissão por uma simples pulga.

            Ignaz Semmelweiss foi o primeiro homem há impor, por suas observações, o cuidado com a higiene, como obstetra ele acreditava que as doenças poderiam ser transmitidas pelo contagio direto ao contato, no entanto seu conhecimento ainda estava além de sua própria compreensão da existência dos micróbios e os microrganismos que causavam as doenças, suas técnicas por incompreensão de muitos eram duramente criticadas. Durante sua vida ele lutou para ser compreendido, porém a incredulidade de sua doutrina ficou comprometida por disputas de poderes e insatisfação dos médicos da época, por não se acharem culpados do contagio, havia a crença que os médicos com seus uniformes sujos de fluidos corpóreos, como pus e sangue, eram vistos até com certo status, que indicava que eram estudantes de medicina aplicados, com isso muitas mulheres morriam de Febre Puerperal.

             Mesmo nos dias de hoje não é difícil ver casos de morte em hospitais pelo simples fato da falta de cuidado com a higiene, pessoas mesmo com luvas podem contaminar ao pegar em maçanetas e transmitirem qualquer tipo de doença.

            Vemos então, através da história, que a incredulidade para com a verdade leva ao homem seu próprio falecimento, então vem à questão:

- Será que a falência das leis e da ordem, o desencontro das famílias que se desfazem pelos vícios, traições e até pelas ambições e paixões egoístas que vem destruindo os valores humanos, são causados por nossa ignorância?

O fato de podermos viver num mundo cheio de cultura, no sentido culto mesmo, para criar tudo que vemos como nossas roupas, casas, carros, aparelhos eletrônicos de todos os tipos e etc... Onde cada cidadão pode participar desta ciência de construção do nosso mundo mesmo sem um conhecimento profundo do potencial exigido para essa construção, nos leva constantemente ao relaxamento de nosso potencial; seguimos no mundo incultos do nosso próprio existir, nos enchemos de conhecimento profissional, mas nos deixamos ocos do conhecimento de nosso próprio ser.


Se por um lado fazemos isso por falta de uma cultura humana que tenha sido cientificamente comprovada, por outro lado nos fazemos incautos em abraçar as crenças sem um questionamento mais profundo, então queremos justiça sem ao menos saber o que é justo, queremos paz sem dar de si mesmo a sua própria paz e queremos viver sem o conhecimento do nosso próprio existir, seguimos a vida assim:

Incrédulos no poder da consciência, incultos de nós mesmos e incautos quanto ao que temos para realmente crer.

Mas por fim de tudo sempre acreditamos que há um modo certo de agir e pensar, os nossos gurus do passado, sejam: Jesus, Buda, Maomé, Moisés, Ghandi entre outros, são os mentores nos quais as paixões humanas são geralmente dirigidas, no entanto como ainda temos nossas incredulidades, nossas dúvidas quanto ao que temos para cultuar e nosso amargo ser incauto do nosso próprio viver, toda a filosofia do passado é distorcida e rearranjada para o nosso bem entender atual e seguimos em frente, crendo que nossos pequenos rituais podem compensar toda nossa incompreensão de nossa própria existência.

            Então nos mantemos cegos para as questões que deveriam ocupar nossos pensamentos e findar nossas ações, para uma busca de um encontro com o nosso verdadeiro existir, nos apegamos às frases prontas como:

            - Ninguém é santo neste mundo!
            - Ninguém é capaz de conhecer a verdade!
            - Ninguém sabe mais que Deus!
            - Ninguém tem o direito de julgar... Ninguém é de ninguém...

            E assim seguimos sempre achando que ninguém pode mudar as coisas, mesmo que todos desejem viver uma mudança!
           
            É como querer enxergar no escuro, ou seguir na chuva sem se molhar!

            Se não dá pra ninguém ser perfeito, então por que exigimos a perfeição em tudo que nos rodeia?

            E o mais interessante é que tem tantas coisas perfeitas a nossa volta, mas só reparamos e falamos das coisas imperfeitas, de nossos amigos de trabalho que não se empenham, da fechada que alguém lhe deu no transito, da comida que não estava tão boa quanto a de ontem... E assim seguimos com nossa atenção voltada para o que não queremos, e deixamos de lado a nossa busca pelo conhecimento do que é ser um bom ser humano no sentido mais humano que esperamos de todos, pelo menos em nós mesmos que pensamos estar concisos e seguros, mas apegados em nossas imperfeições!!!

            Seguimos então assim: incrédulos, incultos e incautos só para reclamar o direito à estagnação. Será que vale a pena viver assim?

Ou o que vale mesmo é a nossa busca pelo que ainda não sabemos?


segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Ilimitada Sanidade.

 Sanar!

Embora as pessoas busquem dizer e até valorizar seus defeitos, todos têm o desejo de estar são, seja no sentido salutar ou incólume; o desejo de que sua saúde seja perfeita, que sua viagem seja sem nenhum perigo ou risco, todos de certa forma tem o desejo salubre de estar com sua vida em um estado bom e benéfico com seu próprio ser, será que este desejo é tão difícil de realizar?

Na realidade estar neste estado não tem nenhuma dificuldade ou empecilho que nos impeça de promover o bem a nós mesmos, só que é preciso apenas, em certa medida, um censo lógico, para se ter este estado de sanidade...

É claro que nem tudo pertence ao nosso controle, não podemos fazer com que alguém nos ame ou que adquira bons hábitos, estes hábitos por sua vez podem nos levar ao estado saudável tanto de nossas mentes como também de nosso ser físico, o que leva as pessoas a se obrigarem em estar assim, em um estado sano, em muitos casos não é pelo seu próprio ser e sim por necessidade de competir com o outro ou até mesmo em vencer os seus próprios limites.

Vencemos muitas batalhas para chegar à vitória e quando adquirimos nossas vitórias nos apaixonamos por ganhar, e então nossas escolhas estão sempre voltadas para que o mundo a nossa volta reconheça e até premie o nosso vencer.

 Isso pode ser bom até certo ponto, no entanto não podemos nos apoiar somente em nossas vitórias para colocar em nós mesmos as obrigações que todos nós devemos ter pelo desejo sano.
É muito comum as pessoas dizerem que não são santas, no entanto recorrem aos santos quando se vêem a beira de seus fracassos, doentes ou até mesmo por não se sentirem fortes o bastante em obter sua própria sanidade, como se algo nos obrigasse a sermos derrotados, e quando em eminente derrota ai então voltamos para o desejo sano, muitas vezes fazemos isso sem perceber!

Porém nem todos podem ser vitoriosos a partir de suas escolhas, pois em todos os lugares existem inúmeras pessoas que também fizeram as mesmas escolhas e com isso acabamos em conflito com nosso semelhante, disputamos com outras pessoas um único lugar de vitória, e assim como nenhuma luta é vencida quando se luta sozinho, e talvez por isso aceitamos com mais afinco nossos defeitos e nossas derrotas, aceitamos que a vida nos guie ao invés de guiarmos nossa própria existência,  assim limitamos nosso estado de sanidade a cumprir leis e regras da sociedade que nos cerca.

Se formos vitoriosos ou derrotados no geral damos mais importância às lutas como se o propósito fosse apenas o aprendizado, então por que não buscar o aprendizado antes mesmo das disputas?

A jornada parece ser tão importante quanto o fim a que ela se propõe, e para uma boa jornada temos um dom que todo ser humano tem:

- O Dom da Imaginação!

O grande problema é que usamos este dom para nos colocar sempre na vitória antes mesmo da jornada e isto nos limita a crer que só a vitória é o que realmente importa e somente quando somos derrotados é que damos importância para o caminho percorrido, ai então analisamos com calma e sabemos exatamente onde erramos e o por quê de nosso fracasso.

Vitórias não dependem de sermos bons ou maus, elas são para alguns um privilégio de suas vidas, como ser bonito ou feio, forte ou fraco, pequeno ou grande, portanto nossas escolhas estão sujeitas aos limites de nosso ser e independente de ser verdadeiro ou falso, há sempre alguém para vencer, o fracasso não lhe trás o direito de ter defeitos nem ao menos o privilégio de ter sido bom é apenas o fato de que outro alguém também estava ali para vencer e venceu!

Há algo que separa o ser do mundo, quando o ser se torna o seu próprio mundo ele se vê como observador de tudo, agora quando o mundo se torna seu observador ele é apenas um produto do próprio mundo e então o seu “EU” se torna perdido, sem limites ou direção.

É o que acontece com grandes ídolos que se perdem no mundo das drogas e confusão, de viver grandes amores e traições como se tudo que obteve não lhe satisfaz e assim não se presta atenção na jornada e suas vitórias não preenchem o seu existir.

- Mas eles são apenas humanos e como todos, também erram...

E como podemos ver por mais vitórias que se têm os erros também os seguem por não devotarem o seu ser a sua própria sanidade, sempre achando um limite para nossa insanidade, mas não existem limites para sanidade e talvez o medo de ultrapassar estes limites mais humanos é o que nos faz sermos tão derrotados por mais vitórias que se possa vir a ter.

Então, por medo ou até mesmo pela própria excitação de chegar tão perto de nosso ser sano, nós nos vemos desejosos de nossos próprios erros, e fazemos em nós a derrota que queremos inconscientemente ter, para não sermos tão sagrados em nós mesmos, voltamos para o espelho e vemos os defeitos que todos têm, porém dentro de nós há algo que não se limita a imagem e nem ao menos aos nossos fracassos e está no fundo de nossos olhos, este imenso vazio de nossa alma que nos consagra em ter uma ligação maior com o Universo, que em nossa carne nos põe limites, mas em nossos corações nos põe uma emoção tão forte que nos faz amar aos santos e nos tira de nossas imperfeições, por mais erros que cometemos parece que nossa tão sagrada existência esta além dos limites humanos, nos faz ter o desejo de ir além de ser humano como o mundo manda, e nos faz ser tão amigáveis para com aqueles que não se limitaram em ser sãos.

Quando a coragem bate na alma os limites da vida são todos superáveis!


E nestas superações é que encontramos a ilimitada capacidade que temos de tirar do meio do nada nossa mais sagrada sanidade.
UA-143788245-1