Beta 2
Grande campanha
Pela Vida:
Cada um
Cuidando da sua.
Participe você também!
Contar é a ação de enumerar seja o que
for dar uma especificação ou relacionar algo de forma lógica, coerente e
especifica. Hoje em dia o individualismo é a forma mais prática de viver num
mundo de faz de “conta” onde cada um
é cada um e cada um faz o que quer, vive como quer e conta seja o que for como
quer... Bem isso já se tornou um problema enorme para todos, pois não dá mais
pra viver num mundo de fantasias e distorções ao bel sabor de nossos desejos
devido ao fato de que muitas de nossas ações são gravadas, sejam por imagens,
sons e até mesmo por termos a necessidade de memorizar. Mentir não é tão fácil
como foi antigamente onde a humanidade criava lendas e fábulas e com o tempo o
que era apenas uma historinha pra fazer criança dormir que ao longo do tempo foi
se tornando crença e com o tempo até era exigido o “devido Respeito” a essas
crenças, o que em certo tempo levou até a dura condenação á morte (Sócrates)
quem não acreditava nos deuses, ou melhor dizendo: Nos Mitos.
No
mundo atual parece que ninguém mais pensa igual, cada um pensa da sua forma, do
seu jeito e com isso deformam o que seria o encontro e a busca real de uma
forma ideal para todos.
É
tanto individualismo e tantas formas de proteger a forma própria que cada um
tem em si uma “verdade”, e o que encontramos é que mínguem mais sabe ou
reconhece qual é mesmo a verdade, e se há mesmo esta verdade.
Na
verdade o que encontramos são frases como:
- Cada um vive como bem entende!
- O importante é ser
feliz!
- Cada um cuida da sua
vida...
- Eu faço o que eu
quiser...
- Como eu vivo não é
da sua conta... E por ai vai!
Mas
olhe só o que vejo de interessante em tudo isso: é que em ônibus, jornais, revistas
e todas as formas de comunicação, vemos outras frases como:
- Pedofilia é crime! Denuncie!
- Denuncie a violência
contra a mulher!
- Se for dirigir não
beba.
- Drogas! Diga não.
- Jogue lixo no lixo.
- Não fume neste local.
- Racismo é crime...
Por mais que se
busque preservar o ser em seu doce e suave individualismo vemos um mundo onde o
“Estado” tem de tomar as rédeas da própria sociedade, é como se deixássemos o
ser adquirir consciência sem oferecer a este um rumo, um parâmetro, um ponto no
qual há necessidade de concordância. Cidadania é apenas um cursinho obrigatório
dado em alguns casos onde o “estado” pode atuar e mesmo assim ao sair destes
cursos nada muda para o ser, pois afinal de contas cada um é cada um...
Em um curso que
fiz há pouco tempo atrás tive aulas de cidadania logo após as provas, mais da
metade dos alunos nem compareceu e por incrível que pareça mesmo depois das
aulas de cidadania alguns alunos largaram seus jalecos, que foram dados pelo
estado de forma gratuita nas ruas ao redor da escola, como se aquilo fosse um
lixo e o pior, descartado em via pública mesmo depois de uma aula de cidadania!
Fica
evidente que há uma cultura que direciona o comportamento humano e que esta
cultura tem falhado tanto que até o básico de uma vida boa, saudável e honesta vem
fracassando cada vez mais.
Então
as pessoas pedem socorro para o estado, ao tempo em que o estado ao tentar
induzir o povo a uma obrigação básica que seja necessária para o bom convívio em
sociedade, sempre acaba fracassando no mesmo individuo se vê livre para ser
como bem quer!
Em
Janeiro de 2009 eu escrevi um de meus primeiros artigos intitulado: A Vil Violência! (http://reflexhuman.blogspot.com/2009/01/vil-violncia.html)
e mesmo já tendo mais de quatro anos este artigo é bem atual e diria que se
fosse abranger toda a grandeza dita só neste artigo me renderia mais um livro.
Vejo
que não é um fracasso nos métodos de educação e a falta de coerência ao que
deve ser realmente feito, o problema maior está na ideia errada de achar que
cada um cuidando da sua vida vai conseguir fazer o que é realmente bom para sua
própria vida, é como oferecer ao ser um monte de direitos, mas não ter coragem de
apontar pra ele e dizer que o mesmo tem obrigações.
Se
as pessoas ao cuidarem da suas vidas realmente fizessem isso dentro de um censo
de coerência e dentro de uma ciência universal como a lei da gravidade que está
em tudo e em todo Universo, não teríamos a necessidade de tantas campanhas para
induzir, no ser, que certos comportamentos são errados em um convívio social. A
crença que tal comportamento não se pode ter é somente porque se assim o fizer
estará infringindo uma lei.
Como
a pedofilia, por exemplo, que só se tornou um crime "odioso" por todos por causa
da lei, pois a maioria dos pedófilos não eram criminosos que vinham de fora e
sim do próprio seio familiar e então e por isso muitas crianças, até mesmo os
familiares eram obrigados a manter o mal que estava ali mesmo diante de todos
em segredo por não haver uma lei que pudesse condenar o ato criminoso, ao tempo
que o mesmo crime saiu do seio familiar para ser cometido perante o estado de
miséria de outras pessoas que acabam servindo seus próprios filhos a estes
anseios animalescos do homem.
Isto
e outros exemplos mais podem ser dados, como no caso das drogas, as pessoas
acham que não tem mal nenhum a pessoa que quer se drogar, se drogar, porém como
você se sentiria ao se ver triste e um amigo seu que se droga, em um estado
de espírito totalmente diferente do seu, alegre e feliz, ativo e cheio das
atenções do grupo de amigos enquanto você não consegue ter este animo?
Parece
que fica evidente que “tirar um barato” ou “curtir um pouco” é muito mais
divertido, fácil e torna mais feliz quem se droga, do que quem não faz isso, ai
vem à questão: Ou se segue a esta vontade ou se reprime e vive sem as honras e
alegrias que aparentemente fazem parte da vida de quem se droga.
Hoje em dia o que vejo é que há tanta busca
individual, tanta gente tentando mostrar seu talento com malabarismos nos
semáforos, tantas estatuas vivas, tanta gente tatuada, tantos piercing
colocados, tantos cabelos coloridos, cortados de forma diferente, tantos e
tantos que ta todo mundo igual.
E todo mundo tentando chamar a atenção para o seu ser individual ao tempo que se
a atenção for uma critica a sua escolha individual, prontamente o ser que assim
o faz é incriminado com frases: Não é da
sua conta!
Parece
que todos estão querendo por toda a atenção ao seu ser externo, quanto ao seu ser interno
busca-se a todo custo proteger da intromissão dos outros.
E
tudo a todo o momento por fora se busca a transformação enquanto o eu interno
fica protegido do mundo exterior.
Isso
tudo talvez seja porque realmente não contamos com ninguém que tenha colaborado
para a formação do nosso eu interior, tanto que em toda humanidade encontramos pouquíssimas
pessoas que nos sirva de ícone para um real encontro com este nosso eu interno
e por falta de modelos, nos modelamos por fora, e por dentro nos esquecemos de
modelar e alterar o nosso eu.
Como
a pessoa que faz uma dieta para emagrecer, mas com o tempo a mudança exterior não
reflete em uma mudança interior logo o exterior é abandonado para voltar a ter
o mesmo comportamento alimentar de antes e toda dieta acaba sendo perdida assim
como a mudança caba sendo apenas temporária.
O interessante também é observar que
o ser tem um comportamento ao coletivo, enquanto que seu ser interno possa ser
outro e nesse caso o ser pode expressar uma opinião que dentro de sua própria
forma não concorda com tal e nisso há o perigo constante de dizer algo que no
fundo o ser não acredita ou não consegue seguir. Como no caso do fumante que
tem a consciência de que tal ação de fumar é muito prejudicial ao tempo que o
desejo de fumar é maior que a sua própria conscientização. Acaba que o estado sempre perde para o desejo e
assim como numa dieta, as mudanças geradas por uma campanha acaba sendo
perdida.
A questão é então:
Como cuidar da própria vida?
Certamente
que cuidar da sua própria vida é uma ação louvável e o mínimo que se deve fazer
para si mesmo, no entanto há o perigo constante de fazer isso de forma errada,
pois se erramos com nosso exterior tanto mais podemos errar com o nosso
interior e como um mendigo que necessita de ajuda fazemos figurações por fora
de nós e acabamos nos acostumando com a situação de mendicância e não fazemos
nada além que pedir ajuda, sem ajudar a nós mesmos e muitas vezes a ajuda vem
com a demonstração de que você, como no caso de um mendigo, necessita tomar um
belo banho, precisa se incomodar sim em andar sujo, em desfigurar o seu próprio
ser para ver que não há outra forma de ser a não ser a forma mais digna de ser
que muitas vezes é sim uma norma, uma regra uma forma seguida por todos, mas não
a forma da moda e sim a forma mais próxima da verdadeira forma humana, limpa, saudável,
sem deformações e distorções dessa imagem humana com a qual nascemos, e assim
cuidando bem de braços dados e até abraçados com este bem é que cuidando de nós
estaremos cuidando de nos aproximar de nossa maior essência: A Vida.
Não
uma vida desvairada que luta apenas pela sobrevivência e sim uma vida cheia de
honras e riquezas, não riquezas só de bens, mas riquezas de saber, de se guiar
a cada momento com sabedoria e digna de ser vista, copiada e imitada por todos,
pois de qualquer forma todos nós acabamos mesmo sendo iguais a qualquer um.