sexta-feira, 11 de julho de 2014

Em Respeito ao Respeito

Gama 3

            Respeito: Palavra latina que tem sua origem em respectus que significa olhar outra vez, re-ver novamente, significa que algo merece um segundo olhar para rever a forma, ter em consideração. Também quer dizer: veneração, estima por uma pessoa ou até mesmo um grupo ou nação.
            Pode ser por um valor tanto pessoal como coletivo: respeitar-se a si mesmo é ter consciência de seu próprio valor; respeitar o outro é dar a este seu devido valor, atenção ou consideração, como um professor em meio a sua aula, pára, a sua dicção ao ver dois alunos que não estão lhe dando o devido respeito ao dialogarem durante a aula. Acredita-se que respeito é permitir que outrem tenha suas próprias crenças pessoais e deve ser aceito em suas diferenças, sejam diferenças de credo, religião, escolha sexual, condição social e também o respeito às raças, culturas, posturas comportamentais... Tratar o ser humano entendendo que este ser é único e assim deve ser considerado aceitando todas as suas diferenças de valores ou de seus princípios, suas crenças, seus dogmas e até o fato de não acreditar nesses. Assim cada um segue por suas próprias crenças, valores e princípios individuais e tomam suas decisões baseadas nessas experiências.

            Respeitar (considerar) o outro assim sem lhe dar um julgamento ou até mesmo uma noção de qual é o seu conceito sobre algo, ficar calado pode ser uma atitude respeitosa. Ao mesmo tempo em que isso possa parecer respeitar o outro, também pode parecer falta de respeito (consideração), no momento em que você deixa de expor alguma lógica em respeito à situação, o outro corre o risco de desconsiderar sua falha, ou até mesmo por não haver um modelo do que devemos respeitar há o perigo de deixar o outro errar por não haver outro parâmetro a ser respeitado. Para entender melhor o que quero dizer vou citar um exemplo histórico:

       
     Franz Reichelt foi um alfaiate francês de grande prestigio que tinha o sonho de voar... Preocupado com a morte de pilotos logo no inicio da aviação, Franz queria criar um equipamento que permitisse o piloto saltar do avião e chegar ao solo de forma segura, para isso ele bolou um traje que insistentemente quis provar a todos sua eficácia no funcionamento, para isso ele chegou a testar seu traje de vôos em manequins que teve até um resultado positivo em alguns destes testes, visando mostrar a eficácia de seu traje ele conseguiu autorização do prefeito de Paris para uma demonstração publica com seus bonecos. O prefeito de Paris, Louis Lépine autorizou ele a fazer o teste.
            Às 7 horas da manhã do domingo de 4 de fevereiro de 1912, Franz Reichelt chegava de carro, acompanhado por dois amigos, havia a rumores de que ele mesmo testaria o equipamento e logo todos tiveram a confirmação, Franz veste seu traje para realizar o salto. Apesar da tentativa de amigos e testemunhas em fazê-lo desistir, Franz decide prosseguir com o teste. Indiferente ao frio de 0°C e do forte vento, centenas de pessoas, avisadas na véspera, se acotovelam aos pés da torre para assistirem ao salto. Duas câmeras de filmagem, também estavam a postos para registrar a façanha do alfaiate (essas imagens podem ser encontradas no Youtube). Ás 08h22min, Franz salta do primeiro pavimento, situado a 60 metros de altura, de frente para o rio Sena. Após 5 segundos ele atinge o solo, seu traje falhou. O impacto é tão forte, que abre um buraco considerável no chão de aproximadamente 15 cm.

            Vemos neste caso que houve até um devido respeito à insistência de Franz, no entanto o que o próprio Franz não respeitou foi suas falhas nos testes, poderia ao invés de ter ariscado a própria vida ter realizado um teste, considerado as condições de vento e do tempo e usado um manequim que deveria ter um peso aproximado, ou até maior que o seu próprio peso para sua segurança.

            Não há como saber se algo realmente está certo se você considerar apenas a sua fé e vontade de estar certo, o seu desejo de vencer ou de conquistar, precisa passar por testes, avaliações e considerações devidas para que o resultado não seja apenas uma boa retórica que se apresenta e sim um fato cientifico que pode ser comprovado de diversas formas, assim não há apenas um teste de tentativa e erro como muitos acham que é a evolução natural da vida e sim um caminho certo e preciso para uma real evolução do ser.

            Desta forma vemos então que há uma necessidade de ter algum outro parâmetro para ser considerado além das crenças pessoais, há necessidade de um conhecimento cientifico e uma comprovação válida previamente testada para termos a segurança necessária e em Respeito a tudo isso poder ter a ação.

            Por séculos há humanidade acreditou que a Terra era o centro do Universo e que eram os planetas e o Sol que giravam em torno dela. A filosofia Aristotélica era base disso tudo, porém acredito que o próprio Aristóteles não pretendia formar em seu raciocínio uma conclusão do Universo com suas esferas perfeitas e sim uma tentativa de estimular o pensamento através da exposição de outras premissas com a qual se poderia chegar à conclusão. Era, portanto a intenção de Aristóteles causar no homem o desejo de investigação, de procura do saber e assim ao debater um saber com o outro, chegar a uma conclusão mais próxima, não do desejo do homem, mas do que de fato ocorria.

            Sócrates criticava a invenção da escrita com a argumentação de que a escrita, mesmo em seu bom uso, poderia gerar no homem uma forma elegante de expressar suas lembranças e pensamentos, porém com o perigo real de que o homem deixasse de crer em sua própria capacidade intelectual para se ater somente a escrita. Ele contava que a escrita era obra de um demônio egípcio, chamado Teutes; este demônio apresentou ao rei egípcio Tamuz um remédio para o esquecimento e para ignorância; confiar na escrita por meio de símbolos e caracteres externos era a maneira de reter o pensamento na memória; no entanto para Sócrates este não era o remédio e sim apenas lembranças de pensamentos, portanto a escrita não é em si, o saber e sim uma apresentação do que se sabe com o perigo disso não ser a realidade.

            Sócrates estava certo, o pensamento (lembrança) Aristotélico findou a razão do homem em fechar os olhos para observação e apenas crer por fim, aqueles que tentavam rebater o que estava escrito eram tidos como hereges e por isso poderiam ser condenados até mesmo a morte.

            Por incrível que pareça é assim até hoje em dia, certos seguimentos religiosos não podem nem sequer ser citados, criticados ou debatidos livremente, correndo o risco até de causar uma guerra entre países. A exigência do respeito parte para imposição ao mesmo, sem ater ao que é mesmo que está sendo respeitado.

Se isso acontece até entre países inteiros imagine com pessoas!

            E como seria o mundo de hoje se grandes pensadores do passado fossem respeitar os enunciados antigos; se Cristo por respeito não tivesse refutado o judaísmo, não teríamos o Cristianismo; se Mahatma Gandhi tivesse respeitado as leis inglesas, até hoje a Índia seria colônia inglesa; se Martin Luther King Jr. e Nelson Rolihlahla Mandela tivessem respeitado as leis raciais do seu tempo não teríamos as leis atuais contra a separação do ser humano por raças... Poderia citar centenas de outros exemplos, mas a grande lição que fica é: 

O que é mesmo: Respeito?
           
            Certa vez conversando com uma amiga, eu disse a ela que a palavra “respeito” era a mais difícil de ser entendida por toda humanidade e ela me chamou de Louco!

            Bom se só eu ainda não entendi o que é esta palavra estaria muito contente por ser eu o único a não entende-la, porém vejo as pessoas lutando por respeito, sem ater o seu próprio pensamento ao que realmente deve ser respeitado, em outras palavras: Considerado.

            Bom, vale dizer mais uma vez que origem da palavra fala mais por si do que o nosso julgamento atual, respeitar, do latim, RESPECTUS, do passado RESPICERE, “olhar outra vez”; RE, “de novo”, mais SPECERE, “olhar”. Respectare significa olhar muitas vezes para trás e nisso entra a nossa capacidade de discernir corretamente o que se olha e como você olha.

            Em meu livro Só por Ele, (http://reflexhuman.blogspot.com/2014/06/so-por-ele.html) eu falo um pouco sobre o que é divino, ou seja: aquilo que de certa forma está além de nossa compreensão, e temos esta capacidade divina de conhecer nosso próprio conhecimento, portanto somos capazes de chegar à razão pela própria razão (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/10/ha-razao-pela-razao.html) e assim, munidos de uma razão universal é que podemos dizer que esta deve ser respeitada, ou seja, considerada como base para este ou aquele comportamento.
            O respeito surge então perante ao que é proposto e não por algo imposto ao outro, mesmo que em nossa razão pareça haver uma lógica coerente, há de observar que se esta coerência realmente confere com algo real, como no exemplo de nosso corajoso Francês que deu sua própria vida ao seu próprio erro, certamente o homem não deve recuar por um erro e dizer que seja impossível alçar voo, por exemplo, mas dentro de uma reflexão lógica estabelecendo valores que devem ser medidos e potenciais que devem ser observados e até mesmo testados antes de aplicar sua própria existência á uma ação que possa significar uma mudança completa em sua existência ou até mesmo do fim do seu existir.
            Respeito então não deveria ser cobrado e muito menos exigido; é como querer que a nossa própria vontade domine o Universo e seja ela, nossa vontade, uma lei seguida pelo mesmo; é como atribuir a razão por findar a razão em si mesmo ao invés de observar a razão fora de si. Se as pessoas abandonassem o apego a sua própria eloquência e observar o que realmente há, e como o que há possa servir para você tornar seu desejo possível, ai sim você alcança a capacidade humana de saltar no seu desejo sem se machucar.
            O respeito é em si, e desta maneira, o amor a própria verdade, não há verdade dos nossos desejos, mas sim uma verdade que constrói a vida dentro da perfeição que ela é.
            Existem quase nove milhões de criaturas vivas de diferentes espécies sobre este planeta, cada uma delas com sua peculiaridade e a mesma natureza fornece a matéria prima para que isto ocorra.
            Por incrível que pareça a criatura viva que veio a dominar tudo isso somos nós!
            Nós que não sabemos lhe dar com nossa própria natureza, que não conseguimos compreender o que realmente há de ser compreendido, que exigimos do Universo que este seja obediente a nossas vontades e anseios sem ao menos sequer fazer como todas as outras criaturas que entregam a natureza a própria questão do seu ser, e assim se tornam iguais, mas diferentes entre si para adaptar seu existir a natureza que os cerca, se não há conhecimento sobre a água que os cerca, ao menos consideram que é ali o seu lugar, se não há compreensão sobre o gelo que se forma, pelo menos há entrega de seu corpo a natureza e aceitação de ter e desenvolver uma pelagem mais densa... E assim todas as outras formas de vida compreendem o que deve realmente ser respeitado enquanto nós seres humanos que dominamos todo o planeta, ainda não sabemos qual a formula secreta para ter o respeito de tudo e de todos, no entanto ao menos respeitamos nossa própria ignorância e caímos por terra com ela e assim findamos nossas vidas nos erros para que outros tantos não venham ser como nós, que saltam com fé e coragem, mas sem sabedoria temos por fim o erro como exemplo e o desejo de acertar como a busca por uma vida mais segura, mesmo que você queria pular de pára-quedas, faça isso com segurança Respeitando pelo menos as leis da natureza que estão ai, por que elas custaram muitas vidas só para que a gente pudesse ter uma luz sobre o que devemos realmente respeitar.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Não é da sua conta!


Beta 2

Grande campanha
Pela Vida:

Cada um
Cuidando da sua.

Participe você também!



            Contar é a ação de enumerar seja o que for dar uma especificação ou relacionar algo de forma lógica, coerente e especifica. Hoje em dia o individualismo é a forma mais prática de viver num mundo de faz de “conta” onde cada um é cada um e cada um faz o que quer, vive como quer e conta seja o que for como quer... Bem isso já se tornou um problema enorme para todos, pois não dá mais pra viver num mundo de fantasias e distorções ao bel sabor de nossos desejos devido ao fato de que muitas de nossas ações são gravadas, sejam por imagens, sons e até mesmo por termos a necessidade de memorizar. Mentir não é tão fácil como foi antigamente onde a humanidade criava lendas e fábulas e com o tempo o que era apenas uma historinha pra fazer criança dormir que ao longo do tempo foi se tornando crença e com o tempo até era exigido o “devido Respeito” a essas crenças, o que em certo tempo levou até a dura condenação á morte (Sócrates) quem não acreditava nos deuses, ou melhor dizendo: Nos Mitos.

            No mundo atual parece que ninguém mais pensa igual, cada um pensa da sua forma, do seu jeito e com isso deformam o que seria o encontro e a busca real de uma forma ideal para todos.

            É tanto individualismo e tantas formas de proteger a forma própria que cada um tem em si uma “verdade”, e o que encontramos é que mínguem mais sabe ou reconhece qual é mesmo a verdade, e se há mesmo esta verdade.

            Na verdade o que encontramos são frases como:

            - Cada um vive como bem entende!
            - O importante é ser feliz!
            - Cada um cuida da sua vida...
            - Eu faço o que eu quiser...
            - Como eu vivo não é da sua conta... E por ai vai!

            Mas olhe só o que vejo de interessante em tudo isso: é que em ônibus, jornais, revistas e todas as formas de comunicação, vemos outras frases como:

            - Pedofilia é crime! Denuncie!
            - Denuncie a violência contra a mulher!
            - Se for dirigir não beba.
            - Drogas! Diga não.
            - Jogue lixo no lixo.
            - Não fume neste local.
            - Racismo é crime...

            Por mais que se busque preservar o ser em seu doce e suave individualismo vemos um mundo onde o “Estado” tem de tomar as rédeas da própria sociedade, é como se deixássemos o ser adquirir consciência sem oferecer a este um rumo, um parâmetro, um ponto no qual há necessidade de concordância. Cidadania é apenas um cursinho obrigatório dado em alguns casos onde o “estado” pode atuar e mesmo assim ao sair destes cursos nada muda para o ser, pois afinal de contas cada um é cada um...
            Em um curso que fiz há pouco tempo atrás tive aulas de cidadania logo após as provas, mais da metade dos alunos nem compareceu e por incrível que pareça mesmo depois das aulas de cidadania alguns alunos largaram seus jalecos, que foram dados pelo estado de forma gratuita nas ruas ao redor da escola, como se aquilo fosse um lixo e o pior, descartado em via pública mesmo depois de uma aula de cidadania!

            Fica evidente que há uma cultura que direciona o comportamento humano e que esta cultura tem falhado tanto que até o básico de uma vida boa, saudável e honesta vem fracassando cada vez mais.

            Então as pessoas pedem socorro para o estado, ao tempo em que o estado ao tentar induzir o povo a uma obrigação básica que seja necessária para o bom convívio em sociedade, sempre acaba fracassando no mesmo individuo se vê livre para ser como bem quer!

            Em Janeiro de 2009 eu escrevi um de meus primeiros artigos intitulado: A Vil Violência! (http://reflexhuman.blogspot.com/2009/01/vil-violncia.html) e mesmo já tendo mais de quatro anos este artigo é bem atual e diria que se fosse abranger toda a grandeza dita só neste artigo me renderia mais um livro.

            Vejo que não é um fracasso nos métodos de educação e a falta de coerência ao que deve ser realmente feito, o problema maior está na ideia errada de achar que cada um cuidando da sua vida vai conseguir fazer o que é realmente bom para sua própria vida, é como oferecer ao ser um monte de direitos, mas não ter coragem de apontar pra ele e dizer que o mesmo tem obrigações.

            Se as pessoas ao cuidarem da suas vidas realmente fizessem isso dentro de um censo de coerência e dentro de uma ciência universal como a lei da gravidade que está em tudo e em todo Universo, não teríamos a necessidade de tantas campanhas para induzir, no ser, que certos comportamentos são errados em um convívio social. A crença que tal comportamento não se pode ter é somente porque se assim o fizer estará infringindo uma lei.

            Como a pedofilia, por exemplo, que só se tornou um crime "odioso" por todos por causa da lei, pois a maioria dos pedófilos não eram criminosos que vinham de fora e sim do próprio seio familiar e então e por isso muitas crianças, até mesmo os familiares eram obrigados a manter o mal que estava ali mesmo diante de todos em segredo por não haver uma lei que pudesse condenar o ato criminoso, ao tempo que o mesmo crime saiu do seio familiar para ser cometido perante o estado de miséria de outras pessoas que acabam servindo seus próprios filhos a estes anseios animalescos do homem.

            Isto e outros exemplos mais podem ser dados, como no caso das drogas, as pessoas acham que não tem mal nenhum a pessoa que quer se drogar, se drogar, porém como você se sentiria ao se ver triste e um amigo seu que se droga, em um estado de espírito totalmente diferente do seu, alegre e feliz, ativo e cheio das atenções do grupo de amigos enquanto você não consegue ter este animo?

            Parece que fica evidente que “tirar um barato” ou “curtir um pouco” é muito mais divertido, fácil e torna mais feliz quem se droga, do que quem não faz isso, ai vem à questão: Ou se segue a esta vontade ou se reprime e vive sem as honras e alegrias que aparentemente fazem parte da vida de quem se droga.

            Hoje em dia o que vejo é que há tanta busca individual, tanta gente tentando mostrar seu talento com malabarismos nos semáforos, tantas estatuas vivas, tanta gente tatuada, tantos piercing colocados, tantos cabelos coloridos, cortados de forma diferente, tantos e tantos que ta todo mundo igual.

            E todo mundo tentando chamar a atenção para o seu ser individual ao tempo que se a atenção for uma critica a sua escolha individual, prontamente o ser que assim o faz é incriminado com frases: Não é da sua conta!
           
            Parece que todos estão querendo por toda a atenção ao seu ser externo, quanto ao seu ser interno busca-se a todo custo proteger da intromissão dos outros.

            E tudo a todo o momento por fora se busca a transformação enquanto o eu interno fica protegido do mundo exterior.

            Isso tudo talvez seja porque realmente não contamos com ninguém que tenha colaborado para a formação do nosso eu interior, tanto que em toda humanidade encontramos pouquíssimas pessoas que nos sirva de ícone para um real encontro com este nosso eu interno e por falta de modelos, nos modelamos por fora, e por dentro nos esquecemos de modelar e alterar o nosso eu.

            Como a pessoa que faz uma dieta para emagrecer, mas com o tempo a mudança exterior não reflete em uma mudança interior logo o exterior é abandonado para voltar a ter o mesmo comportamento alimentar de antes e toda dieta acaba sendo perdida assim como a mudança caba sendo apenas temporária.
O interessante também é observar que o ser tem um comportamento ao coletivo, enquanto que seu ser interno possa ser outro e nesse caso o ser pode expressar uma opinião que dentro de sua própria forma não concorda com tal e nisso há o perigo constante de dizer algo que no fundo o ser não acredita ou não consegue seguir. Como no caso do fumante que tem a consciência de que tal ação de fumar é muito prejudicial ao tempo que o desejo de fumar é maior que a sua própria conscientização. Acaba que o estado sempre perde para o desejo e assim como numa dieta, as mudanças geradas por uma campanha acaba sendo perdida.

                        A questão é então:     

Como cuidar da própria vida?

            Certamente que cuidar da sua própria vida é uma ação louvável e o mínimo que se deve fazer para si mesmo, no entanto há o perigo constante de fazer isso de forma errada, pois se erramos com nosso exterior tanto mais podemos errar com o nosso interior e como um mendigo que necessita de ajuda fazemos figurações por fora de nós e acabamos nos acostumando com a situação de mendicância e não fazemos nada além que pedir ajuda, sem ajudar a nós mesmos e muitas vezes a ajuda vem com a demonstração de que você, como no caso de um mendigo, necessita tomar um belo banho, precisa se incomodar sim em andar sujo, em desfigurar o seu próprio ser para ver que não há outra forma de ser a não ser a forma mais digna de ser que muitas vezes é sim uma norma, uma regra uma forma seguida por todos, mas não a forma da moda e sim a forma mais próxima da verdadeira forma humana, limpa, saudável, sem deformações e distorções dessa imagem humana com a qual nascemos, e assim cuidando bem de braços dados e até abraçados com este bem é que cuidando de nós estaremos cuidando de nos aproximar de nossa maior essência: A Vida.

            Não uma vida desvairada que luta apenas pela sobrevivência e sim uma vida cheia de honras e riquezas, não riquezas só de bens, mas riquezas de saber, de se guiar a cada momento com sabedoria e digna de ser vista, copiada e imitada por todos, pois de qualquer forma todos nós acabamos mesmo sendo iguais a qualquer um.


           


             

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O mal do Amor Próprio!

O mal do Amor Próprio!
Alfa 1
            Muito se fala hoje em dia sobre o amor próprio, só é preciso lembrar bem o que é o amor, em meu artigo: Sobre o Poder do Amor (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/sobre-o-poder-do-amor.html) eu falo um pouco das relações dos seres com o todo, do ser que existe e entrega a outro ser parte da responsabilidade da sua existência, eu digo algo que pode soar estranho de inicio, mas eu falo que até as plantas amam e muita gente se assusta e pensa logo em se tratar de alguma maluquice poética, como se o amor dependesse de órgãos, como coração e mente, no entanto é preciso lembrar que nossos órgãos são apenas parte de nós que está ai por se tornar uma parte especializada em uma função, vale lembrar que o coração não empenha a função de sentir e sim é apenas uma bomba hidráulica de nosso sistema circulatório. O amor pode ser encontrado no cérebro então?
            Sim, pode. Afinal neste nosso mundo físico nada existe em razão de nada, sempre algo existe em razão de algo, seja uma necessidade ou por empenho, o papel de algo físico se emprega na existência de algo independente do que seja, tudo que acontece é então movimento de um estado para outro e se algo se move é por empenho de uma força que só é possível em razão de algo que existe, por exemplo: um carro, tem a função de se mover porque em seu interior há um motor feito para usar propriedades da física, como a explosão do combustível em uma câmara de combustão e através de vários mecanismos transforma isso em movimento do próprio veiculo.
            Mas o que isso tem haver com o amor?
            Imagine então que possa haver um defeito em alguma parte mecânica do carro!
            Certamente não vai funcionar corretamente.
           Agora imagine você que tanto houve falar desse combustível que é o amor, mas sua maquina não tem todas as propriedades físicas para fazer com que este combustível gere o movimento de te levar a ser amado! Isso pode fazer com que você não se movimente na direção correta na qual Amar seja então o objetivo comum.

          Bom, se as pessoas a sua volta não te amam pode ser um defeito delas também, mas se amar sozinho também não é a melhor forma de entender o amor.

            Nós vemos uma sociedade onde as pessoas amam coisas externas, como agora em meio a copa do mundo, todos querem mostrar o seu amor pelo país, digo isso não só no Brasil, mas todos no mundo afora, exibir isso é talvez uma forma coletiva de mostrar amor, no entanto o que é que realmente estamos amando?
            Podemos simplificar que neste caso amamos as cores de nossa bandeira, nosso país, nosso povo e até aqueles que estão ai representando todos nós e por eles nos vemos idolatrando seus atos e movimentos como se de alguma forma seu empenho em campo fosse à demonstração do nosso próprio empenho em lutar para vencer.
            Só é preciso lembrar que vencer pode significar também derrotar o outro!
           
            E talvez este hábito que estamos gerando até em nossas crianças venha ser o grande mal do amor das pessoas de hoje.
            Por mais que se ame o outro é colocado como inimigo, como aquele que devemos derrotar, até porque em nossa sociedade se prega que em primeiro lugar devemos amar a nós mesmos e isso gera então um apego até mesmo aos defeitos que nós temos como um defeito mecânico, e com esse defeito ainda exigimos do outro que demonstre amor por nós, é como querer ser idolatrado mesmo que em nosso movimento, nós acabamos fazendo um gol de mão e por não ter um julgamento correto e sem um juiz queremos então vencer com um soco na bola, e todos sabem que assim não é a forma correta de vencer.

            Como o amor pode nos colocar no caminho correto sem burlar as regras em campo e nos fazer vencer sem derrotar o outro?
            Talvez este seja o grande desafio para todos nós.
            Vencer sem ter nada que precise ser derrotado é algo meio obtuso, sem que haja comparação ou diferenciação, então por não vemos outra forma de amar senão derrotando o outro é que acabamos erroneamente amando!!!
            É comum ver casais que se amam, que discutem o tempo todo e o pior são os apegos as próprias opiniões, como num jogo onde o juiz não vê um lance de falta, ambos não vêem que está faltando o mais importante de tudo que está em jogo: O Amor.

            Muitos acham que o amor é simplesmente o gostar, o querer, o desejo ou até mesmo o carinho, o afeto, mas o amor é também uma doação e ai é que entra o mal do amor próprio.

            As pessoas querem ser amadas e respeitadas e no respeito é que temos um grande problema pela frente:
            O que vem a ser respeito?

            Antigamente o respeito era algo imposto muito mais pelo status social do que pela própria consideração de respeito ou até mesmo por imposição de hierarquia seja ela familiar ou de características econômicas, até na bíblia a mulher respeitosa é aquela que se subordina ao homem! Talvez isso seja uma herança de nosso ser animal onde o respeito era a imposição do mais forte ou até mesmo pelo seu direito de conquista do território, mas o homem se tornou um ser político, ou seja: que vive na polis, que vive em conjunto com outros seres e deve portanto estabelecer regras que sejam comuns a todos para que as relações entre os seres sejam defendidas não só em beneficio deste ou daquele ser mais (digo mais + no sentido de somar mesmo) no bem e no direito comum de todos entre todos, pois afinal há seres que precisam ser beneficiados individualmente, (como uma pessoa que tem necessidades maiores) como também fazendo isso estamos ajudando a todos.
            É como se o respeito deixasse de ser uma imposição exigida por ordem de classificação animal e passasse a ser uma necessidade exigida pela relação de um ser para com outro e para com todos, e então o respeito deixa de ser uma forma característica de relacionamento e passa ser uma ordem universal onde o ser humano passa a ter obrigações não por questões de opinião e sim por uma necessidade lógica de governar a si mesmo e a todos. O respeito se tornou então uma condição de características considerativas, (de consideração) de importância, de referência e principalmente de ordem lógica assim como as leis que regem o Universo. No entanto para que haja lógica é preciso estabelecer certos parâmetros, como para termos uma medida podemos ter recipientes diferentes, mas a quantidade de produto deve ser a mesma em todos estes, isso é estabelecer um parâmetro, e quais são os parâmetros que devemos ter nas relações entre os seres?

            Vivemos em um mundo cercado de leis, é lei para usar a rua (via publica) é lei até para educar os filhos, tratar a mulher e até para diferenças físicas entre as pessoas (cor de pele, condição de peso, de idade...) todos estes parâmetros vem sendo criados e aprimorados na sociedade, mas um dos mais sábios dos homens que já tivemos entre nós disse:

            - Ama o teu próximo como a ti mesmo.

            Temos então um grande problemão pela frente.

                        Qual o parâmetro que devemos ter para amar a nós mesmos?
                        Será que devemos amar quem somos agora neste momento?

            O mais interessante é que o mesmo homem que pediu para amarmos nosso próximo (aquele que está mais perto de nós) também disse:

            - Abandona tudo que tens e segue-me.

            No meu livro: Só por Ele! Por meio de parábola eu falo um pouco sobre o sentido deste abandonar tudo que tens que não é o abandono das coisas materiais, afinal até mesmo este homem que disse essas palavras, certa vez reclamou por não ter um lugar onde dormir, mas sim abandonar o nosso ego, o nosso ser interno que como ser criado sem parâmetros pode conter muitas e inúmeras falhas, daí então como respeitar algo (considerar) que foi criado sem ter certas medidas e como é que este algo vai se relacionar bem com seu próximo?

            Um outro medo também ronda o coração das pessoas, no livro eu procuro mostrar como certas coisas podem se acentuar com o tempo, que é o medo de deixar de ser!

            O mancebo rico foi o homem que teve medo de deixar de ser, não só deixar a riqueza, mas também de deixar de ser quem ele era e como alguém que dá seqüência a isso o jovem Giovanni, também chamado de Francisco de Assis, vem em conseqüência para mostrar que abandonar tudo que tens é na verdade buscar inconscientemente um encontro com a verdade e com o seu real ensejo de viver.
           
            Como saber por onde começar?
            Mais uma vez é só seguir as palavras do mesmo homem que disse que as crianças são os maiores seres no seu reino, ou seja: Devemos abrir mão de quem somos e tornar a ser como crianças e procurar encontrar dentro de nós os parâmetros que nos fizeram ser e sentir quem somos. Nossa raiva do outro pode ser muitas vezes o ódio de ter parâmetros, como crianças que se vêem obrigadas á escovar os dentes, mas quando adultos se sentiriam mal se não escovassem e assim precisamos tornar a olhar para nosso ser e ver o que nos tornamos e por que nos tornamos assim, quais foram os parâmetros que colocamos em nossas vidas e será que as outras pessoas conhecem bem seus parâmetros?

            É como exigir respeito sem respeitar a si mesmo!

            O mau entendimento do amor próprio pode levar a isso, uma pessoa que realmente se ama não fumaria se em sua infância o parâmetro ser uma pessoa saudável estivesse acima do parâmetro: Eu sou dono do meu ser e faço o que bem quero da minha vida. Isso não é amor próprio é no máximo um egocentrismo voltado ao ser que vê em seu id um valor maior e este valor acaba sendo defendido pelo ego quando a pessoa começa a justificar seu ato de fumar com o fato de conhecer alguém que fuma e não tem doença alguma ou que não é pelo fato de fumar que ele pode morrer, o seu superego passa a ser um pregador do valor fumar maior que o valor viver bem e saudável, da mesma forma que a pessoa que come compulsivamente e com isso acaba engordando, jamais esta pessoa te impediria de comer um produto bem calórico, no máximo ela pediria pra você dividir com ela, afinal ela também acharia prazeroso.

            Respeitar a si mesmo não é de forma cega e incondicional ou muito menos respeitar a si mesmo por se ver em um corpo saudável e beleza física, que está sendo outro mal do amor próprio hoje em dia, onde as pessoas ao ver alguém dotado de muita beleza física dizem: parabéns você merece tudo de bom na sua vida... É como dizer que quem é dotado de beleza tem muito mais direitos no mundo em que vivemos.
            Certo dia recebi um e-mail de propaganda dizendo:

            Aumente sua auto-estima com este revolucionário produto que elimina a celulite... No anuncio havia uma foto de uma bunda feminina, pensei comigo: auto-estima agora se vê no traseiro!

            E tudo isso vem produzindo uma geração que desconhece o amor como “causa” e vive o amor como um produto!

            Um produto que muitas vezes pra ser adquirido é preciso mostrar algo superior aos outros, e novamente colocamos nosso ser em competir para ter, então competimos por nosso espaço mesmo querendo ter outro alguém vivendo no mesmo espaço, competimos para vencer nos argumentos mesmo que não se encontre algum parâmetro que sirva para medir qual o potencial de lógica existe dentro destes argumentos e pra piorar competimos por prazer que deve ser satisfeito pelo outro como se o bem estar do nosso ser (do desejo do id) fosse um presente que devemos ter do ser fora de nós, como se tal satisfação fosse apenas para alegrar o nosso cruel amor próprio!

            Não é bom ser difícil, Mas o difícil é ser bom.

            Esta frase se encontra no meu livro e resume bem o que acontece com o nosso viver. Por incrível que pareça ser bom é algo muito difícil, pois para ser bom é preciso obedecer às regras, como que para ter dentes saudáveis é preciso um cuidado diário, um trabalho continuo e rotineiro, e para ter uma mente saudável também é preciso um trabalho diário de observação e cuidados, agora já pensou se uma pessoa com um pensamento ruim ou até mesmo uma pessoa que forma seus pensamentos sem obter parâmetros lógicos qual será a qualidade de seus pensamentos?

            Pensamentos ruins não são apenas pensamentos ditos negativos, aliás, não é tudo que vem a nós que devemos adquirir, possuir, usar e consumir, como uma comida que nos vem nada saudável, negar comer, ou seja: ter um pensamento de negação, ou melhor dizendo: negativo, não é um pensamento ruim, daí o perigo de sempre somar todo e qualquer pensamento que chega ao nosso ser (ego) que vai nos fazer bem. Muitas vezes pessoas ditas de respeito nos fazem acreditar que seu posto, seu cargo ou até mesmo sua vida social é uma condição para aceitar o pensamento pregado pelo mesmo. No caso este ser age então como um superego que nos influencia e nos leva a copiar o seu modelo. É como acreditar que esta pessoa conseguiu o que tem ou pelo seu status social, foi conquistado pelo seu superego e no afinco de ter um posto maior em nossa sociedade copiamos e nos deixamos levar pelo mesmo modelo deste.

            Um exemplo bem nítido disso está no cargo de chefe!

            Todas as pessoas têm um exemplo de um mau chefe, que é muitas vezes antipático, rude e arrogante, mas mesmo consciente disso as pessoas ao assumirem tal cargo imediatamente assumem a mesma postura, como no meu artigo: As poderosas forças do poder, eu falo de um experimento realizado na universidade de Stanford, onde os guardas perderam sua identidade pessoal e se tornaram “guardas”.(  http://reflexhuman.blogspot.com/2013/03/as-poderosas-forcas-do-poder-terceira-e.html  )

            Isso nos leva a ver que para ser bom é preciso estar alerta com os nossos pensamentos, filtrá-los a partir de nossas próprias experiências e seguir apenas com medidas realmente boas. Estas boas medidas podem ser encontradas quando alcançamos a VERDADE.

            Ai é que está o grande desafio de nossas vidas. Como saber o que é a verdade?
           
            Bom, quase todo mundo tem uma definição do que seja verdade, mas desta vez vou falar da minha própria definição:
                                               VER e Dar DE si.
           
            Seria algo como ver e dar-se (entrega) de você mesmo ao que vê: se deixar levar por isso.
           
            Daí então voltamos a questão do amor!

            Se têm algo que merece todo nosso amor, inclinação e respeito (consideração) este algo só pode ser a verdade, ninguém ama algo que não tenha conserto, que não possa servir pra nada, as pessoas compram produtos pela imagem da embalagem, mas só consomem mesmo o que tem dentro, a beleza da embalagem é descartada após o uso, ninguém ama quem faz o mal ou quem burla as regras da sociedade para pensar só em si mesmo, no seu próprio bem, as maiores pessoas de nossa humanidade são exatamente aquelas que deixaram o apego em si próprio e se doaram para a verdade, se deram a verdade com tanto afinco e amor que desapegaram completamente de si mesmos para ser, ter e fazer de sua própria existência a verdade, Jesus Cristo é um exemplo e como ele mesmo diz e tomou para si mesmo a figuração da verdade em vida e é este amor que deveríamos ter por nós mesmos, amar e desejar ardentemente ter em si a verdade, desapegar parcialmente ou até mesmo completamente de nosso id e viver não só para acumular sensações e momentos de prazer e sim de completa contemplação pela beleza da verdade, não a beleza externa que essa é só embalagem, mas a beleza interna que é a essência que tanto desejamos ter ao mesmo tempo tememos a responsabilidade de viver em verdade e em verdade vos digo...
(Risos)
Óia eu plagiando o “cara”

Mas estas palavras nem são minhas e nem sei de quem é, porém elas me fizeram pensar neste artigo:
                                              
            É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse, que os agravos do nosso amor-próprio.

Temos que vigiar e policiar bem o nosso amor próprio para não usar ele de forma a burlar a verdade e se tornar um ser injusto, apenas para exemplo: Um trecho de Gênesis 18:

            ...matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra?

            Então Deus disse a Abraão: "Se eu encontrar cinqüenta justos em Sodoma pouparei a cidade toda por amor a eles".

            Mas Abraão tornou a falar: "Sei que já fui muito ousado a ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza.

            Ainda assim pergunto: E se faltarem cinco para completar os cinqüenta justos? Destruirás a cidade por causa dos cinco? “Disse ele: "Se encontrar ali quarenta e cinco, não a destruirei".

            “E se encontrares apenas quarenta?”, insistiu Abraão. Ele respondeu: "Por amor aos quarenta não a destruirei".

            Então continuou ele: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar. E se apenas trinta forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Se encontrar trinta, não a destruirei".

            Prosseguiu Abraão: "Agora que já fui tão ousado falando ao Senhor, pergunto: E se apenas vinte forem encontrados ali? “Ele respondeu: "Por amor aos vinte não a destruirei".

            Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados? “Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei".


            Vemos nesta história da Bíblia um exemplo do quão precioso é o ser justo e por amor ao justo Deus, o criador poupa os outros de castigo, isso nos mostra o quão podemos ser “úteis” até mesmo ao criador quando deixamos nossos insignificantes desejos que são apenas temporários para sermos verdadeiros conosco e assim com todo o cosmo também.
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