quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Incrédulos Incultos Incautos


            Em muitos momentos de nossas vidas passamos por pensamentos que variam entre o que cremos e o que realmente acontece.

            Se por questões de fé ou de cultura deixamos nos levar por pensamentos e ações que em outros momentos nossas crenças não suprem as necessidades do “ser” e deixamos nos levar pelas variáveis da vida sem a cautela sobre nossos pensamentos e ações.

            Quando Aristóteles fez suas considerações sobre o fato de que cada coisa teria seu “Lugar Natural” creio que ele não estava dizendo isso com a certeza de quem sabe e sim uma tentativa de incentivar as pessoas a dialética de suas teses para que se apresentem a antítese, e com isso fosse construída a síntese da descoberta sobre a real natureza das coisas, mas a audácia promoveu um devaneio completo da ideia e do desejo filosófico, quando com o passar do tempo se tomou tal principio como sendo o conhecimento do próprio Deus!

            O “Lugar Natural” por séculos findou o conhecimento humano sem ser questionado, os poucos que assim o fizeram foram condenados, antes mesmo de Galileu Galilei questionar sobre o movimento dos corpos outras pessoas também questionaram o modelo Aristotélico, mas sob a pressão e a autoridade da igreja muitos se calaram, como Kepler que escondeu por muito tempo suas descobertas, o conhecimento humano ficou limitado ao conhecimento de uma autoridade imposta por um respeito ilusório, havia então uma verdade que só era verdade por imposição e medo de punição.

            Mas nem todos temeram o respeito imposto, e Galileu foi um dos poucos que tiveram a audácia de tirar a Terra do centro do Universo e colocá-la no seu devido lugar, no lugar de um planeta qualquer viajando juntamente com uma estrela qualquer na vastidão do nosso imenso Universo. Como se isso fosse uma heresia a própria fé, Galileu foi condenado ao exílio em sua casa, mas antes de sair para cumprir sua condenação ele simplesmente disse:

            - No entanto se move!

            Se referindo ao movimento da Terra entre outros planetas.

            A credibilidade não era de fato a crença em algo real, em coisas que são prováveis, e sim apenas em crenças que somente por serem aceitas e até impostas pela maioria se calava para o novo, a fé muitas vezes é alvo de incredibilidade por sua estagnação no conhecimento como sendo obrigatório ao homem que seu conhecimento se limite as crenças vagas e sem um fundamento próprio com o real, e assim o mundo vagou no sofrimento e no apego a vaidade do imutável, a ponto de deixar as pessoas morrerem por ignorância com sua própria higiene; a peste negra assolou o mundo, a morte de tantos foi causada por causa da incompreensão de sua transmissão por uma simples pulga.

            Ignaz Semmelweiss foi o primeiro homem há impor, por suas observações, o cuidado com a higiene, como obstetra ele acreditava que as doenças poderiam ser transmitidas pelo contagio direto ao contato, no entanto seu conhecimento ainda estava além de sua própria compreensão da existência dos micróbios e os microrganismos que causavam as doenças, suas técnicas por incompreensão de muitos eram duramente criticadas. Durante sua vida ele lutou para ser compreendido, porém a incredulidade de sua doutrina ficou comprometida por disputas de poderes e insatisfação dos médicos da época, por não se acharem culpados do contagio, havia a crença que os médicos com seus uniformes sujos de fluidos corpóreos, como pus e sangue, eram vistos até com certo status, que indicava que eram estudantes de medicina aplicados, com isso muitas mulheres morriam de Febre Puerperal.

             Mesmo nos dias de hoje não é difícil ver casos de morte em hospitais pelo simples fato da falta de cuidado com a higiene, pessoas mesmo com luvas podem contaminar ao pegar em maçanetas e transmitirem qualquer tipo de doença.

            Vemos então, através da história, que a incredulidade para com a verdade leva ao homem seu próprio falecimento, então vem à questão:

- Será que a falência das leis e da ordem, o desencontro das famílias que se desfazem pelos vícios, traições e até pelas ambições e paixões egoístas que vem destruindo os valores humanos, são causados por nossa ignorância?

O fato de podermos viver num mundo cheio de cultura, no sentido culto mesmo, para criar tudo que vemos como nossas roupas, casas, carros, aparelhos eletrônicos de todos os tipos e etc... Onde cada cidadão pode participar desta ciência de construção do nosso mundo mesmo sem um conhecimento profundo do potencial exigido para essa construção, nos leva constantemente ao relaxamento de nosso potencial; seguimos no mundo incultos do nosso próprio existir, nos enchemos de conhecimento profissional, mas nos deixamos ocos do conhecimento de nosso próprio ser.


Se por um lado fazemos isso por falta de uma cultura humana que tenha sido cientificamente comprovada, por outro lado nos fazemos incautos em abraçar as crenças sem um questionamento mais profundo, então queremos justiça sem ao menos saber o que é justo, queremos paz sem dar de si mesmo a sua própria paz e queremos viver sem o conhecimento do nosso próprio existir, seguimos a vida assim:

Incrédulos no poder da consciência, incultos de nós mesmos e incautos quanto ao que temos para realmente crer.

Mas por fim de tudo sempre acreditamos que há um modo certo de agir e pensar, os nossos gurus do passado, sejam: Jesus, Buda, Maomé, Moisés, Ghandi entre outros, são os mentores nos quais as paixões humanas são geralmente dirigidas, no entanto como ainda temos nossas incredulidades, nossas dúvidas quanto ao que temos para cultuar e nosso amargo ser incauto do nosso próprio viver, toda a filosofia do passado é distorcida e rearranjada para o nosso bem entender atual e seguimos em frente, crendo que nossos pequenos rituais podem compensar toda nossa incompreensão de nossa própria existência.

            Então nos mantemos cegos para as questões que deveriam ocupar nossos pensamentos e findar nossas ações, para uma busca de um encontro com o nosso verdadeiro existir, nos apegamos às frases prontas como:

            - Ninguém é santo neste mundo!
            - Ninguém é capaz de conhecer a verdade!
            - Ninguém sabe mais que Deus!
            - Ninguém tem o direito de julgar... Ninguém é de ninguém...

            E assim seguimos sempre achando que ninguém pode mudar as coisas, mesmo que todos desejem viver uma mudança!
           
            É como querer enxergar no escuro, ou seguir na chuva sem se molhar!

            Se não dá pra ninguém ser perfeito, então por que exigimos a perfeição em tudo que nos rodeia?

            E o mais interessante é que tem tantas coisas perfeitas a nossa volta, mas só reparamos e falamos das coisas imperfeitas, de nossos amigos de trabalho que não se empenham, da fechada que alguém lhe deu no transito, da comida que não estava tão boa quanto a de ontem... E assim seguimos com nossa atenção voltada para o que não queremos, e deixamos de lado a nossa busca pelo conhecimento do que é ser um bom ser humano no sentido mais humano que esperamos de todos, pelo menos em nós mesmos que pensamos estar concisos e seguros, mas apegados em nossas imperfeições!!!

            Seguimos então assim: incrédulos, incultos e incautos só para reclamar o direito à estagnação. Será que vale a pena viver assim?

Ou o que vale mesmo é a nossa busca pelo que ainda não sabemos?


segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Ilimitada Sanidade.

 Sanar!

Embora as pessoas busquem dizer e até valorizar seus defeitos, todos têm o desejo de estar são, seja no sentido salutar ou incólume; o desejo de que sua saúde seja perfeita, que sua viagem seja sem nenhum perigo ou risco, todos de certa forma tem o desejo salubre de estar com sua vida em um estado bom e benéfico com seu próprio ser, será que este desejo é tão difícil de realizar?

Na realidade estar neste estado não tem nenhuma dificuldade ou empecilho que nos impeça de promover o bem a nós mesmos, só que é preciso apenas, em certa medida, um censo lógico, para se ter este estado de sanidade...

É claro que nem tudo pertence ao nosso controle, não podemos fazer com que alguém nos ame ou que adquira bons hábitos, estes hábitos por sua vez podem nos levar ao estado saudável tanto de nossas mentes como também de nosso ser físico, o que leva as pessoas a se obrigarem em estar assim, em um estado sano, em muitos casos não é pelo seu próprio ser e sim por necessidade de competir com o outro ou até mesmo em vencer os seus próprios limites.

Vencemos muitas batalhas para chegar à vitória e quando adquirimos nossas vitórias nos apaixonamos por ganhar, e então nossas escolhas estão sempre voltadas para que o mundo a nossa volta reconheça e até premie o nosso vencer.

 Isso pode ser bom até certo ponto, no entanto não podemos nos apoiar somente em nossas vitórias para colocar em nós mesmos as obrigações que todos nós devemos ter pelo desejo sano.
É muito comum as pessoas dizerem que não são santas, no entanto recorrem aos santos quando se vêem a beira de seus fracassos, doentes ou até mesmo por não se sentirem fortes o bastante em obter sua própria sanidade, como se algo nos obrigasse a sermos derrotados, e quando em eminente derrota ai então voltamos para o desejo sano, muitas vezes fazemos isso sem perceber!

Porém nem todos podem ser vitoriosos a partir de suas escolhas, pois em todos os lugares existem inúmeras pessoas que também fizeram as mesmas escolhas e com isso acabamos em conflito com nosso semelhante, disputamos com outras pessoas um único lugar de vitória, e assim como nenhuma luta é vencida quando se luta sozinho, e talvez por isso aceitamos com mais afinco nossos defeitos e nossas derrotas, aceitamos que a vida nos guie ao invés de guiarmos nossa própria existência,  assim limitamos nosso estado de sanidade a cumprir leis e regras da sociedade que nos cerca.

Se formos vitoriosos ou derrotados no geral damos mais importância às lutas como se o propósito fosse apenas o aprendizado, então por que não buscar o aprendizado antes mesmo das disputas?

A jornada parece ser tão importante quanto o fim a que ela se propõe, e para uma boa jornada temos um dom que todo ser humano tem:

- O Dom da Imaginação!

O grande problema é que usamos este dom para nos colocar sempre na vitória antes mesmo da jornada e isto nos limita a crer que só a vitória é o que realmente importa e somente quando somos derrotados é que damos importância para o caminho percorrido, ai então analisamos com calma e sabemos exatamente onde erramos e o por quê de nosso fracasso.

Vitórias não dependem de sermos bons ou maus, elas são para alguns um privilégio de suas vidas, como ser bonito ou feio, forte ou fraco, pequeno ou grande, portanto nossas escolhas estão sujeitas aos limites de nosso ser e independente de ser verdadeiro ou falso, há sempre alguém para vencer, o fracasso não lhe trás o direito de ter defeitos nem ao menos o privilégio de ter sido bom é apenas o fato de que outro alguém também estava ali para vencer e venceu!

Há algo que separa o ser do mundo, quando o ser se torna o seu próprio mundo ele se vê como observador de tudo, agora quando o mundo se torna seu observador ele é apenas um produto do próprio mundo e então o seu “EU” se torna perdido, sem limites ou direção.

É o que acontece com grandes ídolos que se perdem no mundo das drogas e confusão, de viver grandes amores e traições como se tudo que obteve não lhe satisfaz e assim não se presta atenção na jornada e suas vitórias não preenchem o seu existir.

- Mas eles são apenas humanos e como todos, também erram...

E como podemos ver por mais vitórias que se têm os erros também os seguem por não devotarem o seu ser a sua própria sanidade, sempre achando um limite para nossa insanidade, mas não existem limites para sanidade e talvez o medo de ultrapassar estes limites mais humanos é o que nos faz sermos tão derrotados por mais vitórias que se possa vir a ter.

Então, por medo ou até mesmo pela própria excitação de chegar tão perto de nosso ser sano, nós nos vemos desejosos de nossos próprios erros, e fazemos em nós a derrota que queremos inconscientemente ter, para não sermos tão sagrados em nós mesmos, voltamos para o espelho e vemos os defeitos que todos têm, porém dentro de nós há algo que não se limita a imagem e nem ao menos aos nossos fracassos e está no fundo de nossos olhos, este imenso vazio de nossa alma que nos consagra em ter uma ligação maior com o Universo, que em nossa carne nos põe limites, mas em nossos corações nos põe uma emoção tão forte que nos faz amar aos santos e nos tira de nossas imperfeições, por mais erros que cometemos parece que nossa tão sagrada existência esta além dos limites humanos, nos faz ter o desejo de ir além de ser humano como o mundo manda, e nos faz ser tão amigáveis para com aqueles que não se limitaram em ser sãos.

Quando a coragem bate na alma os limites da vida são todos superáveis!


E nestas superações é que encontramos a ilimitada capacidade que temos de tirar do meio do nada nossa mais sagrada sanidade.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

No Limite Insano.

No Limite Insano.

Tem uma frase que costumo dizer que pouca gente entende!

Trata-se da diferença entre o Sano e o Insano:

- O Sano busca conhecer tudo justamente!
- O Insano se justifica de tudo!

Parece óbvio, mas a diferença é muito tênue e quase que irreconhecível em certos momentos, por exemplo:

O que vem a ser Arte?

É normal dizer que arte é uma expressão, embora a arte abranja uma gama enorme de seguimentos, tradições e culturas, exibida por figurações e até representações, a arte algumas vezes nos leva a um estado que beira a um ataque de nervos, ao ter de reconhecer algo que aos olhos num primeiro momento não representa absolutamente NADA!

O Artista em seu grande mérito consegue elaborar uma explanação que vem a dar sentido a sua arte e muitas vezes às pessoas se vêem voltadas a aceitar as explicações por argumentos que parecem validos, mas será que são argumentos justos ou apenas uma tentativa de justificação de sua arte?

Ai que entra a diferença entre o sano e o insano!

A não sanidade pode ser facilmente reconhecida em uma pessoa com problemas de conduta, mas qual será o real problema que a pessoa vive?

Existem diversos seguimentos, como na psicologia, que visam localizar estes problemas, como um cleptomaníaco, um hipocondríaco, hidrofóbico e todos os outros tipos de fobias onde a psicanálise visa encontrar a fonte do mal, no entanto será que ao dizer ao paciente qual a fonte ou razão do seu problema só estamos fornecendo ao mesmo uma justificativa para que ele viva o seu problema?

Como separar o que é justo do que é apenas uma justificativa?

É comum achar que uma justificativa seja por si só justa, seja por uma questão da força da argumentação ou apenas uma compreensão da própria justificativa, porém assim como estamos num mundo regido por leis ou ordens que nos fornece um senso lógico para construção de algo, o pensamento também precisa estar dentro de um senso que seja aplicável ao mundo que nos rodeia como, por exemplo:

Um hidrofóbico, por algum trauma pode ter um medo exagerado de líquidos, no entanto este medo pode ser dissipado ao aprender a nadar, por exemplo, o que não leva a perder completamente o medo, mas sim de adquirir a habilidade de lhe dar com ele, que é conquistado com o senso prático de nadar.

Já no caso de um cleptomaníaco o senso de que um objeto pertence à outra pessoa é rompido pela satisfação de furtar tal objeto. O senso comum perde a vez para emoção com o fracasso do reconhecimento do que é justo para a justificativa do prazer pessoal mesmo sabendo do mal, a psique não tem força para superar o desejo da emoção, neste momento perdemos o limite de nossa sanidade, assim como ocorre com as pessoas que adquirem o habito do vício, as pessoas que tem o habito do roubo agem como se a própria consciência estivesse em estado de torpor e o ser passa ser guiado pelas emoções.

Este fracasso da sanidade vem com o baixo aproveitamento da maquina “mente” que em muitas ocasiões por nosso próprio desejo deixamos a voz interior ser tão baixa que agimos como simples animais guiados pelos instintos, é como se estivéssemos acordados, porém com a mente funcionando em estado REM, onde à mente fica como se estivesse em piloto automático e deixamos nosso ser, ser guiado pelos estímulos a nossa volta.
Neste ponto a mente parece estar em um estado de liberdade, onde os aspectos sociativos são deixados de lado e nos apegamos aos aspectos dissociativos da realidade. É quando as pessoas se vêem desejando se livrar dos chamados “Problemas”, no entanto ao fazer isso também se deixam desagregar dos seus próprios anseios e acabam perdendo o ponto limite do “deixar rolar”.

Em quase todos os aspectos do limite insano as pessoas tendem a adquirir o vicio de entorpecer a mente com algo que lhe mantenha no estado próximo ao sono REM é como se a pessoa mesmo acordada estivesse sonhando e sua maquina de pensar procura elaborar, como num sonho, uma série de pensamentos contínuos, porém sem um rumo ou sentido realmente desejado. Em certos casos isto pode até ser bom para a satisfação de, o nosso próprio viver, mas como tudo que existe no mundo há limites que devem ser postos ao nosso próprio ser, deixar de sonhar não é preciso, no entanto e como num sonho consciente, devemos domar nossa mente para que o estado de sono não vire nosso próprio pesadelo e faça de nós seres aprisionados em nossa maquina de pensar que no cumulo de nossos vícios sempre nos dá uma justa causa aos nossos erros e então podemos nos perder em justificativas insanas como uma arte sem o desejo mais profundo de ser a “Arte” do nosso próprio viver. Precisamos viver certos limites dos nossos desejos inconscientes para alcançar o censo ilimitado da boa e verdadeira consciência.  


Leia também: A Ilimitada Sanidade!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ordens São Ordens.

       
               - Compre e Pague em até dez vezes sem juros...
            - Você já dirigiu o novo carro 2014! Venha! Faça um teste drive e saia dirigindo...
            - Você ainda não tem o novo produto da ACME! Então corra pra loja antes que acabe...
            - Não deixe de aproveitar esta super oferta...
            - Faça Faculdade com a gente...


            A palavra ORDEM tem vários significados na língua Portuguesa. Porém, seu uso mais freqüente geralmente esta na propaganda de produtos, serviços e até sobre nossas escolhas.

            Estamos sempre sujeitos a seguir ordens seja ela qual for, desde nosso comportamento até sobre nossas escolhas sempre há uma ordem a ser seguida, aceita ou cumprida e quando se trata de uma ordem temos sempre a convicção de que é dada para o nosso bem pessoal ou nossa satisfação.

            No entanto há ordens que comensuravelmente repudiamos que são as ordens de nível pessoal. Quando se trata de receber uma ordem que nos “obrigue” á mudar nosso comportamento, nós em muitos casos recusamos e até brigamos com as pessoas que parece querer nos mudar e fazer seguir suas ordens!

            O comportamento humano parece querer viver livre de ordens e em um modo quase que irracional e pouco apegado a cumprir ou se obrigar a seguir, vivemos a vida quase que o tempo todo deixando que os fatos nos guiem como se houvesse um papel a ser seguido, e como atores de nós mesmos, assumimos o personagem e seguimos as ordens que nos são apresentadas. Vivemos constantemente assim, fugindo das “obrigações” e seguindo o devaneio do momento, não na ordem que ‘toca’ em nosso ego, mas na ordem que nos acaricia como um ser mimado seja um cão ou um gato, nós vamos atrás das caricias e da apreciação, das loucuras desatinadas e da perda total do zelo com o nosso próprio 'EU'.

            Isso pode parecer bom!

            E na verdade não há mal nenhum nisso!

            Só que nem sempre estes momentos nos levam ao que realmente queremos ou desejamos!

            Muitas vezes só nos trás mais angustia e aflição em ver que aquele momento passou e como um animal viciado em correr pra apanhar a bolinha, voltamos constantemente aos amigos e locais onde não seguimos ordens que por fim nos leva há uma nova ordem:

- A ordem do momento!

É muito comum no inicio de um relacionamento as pessoas dizerem que:

- Tudo aconteceu naquele momento...

E por momentos seguimos com a vida, achamos que somos livres, quando estamos somente indo de uma ordem para outra e por fim reclamamos quando por ordem algo sai de errado em nossas vidas!

Por que ao invés de rompermos com as ordens não procuramos conhecê-las para que o nosso real desígnio, não um desígnio que o acaso vai colocar em nosso caminho, mas o desígnio que realmente desejamos, (é claro que nem sempre sabemos o que realmente desejamos como alguém que acabou seu ensino médio agora tem de buscar escolher uma profissão) aquele que busca estar em ordem com a vida precisa escolher o que quer da própria vida!

Quando se sabe o que é viver, sabe-se o que quer em seu viver, portanto sabe-se também qual ordem precisamos seguir para viver em ordem do que se deseja.

Por isso as Ordens são Ordens!

Somos constantemente bombardeados por ordens que nos enche de poder e luxuria, de alegria e prazer e se estas ordens nos levam a consumir sem medo de pagar um preço por isso, imaginem quais são as ordens que estão embutidas em nossas mentes que nos levam a fazer de graça algo que pode nos causar arrependimento depois?

E muitas são as idéias que como uma ordem sobre as ordens frisam em dizer que não há arrependimento, isto é como se auto embutir que nossos erros são aceitáveis e até validos, pois nos serviu para aprender, porém sem o reconhecimento de que os erros são erros voltamos as ordens que nos levou aos erros!

É muito comum uma pessoa que por desejo de consumo acabe se endividando e como isso causa o desprazer e frustração com o que lhe levou a dívida, e isso leva à pessoa a consumir mais ainda como um gato insaciável por carinho e atenção que quer ser acariciado novamente, como se o momento não bastasse, assim se cria o hábito de ser assim!

Quando aprendermos por hábito a olhar para o que realmente nos importa por ordem teremos nossas vidas em ordem de nós mesmos!

terça-feira, 2 de julho de 2013

O Quarto Poder.


            A humanidade vive em fases, às vezes em fases de luta e de desejo pelo poder e em outros momentos pela queda de qualquer forma de poder. Já lutamos por liberdade, seja de opinião ou de raças, de comercio ou até mesmo por liberdade do uso do próprio corpo e sempre em todas estas lutas usamos as formas de poder que nos cercam para usufruir desta liberdade.

            Existe três formar básicas de poder com o qual vivemos:


O poder da legislação: que concebe as leis com a qual devem ser julgados os procedimentos e a ordem que cada cidadão deve seguir.

O poder jurídico: que envolve o uso das leis para julgar os atos daqueles que não seguiram ou que burlaram o uso das regras oferecidas dentro de uma sociedade, que cometem algum crime, ou seja: violam as leis.

E ultimo poder que é o executivo: que como o nome já diz executa ações no sentido de administrar os chamados bens públicos e também na elaboração e execução de obras em beneficio de toda a sociedade.

            Mas existe uma quarta forma de poder que começa a dominar os sentidos humanos e fazer com que as pessoas se sintam na obrigação de seguir as regras e também o desejo de quebrar as mesmas para que com isso se preencha o vazio sentido no peito, e é exatamente no peito que mora o quarto poder:

            O Desejo do Coração!

            Na língua portuguesa dizemos que: quando se sabe alguma coisa de COR é como dizer que temos no coração uma memória que nos diz o que devemos fazer e parece que o mundo inteiro esta acordando para que o desejo do coração seja atendido.

            Mas o que este Quarto Poder quer afinal?

            Já foi erguida a bandeira da paz seja mundial ou pessoal, a bandeira das religiões e todas outras tantas bandeiras já foram levantadas, mas nenhuma delas parece preencher o vazio que de COR sentimos, porém não identificamos.

            É como se não conseguíssemos falar ou ouvir o que nosso coração quer nos dizer, na verdade o coração de todos busca exatamente isto: A Verdade.

            Sem a verdade não adianta fazer leis e regras para serem seguidas, nem ao menos cultuar o bom comportamento esperando que este nos traga algum beneficio, mas o que é a verdade?

            Costumo dizer que a palavra verdade tem mais sentido quando a palavra é ver e dar de si mesmo, ou seja: Quando entregamos nosso ser ao que é evidente por si só, sem contestação ou entorpecimento de nosso próprio EU.

            Nós em muitos momentos interferimos com nosso ser no encontro com a verdade, por mais evidente que seja, forçamos e transferimos com nossa persona grata, que quer dizer: pessoa bem vinda ou bem aceita, na aquisição da verdade, é quando dizemos:

            Eu sou assim...
            Eu penso assim...
            Eu acho que...
            Pela minha experiência de vida eu sei que é assim...

            É quando mascaramos a mentira em nós mesmos e usando do quesito “Este sou eu” não nos aprofundamos em dar ao nosso ‘eu’ o colhimento da verdade, mas o coração parece que não convive muito bem com nossas mentiras, é quando alguém comete um erro ao conduzir um veiculo e de imediato acionamos a buzina, como quem não dá o direito ao outro de errar, porém sempre temos boas e grandes desculpas para dar sobre nossos próprios erros só que assim como não toleramos os erros dos outros parece que estamos vivendo um momento de rebeldia do quarto poder que não para de falar mal e brigar com nossa mente, que como um mecanismo feito para se obter a verdade, nossa mente esta tagarelando e culpando não a nós mesmos por nossos fracassos, mas sempre o outro: o outro político, o outro partido, o outro que esta nos outros três poderes para resolver o problema do nosso quarto poder, e numa rebeldia cheia de justificativas desejamos que tudo e todos sejam justos, honesto e verdadeiro embora quando se trata de impor a verdade sobre nós mesmos fugimos para sonhos e delírios de que os outros são culpados pelos fracassos de todos e até dos nossos próprios poderes.

            E nessa busca a maioria diz:

            - Somente Deus é perfeito!

            E todos se julgam merecedores de serem ouvidos pelo ser perfeito, sábio e poderoso que vai prover tudo que queremos, e não queremos nada além de viver num mundo justo, perfeito e sem erros e em meio a isso tudo eu me pergunto:

            - Não saem de nós mesmos todas estas imperfeições?

            Se formos mesmos como filhos de Deus então somos filhos perfeitos vindo de um pai perfeito, é como ser filho de uma macieira, portanto somos todos maçãs!
           
            Ou será que podemos ser pêras que saíram de uma macieira?

            Embora haja entre nós aqueles que não acreditam na existência de um ser superior, mas até mesmo estes querem e buscam algo superior entre nós.

Que o ser seja superior à raiva, pois só assim se pode ter a paz.

Que seja superior a cobiça que só assim não seremos devedores de ninguém por querer ter além do que podemos ter.

            Que seja superior a corrupção, pois esta como a própria palavra já diz: corromper é romper duas vezes com a verdade (co-romper), é estragar e putrefazer o bem que possa haver entre nós e é claro que mesmo que coloquemos a verdade no centro de tudo, se todos olharem para ela todos estarão olhando para mesma direção e assim cada um em seu lugar terá como todos um ponto em comum:

            O quarto poder ao centro de tudo não é nada além do que o verdadeiro amor entre todos nós.

            E que seja para ser Fraterno todo nosso amor.


            

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quem Quer Ser o Síndico?


            É difícil!
            No Edifício!
            Alguém querer ser o Síndico!

            Nas reuniões para tomadas de decisões
nem sempre todos aparecem,
na verdade quase ninguém aparece!

            E assim que se elege alguém
pra ser o síndico
logo os problemas aparecem!

            É reclamação do latido do cachorro!
            É o elevador!
            O zelador!
            O porteiro e o Faxineiro!

            Todos têm algo a dizer,
e assim que o síndico assume
todos já acham que ele vai ter de fazer!
           
            É arrumar infiltração!
            Consertar o portão!
            Colher o lixo, um dia sim outro não!

            E assim vai indo e vindo...
            E o síndico é ladrão!
            Na próxima reunião a gente tira ele!

            Mas quem quer o cargo e assumir os problemas?
            Resolver tudo é um dilema!
            E novamente o mesmo síndico
ou o anterior é que vai resolver
tudo que ninguém tem tempo pra fazer!

            Então! Quem sabe o que fazer?
            Será que é assim que vamos resolver?

            Desde que o homem começou a viver em cidades a história é sempre a mesma, se elege um rei, mas os reis enriquecem, ou até mesmo um imperador, um ministro, senador, presidente... E assim a gente vai levando sempre desconfiando, e o que parece ser o mais moderno “A DEMOCRACIA” nem sempre é o meio mais certo, mas por falta de algo melhor, pelo menos este sistema não é o pior!

            Bom! Na realidade qualquer sistema de governo pode funcionar desde que o homem (digo homem no sentido da raça humana) não seja vencido pela corrupção e avareza como podemos ver no artigo: A Vil Violência! http://reflexhuman.blogspot.com.br/2009/01/vil-violncia.html esta forma de ser, o ser com censo ainda é a forma mais humana que podemos ter, mas como dizem: Ninguém é Perfeito!

            Porém como podemos ver não é fácil viver com as imperfeições.

            Reis cruéis e ditadores já foram depostos, alguns perderam a cabeça, desde a Queda do Império Romano, da Bastilha, dos ditadores e até do Socialismo que ainda insisti em querer dar certo, todos os povos se pronunciam contra o mal que não é o poder e nem o síndico e sim a falta de soluções dos nossos problemas e que levaram o homem a se rebelar e querer agir pra que os males causados pela vida em sociedade tenham soluções.

            Aqui no Brasil tivemos e ainda estamos tendo um destes levantes, dizem que o povo acordou, mas o que despertou o povo desta vez não foi às velhas desculpas da dureza e da frieza do mercado econômico, não foi à inflação e nem somente os 20 centavos de aumento da passagem de ônibus e sim a revolta por ver que o governo é sim muito capaz de resolver as coisas, afinal resolveram que tínhamos que construir estádios e mais estádios e até vila Olímpica!

            Tudo isso só demonstrou ao povo que dinheiro tem pra resolver os problemas, afinal pagamos um dos mais altos condôminos do mundo, só pra viver aqui nesta terra onde se plantando tudo dá, onde banqueiros e fazendeiros e reinados Multinacionais cada vez mais refaçam os antigos domínios dos senhores feudais através de financiamento de campanhas para eleger um simples síndico.

            O mais bizarro da chamada Democracia é que grupos de moradores se reúnem numa única chapa e outros moradores fazem o mesmo e se postam como sendo contrario ao primeiro grupo e outros grupos também se formam e cada grupo arrecada milhões de reais só pra eleger o representante de sua chapa pra ganhar pouco mais que oito mil reais.

            É claro que neste imenso condomínio, chamado Brasil, só um síndico não resolve e nem consegue fazer tudo sozinho, ele precisa de outras pessoas e por mais estranho que pareça o síndico acaba distribuindo cargos de confiança aos seus rivais de chapa que também arrecadaram dinheiro dos banqueiros, fazendeiros, Multinacionais e Cia. Para defender os interesses dos mesmos e assim o império contra ataca os moradores, fazendo com que estes paguem de volta e com lucros, juros e muitas correções monetárias o dinheiro gasto na eleição do síndico e seus aliados, e assim todos acabam pagando mais caro o conserto e a manutenção do condomínio e enquanto todos os vassalos reclamam dos gastos e do pouco retorno dos benefícios que deveriam ter os novos senhores do feudo inventam de criar grandes áreas de lazer e recreação colocando os vassalos para disputarem em competições e títulos de campeões que só servem para acrescentar aos vassalos o espetáculo de circo que vai ajudar os Feudalistas a criar mais produtos de consumo e enquanto os vassalos pagam oito reais num cachorro quente, os senhores do Feudo sobem mais um andar, e se colocam acima de todos, em suas coberturas somente pelo seu bom relacionamento com o síndico e mesmo que este seja “ladrão mais faz” nunca irá fazer pelo bem de todos, pois quando se rouba é por que de alguém se tirou algo que lhe pertencia!
           

            Assim como uma boa administração de um condomínio, um país precisa de um bom síndico que só poderá sair do meio dos próprios moradores, que precisavam mesmo descer de seus apartamentos saírem de seu conforto e irem para reunião, como todo mundo decidiu descer ao mesmo tempo as ruas ficaram lotadas de moradores, mas é preciso despertar também para um bom relacionamento com os vizinhos, moradores com boa educação não precisam ter faculdade ou passar anos em uma escola, para isso só precisam mesmo é saber respeitar o seu próximo, colaborar com a limpeza, saber consumir bem o que sua saúde necessita e dizer não aos produtos de consumo criados por Multinacionais e fazendeiros, que só se interessam em produzi-los, para que os moradores consumam mais, sem se importar se é melhor para saúde ou não, pois são tantos os vassalos, se reproduzem tão rápido que uma taxa de mortalidade é aceitável, tanto por falta de saúde como aqueles que são mortos por crimes e acidentes. Nós precisamos mesmo acordar desse sonho sem fim de que ninguém é perfeito, mas pelo menos vamos tentar viver melhor com a perfeição em nosso ser para que algum ser entre nós seja O SÍNDICO.

Olha que bonitinho este produto que os auxiliares do síndico elaboraram para os vassalos:

terça-feira, 18 de junho de 2013

A intervenção Não Governamental.

A intervenção Não Governamental.

            Segunda-feira, 17 de junho de 2013.

            Hoje está sendo mais um dia de protesto aqui no Brasil, o povo nas ruas com cartazes nas mãos cantando o hino e caminhando em direção á...

            Bem quanto a isso não se sabe ao certo!

            Mas o que parece é que temos uma insatisfação coletiva contra tudo que é ruim e isto é algo um tanto óbvio não gostar do que é ruim, dizem que agora não é só uma questão de aumento da passagem de ônibus e sim a luta por saúde, educação, transporte...

            Há muitas coisas que não compreendo disso tudo!

            Como por exemplo, é sábio pela maioria da população, que a maioria dos acidentes de trânsitos são causados por motoristas embriagados, então o Governo cria uma lei proibindo as pessoas de beberem e dirigirem, daí então às pessoas reclamam do autoritarismo, que elas têm direitos de fazerem o que bem querem com seu corpo, que não são obrigadas a produzir provas contra si mesmo através do bafômetro... Bom! Isto acaba sendo controverso ao que as pessoas exigem do governo!

            O mesmo acontece em outras questões!
 
            Como a Lei que obriga o homem a pagar pensão alimentícia, ela não foi feita apenas para garantir que a criança não seja prejudicada quando seus pais se separam, e sim também para que as pessoas assumam um relacionamento com consciência de suas responsabilidades ao formar uma família, mas o que acontece é que pelo fato de existir esta lei  que as mulheres sentem mais a vontade em ter uma relação e se não der certo tem garantido uma pensão!


            Existem outras leis também criadas para que as pessoas tenham maior respeito uns para com os outros como a lei Maria da Penha que visa diminuir a agressão contra as mulheres em seio familiar, mas fica em todas estas leis o seguinte pensar:

             Será que tudo que somos deve ser por força da lei?

            Até quando vamos eleger pessoas para dizer a nós quem nós devemos ser?

            Hoje milhares de pessoas estavam nas ruas deste país protestando contra a violência e pedindo educação, saúde, segurança... Eu até estive lá para ver o que é que realmente estão querendo e o que vi foram pessoas exigindo educação, porém xingando os políticos e até emissoras de Televisão! Pessoas exigindo saúde e com copos de bebida nas mãos, fumando e dizendo que dali vão pro ESQUENTA!

            Houve até protestos contra bandeiras políticas e ao mesmo tempo dizendo que estão sendo democráticos!!! Mas o que é democracia sem representação política?

            O que vejo é que não é só o Brasil e seus problemas, mas o mundo inteiro está sofrendo uma crise de identidade onde a liberdade é vista como a libertação dos dogmas e tabus, no entanto sem dogmas e sem os rotulados tabus o exercício da liberdade tem produzido a perda da própria identidade, e excesso de liberdade pode virar anarquia, então hoje um grande numero de pessoas saíram as ruas, mas não foi pra garantir seja lá o que for, foi apenas uma demonstração de descontentamento contra o Governo, agora eu queria saber:

            Estas pessoas estão sabendo Governar a si mesmas?
           
            Elas estão exigindo exatamente uma postura moral dos governantes, que não sejam corruptos e vendidos aos interesses partidários, que invistam o dinheiro publico de maneira mais eficiente, produzindo assim uma melhor qualidade de vida a todos... Agora pera ai!

            Será que as pessoas estão investindo o dinheiro que ganham em sua própria educação?

            Será que há tanta cede de conhecimento ético assim por toda esta população, então onde está a ética neles?

            Por que só dos Governantes é exigido honestidade enquanto todos lutam pelo direito de se mascarar e mentir em seus relacionamentos, enquanto a ética familiar é destruída pelos desejos libertinos dos relacionamentos sem compromissos e passageiros, apenas para o prazer momentâneo do corpo que agora neste momento parece que o que está acontecendo é que todos estão cansados de viverem como vivem e querem de alguma forma que o exemplo de saúde, de educação, de dignidade de respeito e de comportamento ético venha de fora enquanto por dentro borbulha em seus seios a imensidão da falta do bom próprio e sábio caráter!

            Os dogmas e tabus ao contrario do que se pensa foram aspectos das características humanas que muitos grandes estudiosos implantaram na sociedade, porém com o tempo o conhecimento deixou de ser adquirido e passou a ser rotulado como Moral, muitos repetem esta palavra sem o conhecimento profundo de suas origens, pois a chamada moral ainda é vista como um controle imposto principalmente pela igreja que há muito tempo deixou de ter poder sobre as pessoas, só que com a perda de poder da igreja a própria moral passou a ser vista como parte do controle religioso e toda a sabedoria construída através de milhares de anos por grandes filósofos que foram os precursores desta grande evolução do ser humano para com “ser humano” se transformou nos ditos “tabus” e estes por sua vez ao serem deixados de lado pela sociedade também foi junto à ética, a dignidade e o respeito de todos para com todos e nesta perda nossos governantes, que nada mais são que uma extensão do povo, está ai tentando estabelecer uma ordem, uma forma de controle ético através das leis, porém em si mesmos não cabem a moral e o respeito pelo poder, corrompem e por ter o controle não são julgados por eles mesmos. Comissões Parlamentares são realizadas uma após outra e quase ninguém é condenado, no máximo ficam de castigo dos seus direitos políticos enquanto do povo não sai nenhum representante de respeito, nós seguimos apenas exigindo que algum ser extraterrestre...
            Por que entre nós mesmos em nosso pequeno planeta só exigimos, mas não intervimos em nosso próprio Governo!

            Até quando durará isso?
           
            Difícil dizer, mas mudanças precisam ser feitas e principalmente de dentro para fora!
          

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Pré-Conceito em Contra-Adição


            Como vimos em: Pra ser Feliz Vale tudo??? Nossa sociedade caminha em busca de um real conhecimento de si mesma e nisso o conhecimento de quem somos tem sido promulgados por todos como a luta contra os chamados preconceitos onde o que é realmente importante é ser feliz. Se você não matar, não roubar e seus atos só atingirem somente a ti mesmo qualquer forma de ser tem sido validada, como se o contrario é uma ação pré-conceituosa, mas quem é que nasce com todos os conceitos já formados?

            A revolução industrial tornou o ser humano também um ser pré-produzido onde a forma de ser livre e desatinada se tornou a fórmula da felicidade, as pessoas estão bebendo cada vez mais, fumando, usando drogas e isso se tornou o sinônimo do direito de livre expressão, de liberdade de ser e de pensamento, enquanto todos estão lutando por seus direitos parece que todos se esquecem do principal: As obrigações!

            Tivemos uma grande comoção mundial no inicio dos anos 90 com os Shows sobre os direitos Humanos e as pessoas sem um conhecimento mais culto sobre o que é realmente direito saíram exigindo seus “direitos” sem se dar conta da verdadeira intenção da declaração Universal dos Direitos Humanos estabelecida pela ONU em 1948 logo após a segunda guerra mundial criada em grande parte para garantir que toda a humanidade tivesse um código de conduta em comum para todos os humanos, e que as barbáries do passado fossem consideradas crimes contra o direito da própria existência do ser.
 
            Na verdade estes códigos foram estabelecidos outras vezes ao longo da história da humanidade, desde 539 a.C. o cilindro de Ciro, encontrado na Pérsia, é tido como o mais antigo registro de uma declaração dos direitos Universais da Humanidade.



            O que foi perdido ao longo da história, foi que em todas as vezes que se criaram estas declarações, buscava-se não só garantir os direitos, mas e principalmente estabelecer as obrigações de todos para com todos, em relação ao respeito mútuo e garantir igualdades entre todos independente de raça, credo condição social...

E depois de todos estes esforços vemos uma sociedade comercializando a felicidade!

            As propagandas vendem o tempo todo que a felicidade esta em festas arraigadas de bebidas, as próprias empresas de bebidas promovem grandes festas, Shows e eventos sempre mostrando que ‘o ser feliz’ é aquele que bebe e com isso, este ser está sempre cercado de amigos, se envolvem em grandes conquistas...

            É comum entre os jovens ao verem um amigo “se soltando” questionarem o mesmo se está sobre efeito de álcool ou drogado, como se o ser feliz fosse conquistado por esta via. Parece até que estou falando de moralidade ou exigindo severidade das pessoas... Mas como se podem gerar conceitos sem estabelecer em si uma ordem?

            Como idealizar sem ter ideais?

            É um tanto contraditório achar que sendo de direito o livre pensamento, que o próprio pensamento virá sem se quer se argumentar sobre o que é que estamos pensando!

            Nossa memória genética não trás por si só a informação dos ditames de como somos, temos que descobrir como somos, quem somos e o que nos torna ser assim?

            É sábio que grande parte do que somos é ditado pela sociedade em que vivemos se moramos em outro país assumimos a cultura local, pensamos como a maioria em nossa volta pensa e até nossa memória dos fatos pode ser alterada pela crença em associação com a crença dos outros.

            Antigamente, mas não muito a homossexualidade não era tão comum, porém os ditos homossexuais eram de certa maneira ainda heterossexuais como identificar o seu par como sendo do sexo oposto a sua opção, exemplo: um Homem homossexual tinha em sua maioria, no passado, a identidade feminina enquanto seu parceiro deveria ter a identidade masculina, o mesmo ocorria na homossexualidade feminina, onde uma fazia o par masculino.

            Hoje em dia até mesmo esta identidade cultural tem se perdido!

            A humanidade em nome dos “direitos” e sem conceito tem gerado uma geração sem identidade, feita de ídolos da “moda” roupas da moda, músicas da moda... Quando que a moda na verdade não significa ter algo de bom gosto, ou melhor, e nem pior. Moda quer dizer atual, ou seja: Atualmente se consome estas roupas, se houve estas músicas... O que não vem a dizer que isto seja melhor  ou pior do que o que se tinha antes, é simplesmente o atual.

            Estamos com isso caminhando não no sentido de evolução, mas no caminho da contra-adição de valores sejam eles quais forem, estamos apenas seguindo a corrente como se a corrente ou o fluxo nos levasse para o melhor lugar, quando na verdade todo fluxo sempre vai para baixo!
           
            Para não agir com preconceito as pessoas tem agido sem a busca de um real conceito, frases curtas e populares são usadas por todos como se estas frases fossem carregadas de sabedoria e imutáveis, como dizer que o importante mesmo é ser feliz! Será que já temos um conceito totalizado do que é felicidade?

            Os antigos filósofos sempre se questionaram sobre a felicidade. Platão chegou a acreditar que o caminho ideal para a felicidade seria viver em uma sociedade onde os casamentos seriam coletivos e os filhos seriam como um bem comum a todos! É claro que este conceito nunca chegou a produzir uma sociedade melhor, mais justa e feliz, pois se assim promovesse o modelo que se segue hoje teria sido derrotado já há muito tempo.

            Em 1954, o psicólogo americano James Olds, ao realizar experiências em ratos, para estudar o "estado de alerta, colocou, por engano, os eletrodos em uma área profunda do cérebro destes tida como responsável pelas reações emocionais.

Os referidos elétrodos estavam conectados, através de fios, a uma alavanca que permitia, ao animal já devidamente treinado, acioná-la, sempre que desejasse.

Então, Olds verificou que os roedores passaram a acionar o dispositivo freneticamente, como se da estimulação cerebral resultante, lhe adviesse uma imensa satisfação, repetindo a experiência com outros ratos, resultados idênticos foram obtidos, sendo que alguns chegavam a acionar a alavanca  de 4 a 5 mil vezes no período de uma hora.

E o prazer que obtinham devia ser de tal intensidade, que nem a fome e nem estímulos dolorosos conseguiam interromper o processo. Eles somente paravam de se auto estimular quando vencidos pela exaustão.

Olds havia descoberto as áreas cerebrais responsáveis pela sensação de recompensa!

            Isso nos trás a seguinte questão:

            O ser humano livre de qualquer conceito ao receber um estimulo que supostamente lhe cause satisfação passa então a ser dominado pelo desejo de satisfação e isso torna o ser preso a viver de acordo com estímulos externos, sem a apreciação de sua própria razão, o que faz com que o ser passe a viver em função dos estímulos mesmo que estes estejam de certa forma contrária as suas necessidades biológicas, como comer, beber, reproduzir...

Por isso, ao agir em função de suas emoções o ser perde aos poucos a necessidade de conceituá-las, é o que acontece quando um homem, por exemplo, diante de outro homem sexualmente atraente é totalmente compreensivo sentir alguma emoção, que não implica em vir a ser homossexual, mas o ser que vive em função dos estímulos passa a questionar se é valido viver esse estimulo e como nada em seu conceito implica-o em se proibir, de vivenciar este estimulo, já que em seus conceitos, pré-moldados pela sociedade lhe dizem: “pra ser feliz vale tudo” se libera o ser de uma razão conceituada, este pode ir então a buscar vivenciar este prazer!

Por tudo isso a derrota dos preconceitos leva a contradição de se adquirir um verdadeiro conceito, passamos então pelo conflito de viver as emoções ou lutar pelos ditames das velhas razões.
É preciso entender que: seja qual for o estimulo do prazer que lhe preencha as emoções, ao vivenciá-las sempre teremos satisfação, sempre. Nós podemos até sermos cruéis para com os outros se a crueldade lhe proporcionar prazer como no caso do sadismo ou do masoquismo, isso leva o ser a ultrapassar os limites de sua própria sanidade, como ratos que mesmo com suas necessidades biológicas para suprir, a vontade de viver passa então a dar mais importância ao prazer do que a própria existência. O ser humano é uma das maquinas mais livres de toda história da evolução da vida, não precisamos fugir de grandes predadores já que o maior predador somos nós mesmos, somos auto-curáveis, pois produzimos nossa cura até de maneira artificial ao manipular a ciência para produzir a própria cura, não precisamos estar ciente de tudo que nos cerca, já que cada um ao realizar uma determinada tarefa dentro da sociedade, pode empenhar um pequeno papel na construção dessa complexa modernidade, com isso empenhamos nossa razão apenas nas construções de bens ou para funções dentro de nossa sociedade, mas sobre nós mesmos somos seres confusos e difusos em nossas conclusões, copiamos argumentos sem pesá-los dentro de uma conceituação profunda e assim vivemos na superfície da razão e escravos da emoção.

Há conceitos que são perenes e outros até maleáveis, mas somos nós que na busca de viver sobre o caminho de nossos verdadeiros desejos precisamos encontrar e até frear nossas emoções, para que possamos construir com esta nossa felicidade! Nenhum ser humano foi capaz de voar só pela emoção, foi preciso usar a razão para depois viver a emoção de voar, portanto procure conceituar melhor seus desejos para a adição daquilo que realmente lhe fará feliz.
             

            
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