segunda-feira, 3 de março de 2014

O Vinculo Separatista!

Volume 2

            A segunda guerra foi um momento vivido pela humanidade marcado principalmente pela intolerância as crenças e a forma de viver, e tantas mortes foram causadas partindo das ideias de um único homem!

            Adolf Hitler foi capaz de convencer uma nação inteira a se empenhar no intuito de exterminar não só os Judeus como também os doentes incuráveis, idosos senis, deficientes físicos, doentes mentais... Mas o que se refere tudo isso ao Vinculo Separatista?
           
            Em seu volume 1 (http://reflexhuman.blogspot.com/2014/02/o-vinculo-separatista.html) vemos como os seres são capazes de se submeter a uma suposta ordem superior, mas há de se lembrar que as pessoas que se sentem superiores também estão sujeitas aos seus próprios sentimentos de superioridade!

            Um artista famoso estava dirigindo seu carro em alta velocidade quando se viu seguido por uma viatura policial, o artista só parou em um posto rodoviário, ao ser abordado pelo policial ele disse:

            -Eu sou o M_______ qual o problema? E o policial respondeu:
            E eu sou autoridade de transito cidadão!

            Isso é só um exemplo de um comportamento mais conhecido na gíria popular de: Carteirada!

            A carteirada é o uso de alguma autoridade para se conseguir alguma vantagem, como poder furar uma fila ao se apresentar como autoridade, se livrar de multas ou até mesmo obter algum beneficio em vista de seu oficio ou por ser ou pertencer a uma entidade famosa.

            O interessante neste tipo de comportamento é que a pessoa se sente ou se acha uma espécie de ser humano a parte do restante da humanidade, algo como podemos ver em filmes como Titanic, onde as pessoas se sentem especiais por serem mais ricas ou por terem alguma importância em sua função dentro da sociedade. Isso geralmente ocorre de forma progressiva e que vai se acumulando conforme a vivência humana, assim o ser se vê alocado em algum lugar no mundo (veja mais em: http://reflexhuman.blogspot.com/2014/02/principio-da-progressao-continuada.html) como se estar ali é para empenhar um papel.

            A segunda Guerra é uma prova constante e inegável da nossa própria capacidade de ignorância e arrogância perante aqueles que supostamente são inferiores, todos nós em algum momento negamos nossas falhas e de certa forma ainda apoiamos estas, em falhas cometidas por outrem.

            Isso acontece primeiramente dentro do cenário vivido pelo ser.

            Já trabalhei com pessoas que sentem um imenso prazer em dizer que pagou caro por este ou aquele produto, que gasta muito dinheiro pra ter ou fazer algo que goste, mas ao se referir aos seus subordinados, principalmente no que se referem aos empregados domésticos, estas pessoas não acham justo (como se isso fosse realmente justo) pagar um valor maior há quem lhe presta algum serviço.

            Esta forma de ser está presente até mesmo em nossa arquitetura, onde os apartamentos possuem quartos e salas e banheiros bem amplos, mas na área reservada aos seus subordinados isso é bem reduzido chegando até causar desconforto como se a pessoa ao viver ali e por estar ali somente para empenhar o papel de “funcionário” não tem direito a ter algum conforto e comodidade.

            Agora imagine em um cenário como este ter uma criança crescendo!

            Ao ver que existe duas categorias de pessoas: - As que têm direito ao luxo, ao bom convívio e uma boa área pra se viver e as outras pessoas que são como um produto a ser consumido por eles. Está forma de ser leva o ser a acreditar que são de certa forma, merecedoras daquilo que tem e por serem, fazerem e agirem assim é o que as fazem serem especiais.

            Isto leva o ser a ter seus sentimentos e ações somente voltados aos seus iguais, é o que leva os ricos a se apaixonarem somente por pessoas de mesmo nível social, enquanto por outro lado seus sentimentos pelas pessoas mais pobres são bem distanciados.

            Este vínculo entre a riqueza e a separação com os outros seres humanos cria uma espécie de cúpula que separa as pessoas e a falta de empatia faz com que as pessoas acreditem terem algo especial e por isso são privilegiadas.

            Lembro uma vez em estar em um ônibus e um rapaz de uns 16 ou 17 anos entrou juntamente com um senhor e começaram a conversar:

            - Vô como é que o motorista sabe onde fica a sua casa? O Senhor respondeu:
            - Quando estiver perto a gente dá o sinal! O rapaz perguntou de novo:
            - E como a gente dá o sinal?
            - É só puxar a cordinha que ele para no ponto.
            - Mas o que é ponto?...

            A conversa continuou com o avô do rapaz explicando como é que funciona um meio de transporte coletivo, ou seja: aquele rapaz de uns 16 ou 17 anos nunca tinha entrado em um ônibus e isso me vez imaginar quantas crianças e quantas pessoas estão sendo criadas assim e isso nos trás de volta a segunda guerra e me fez entender como uma pessoa foi capaz de seduzir uma nação inteira para o genocídio de tantas pessoas.

            Em momentos de crises econômicas o índice de criminalidade, de roubos e outras barbáries aumentam isso nos mostra que não são só as pessoas pobres que comentem crimes e sim uma parte da população que não suporta a ideia de perder o poder que sentem ao serem mais ricas, isso me levou a ver que as pessoas vinculam suas riquezas e suas heranças ao seu próprio “eu” e ao perderem o seu tão abastado “eu” acabam perdendo toda capacidade de respeitar e compreender a necessidade da própria dignidade do ser humano em si.

            É preciso entender que não há mal em ser rico e nem que é preciso ser ruim com as outras pessoas para manter seu lugar no mundo de ser abastado, mas sim que por algo no passado você tem o direito a este presente, no entanto isso não te obriga a ter aquele mesmo comportamento dos senhores feudais, dos coronéis e de pessoas que de alguma forma estão em um lugar mais elevado perante os outros, pois todos nós estamos em um mesmo mundo e podemos fazer a diferença neste mundo, sem que para isso haja pessoas que tenham de serem humilhadas ou desvalorizadas por não ter tido a mesma chance que você teve, de fazer uma faculdade ou ter uma educação melhor, toda vida merece ser tão amada quanto a sua vida e é por isso que alguém conseguiu conquistar o mundo com a simples noção de que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos.

            E o próximo não é o seguinte, como nosso filho herdeiro de tudo que conquistamos!

            O próximo pode estar ai bem pertinho de você, na sua cozinha, passando sua roupa na área de serviço ou até mesmo dormindo em sua casa embora num quartinho bem pequeno, mas com um coração igual ao seu com o mesmo direito de te amar também.



Este artigo ainda terá um terceiro volume.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Deus e o Destino das Flores!

 Deus não joga Dados com o mundo!

            Esta frase referida a Albert Einstein, tenta debater sobre a mecânica Quântica e suas propriedades aleatórias. Na verdade a frase dita originalmente é mais ou menos assim: "A mecânica quântica é certamente impressionante. Mas uma voz interior me diz que não é ainda a coisa real. A teoria diz muito, mas não nos traz mais perto dos segredos do Velho. Eu, pelo menos, estou convencido de que Ele não joga com dados".
            O "Velho" aqui é uma figura metafórica representando não o Deus judaico-cristão, mas o espírito da natureza, a essência da realidade.

            Mas é na realidade que encontramos exatamente as mesmas propriedades da mecânica quântica no que se refere ao jogo de dados, vejamos, por exemplo: As Flores!

            As flores são na realidade os órgãos reprodutivos das plantas, onde, digamos o ato sexual é ofertado a ação de outro ser, podendo ser uma abelha, um besouro, até mesmo algumas aves e outros pequenos animais, sem entrar na questão evolutiva e biológica, vamos aqui analisar apenas o porquê dessa necessidade da ação de um ser.

            Imagine a seguinte situação!

            Um ser, seja ele qual for, planta ou animal tem a possibilidade de escolher qual forma de si mesmo ele quer perpetuar, ou seja: levar além, mas ao fazer isso é preciso lembrar que uma escolha nossa, seja qual for elimina a possibilidade de qualquer outra escolha naquele momento, sendo assim nossas escolhas determinam a extinção de uma infinidade de outras escolhas, então como saber que escolha escolher???

            No artigo: http://reflexhuman.blogspot.com.br/2013/05/a-lira-do-destino-parte-1.html e sua segunda parte: http://reflexhuman.blogspot.com.br/2013/05/a-lira-do-destino-parte-2-final.html eu falo exatamente sobre a ação do destino sobre os seres.

            Obs: O blog: Reflexão... Há humanidade! Foi feito para levar as pessoas uma compreensão maior de nossa própria humanidade, como a crença em Deus faz parte da humanidade fica difícil tentar evitar falar Dele, principalmente por que gostaria de manter o blog neutro quanto à discussão religiosa, mas é difícil evitar trazer o assunto a tona, por isso mais uma vez abro essa exceção para falar de Deus.

            É comum ouvir as pessoas dizendo que tal ser nasceu segundo a vontade de Deus, ou que outros fatos ocorrem segundo a vontade do mesmo, mas é preciso entender alguns princípios básicos, como:

Infinito: entender o infinito não é só entender que o espaço não tem fim, ou que o tempo seja eterno, há também de se entender que infinito engloba uma série de outras coisas, como infinitas possibilidades de ser, de fazer, de interação seja em si mesmo ou com outros seres...

Eterno: Que não tem começo e nem tem ou terá fim.

Onipresença: significa que algo, está presente em tudo e que tudo tem a mesma possibilidade de presença no espaço e no tempo, mesmo sendo o espaço e o tempo infinitos.

Onisciência: a mesma ciência que rege o Universo está presente em tudo, a Onisciência é a lei universal, mecânica e inerente há tudo e com todos os seres.

Onipotência: em qualquer lugar, qualquer coisa tem a mesma potencialidade de existência, é visível no calculo E=M C2 que nos mostra que em um simples átomo há um potencial enorme e quase infinito de energia capaz de gerar até mesmo um novo universo dentro de nosso próprio Universo.

            Agora vejamos:

            Se Deus é onipresente, onisciente, onipotente, eterno e infinito não deve haver portanto um privilegio de um ser sobre o outro, isso implicaria em uma potencialidade maior de um ser, fato ou quaisquer que seja a ocorrência sobre todas as outras coisas, seria um total desequilíbrio na própria Onipotência de uma ocorrência perante a onipresença de todas as outras possibilidades de ocorrência, assim como implicaria que a onisciência é exercida em favor de algo implicando a não ocorrência de quaisquer outras possibilidades existenciais.
 
          Em outra linguagem mais fácil de ser compreendida por todos é o mesmo que dizer que um ser, seja este Deus ou não, controlaria o desejo e o voo de uma abelha, por exemplo, para que esta ao sair em voo encontre apenas uma determinada flor e entre em contato com um único e determinado estames e leve o pólen apenas para um único determinado pistilo para que a combinação genética gere exatamente a flor desejada por Deus!!!


Ora! Existem tantas e tantas variáveis possíveis que nem todos os computadores do mundo reunidos para calcular esta escolha seriam capazes de fazer isso somente para obter uma única combinação desejada, sendo que seria preciso saber todas as abelhas possíveis, todas as flores possíveis, a variação do tempo (clima), a velocidade do vento e todas e quaisquer coisas que possa entrar no caminho da abelha e por uma pequeníssima flutuação em qualquer ocorrência levaria esta ao encontro de outra flor, de outras informações genéticas que implicaria na não existência da flor desejada por Deus!

Isso tudo significa somente uma coisa?

Que não há outro destino a não ser o que acontece a cada momento.

Nesse caso Deus, não pode negar sob o julgo de sua própria e superior vontade a existência do próprio infinito, afinal Ele mesmo está para o infinito assim como o infinito está para Deus, portanto toda esta forma dos seres se reproduzirem e gerarem outros seres estão diretamente ligados a Deus sendo assim tudo a todo o momento está em aberto para gerar o que tiver de ser gerado.

Isso significa que toda forma de vida possível está para o infinito e todo o infinito está para todas as formas vividas, sendo assim a vida não pode negar o próprio potencial de outras vidas, por isso os seres ao se reproduzirem geram com isso uma enorme e quase que infinita possibilidade de combinações possíveis, trazendo a tona à forma de vida que surge ao acaso, isso é como se Deus jogasse dados com o mundo!

Mas se existem todas as possibilidades de combinações possíveis no infinito, portanto qualquer resultado que surja é um resultado finito e por isso com potencial existencial infinito!

Em suma é como se toda e qualquer flor que venha a existir, toda e qualquer forma de polinização que venha ocorrer deve estar ligada diretamente a vontade de todos os seres viventes no mesmo universo, é como gerar um Universo que seja responsável por si mesmo, isso é como dizer que o acaso na realidade está diretamente ligado com o infinito e este estabelecendo por ordem dos fatos a existência finita de todas as outras possibilidades. É como se o acaso só é possível por ocorrência de um caso!

É por isso que a existência das flores só é possível pelo fato de que a natureza necessita de uma casualidade para que todos os outros acasos sejam dissolvidos em um único evento.

Portanto Deus não joga dados com o mundo!

Pois o mundo inteiro já é um imenso dado e cada evento é por si só um caso vindo de um acaso tornando este uma realidade imutável no espaço e no tempo.

Aplicando esta ciência em nossas vidas significa que não há um homem certo ditado por Deus para casar com a mulher certa, ou visse versa, não há uma determinação no tempo e no espaço para que este ou aquele evento ocorra sem que nós mesmos movamos para esta possibilidade, pois somente o ser real dotado de onipresença, onisciência e onipotência pode fazer isso, somos nós os causadores de todos os eventos possíveis, de todas as possibilidades dentre estas só podemos escolher aquilo que realmente somos capazes de fazer, assim como a abelha que decide por uma flor, nós decidimos por nós mesmos sem que isso implique em esperar por uma vontade superior, pois em nós mesmos já está embutido à vontade de Deus, sendo assim o nosso amor é também o mesmo amor que Deus tem por nós, a nossa pessoa amada é a pessoa amada por este Deus vivo dentro de nós, então não espere por uma voz vinda das nuvens para te dizer o que você deve fazer, nenhuma abelha e nenhuma flor esperam por isso, eles simplesmente vivem o encanto da vida e se entregam ao gozo de viver sem se punir por suas decisões, afinal estamos livres como formigas sobre a mão de Deus por isso você tem o seu próprio caminhar e tenha certeza de que todos têm suas próprias vontades e atitudes que depois de realizadas nada poderá mudar isso, por isso escolha muito bem o seu perfume, a sua cor, a sua forma de se encantar com a vida e viva, seja como uma flor que espera o seu deleitar do suave toque de uma abelha ou como uma abelha com seu encanto pela flor, o importante é reconhecer que dentro de você se encontra Deus.

E que você faça de sua vida a vossa vontade!

Amém.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O Vínculo Separatista!

Volume 1

  
        Em 1966 o psiquiatra Charles Höfling buscou testar como a obediência influenciava as decisões das pessoas e para isso ele realizou o seguinte experimento: um médico desconhecido ligava para enfermeiros reais em turnos noturnos de um hospital e pedia-lhes para administrar duas vezes mais a dose máxima de um medicamento não aprovado para um paciente. Sem saber que se tratava de uma experiência os enfermeiros administravam o remédio que na realidade se tratava de uma pílula de açúcar inofensiva, e o médico era uma farsa. Dos 22 enfermeiros 21 cumpriram essa ordem absurda. Os pesquisadores deixaram claro para eles do que se tratava o suposto remédio, portanto todos os enfermeiros sabiam que causariam overdose nos pacientes. Mesmo assim, eles administraram as drogas, violando as regras do hospital que proibia que eles recebessem instruções por telefone ou dessem um medicamento não aprovado aos pacientes.
            Esta pesquisa demonstrou claramente que as pessoas perante alguma autoridade pode levar as pessoas a violar sua própria capacidade de julgamento e passa a fazer algo que supostamente foi imposto a obedecer.

            Isso me fez olhar para as pessoas que de certa maneira se diminuem perante o outro ou até mesmo se faz de vitima de algo que lhe de uma identidade. É o que eu chamo de:

Vinculo Separatista!

            Funciona da seguinte forma:

            Quando a pessoa recebe um rótulo de alguém que supostamente tem o direito de te rotular, pode ser um médico, professor, psicólogo etc. são pessoas que tem autoridade para te qualificar seja para o bem ou para o mal, como dizer que você está com depressão! Bem qualquer pessoa pode te dizer isso, mas se isso for feito por um médico a pessoa aceita isso e passa até usar isso como sua própria identidade, como dizer:

            -Eu estou assim porque sou depressivo!

            Existem então diversos perigos ao dar á alguém uma identidade, pois de certa forma estamos alimentando o ser a ter esta forma de ser, e assim à pessoa pode seguir com a vida sem assumir seu próprio julgamento sobre si mesmo. E a cada dia surge um novo rótulo e mais uma nova forma de ser.

            Em uma reportagem vi que o Facebook vai dar aos seus usuários 50 opções de gêneros sexuais!!!

            Veja como estamos criando diversos vínculos de nós mesmos ao tempo que nos separamos a cada novo vínculo.

            Certo dia eu estava trabalhando em um edifício e vi ao lado de outro edifício varias crianças Judias brincando no pátio com seus “Kipás” em suas cabeças e pensei:

            Vão ser criados sobre as tradições Judias, usarão roupas e vão se alimentar como todos os Judeus fazem, vão se casar e levar isso aos seus filhos que levarão isso aos seus... E vão ser felizes assim!

            E nós!

            Qual nossa cultura?

            Por não termos uma cultura definida até o que é óbvio está deixando de ser cultivado entre nós, agora na hora de educar os filhos temos até a opção de 50 rótulos diferentes para definir aquilo que a natureza só nos deu duas opções físicas e definidas! Até mesmo quem nasce com os dois gêneros tem apenas dois gêneros!

             Isso é só um exemplo do quanto estamos criando separações individuais para cada ser dando a este uma distinção vinculada ao próprio ser.

            É como se este fosse o seu papel dentro da sociedade e com o rótulo definido, cada um segue atuando continuamente em seu protagonismo rotulado atuando principalmente com seu Prosopon, ou seja: sua mascara! (Para saber mais sobre o prosopon, segue o link:   http://reflexhuman.blogspot.com.br/2013/11/espirito-santo-o-que-e-e-onde-ele-esta.html)

            E o mais interessante é que a palavra protagonista vem do grego protagonistés, é formada pela junção dos termos proto, que significa primeiro ou principal, mais agon, que significa luta e de certa forma é isso que acontece muitas vezes com as pessoas, de posse dos seus rótulos que as fazem se ver como o ser principal elas lutam pra viverem em seus rótulos, como um alérgico lutando não para superar o que lhe causa alergia, mas sim para que respeitem sua fraqueza e não se tenha gatos no ambiente!
            Com tantos rótulos possíveis e novos sendo criados a cada dia estamos cada vez mais criando nichos humanos de definições distintas ao tempo que tal distinção esta desambiguando (vinculando) o ser de estabelecer em si o seu próprio EU, isso cria a falsa ideia do ser, ser em si, aquilo que lhe foi dado.

            Um exemplo disso é o caso da experiência com os enfermeiros, eles são, em termos, o Nicho dos enfermeiros ao tempo que isso de certa forma dá a eles a ideia que são apenas enfermeiros e por isso não tem responsabilidade com as ordens médicas, já que estes (médicos) estão acima deles, portanto seus papéis de enfermeiros os fazem protagonistas das ordens médicas e mesmo que alguém chegasse até eles e dissesse que tal procedimento está errado eles Lutariam (assim como um alérgico) para atuarem de acordo com a ordem que lhe foi dada.

            Isso tem gerado um grande problema até mesmo nos relacionamentos entre as pessoas, pra ser mais distinto, dos relacionamentos entre casais, por exemplo:

            Se o homem ao falar de X, lembra:
X= Amor, Sexo, Casamento, Esposa

Amor: esposa, filhos, família...
Sexo: mulher, ficante, parceira, relação, namorar...
Casamento: amor, paixão, família...
Esposa: que cuida do lar, companheira, mãe de seus filhos...

            Ou seja: olhamos de diferentes formas para cada rótulo criado dentro de uma relação, sendo que tudo está vinculado ao mesmo ser.

            Com isso as relações entre um casal é vista de forma diferente em cada momento e esta diferença faz com que as pessoas busquem uma atuação diferente dentro de cada momento vivido, por exemplo: o sexo, neste momento se busca, prazer, satisfação, performance... mas com isso se separa o ato do próprio amor, da relação, da união e da entrega que há entre ambos.

            É um erro de tradução de nosso próprio ser achar que por ter sido assim ou por ter acontecido seja o que for de tal forma ou de outra que o ser é obrigado a repetir as mesmas atitudes e atuações de cada momento vivido, como alguém que adquire cleptomania, isso ocorre por que a mente humana ao sentir a emoção em tal ato acredita agora que suas emoções são dependentes de tal ato então para se satisfazer a pessoa passa a repetir o ato de furtar e por ter um rótulo, ou seja, o vínculo de ser assim (cleptomaníaco) essa pessoa passa então a adquirir esta identidade!

            Para se livrar do vinculo separatista não basta apenas à cognição ou o reconhecimento, isso é até perigoso e faz com que o ser se promulgue assim e estabeleça isso como sendo o seu próprio EU, é preciso entender que somos muito maiores do que pensamos, pois temos a cada momento a chance de viver algo diferente, ser e fazer diferente, porém dentro de certos limites, o principal limite esta No Limite Insano,( http://reflexhuman.blogspot.com/2013/07/no-limite-insano.html) aquele momento em que temos sim que nos barrar e assumir o controle das emoções e das atitudes, sempre fazemos isso com o ódio, com o medo, com o ciúmes... por que não fazer isso com os outros sentimentos mesmo que eles nos pareçam bons de sentir e assim podemos seguir com A ilimitada Sanidade (http://reflexhuman.blogspot.com/2013/07/a-ilimitada-sanidade.html) que promove em nós o nosso próprio ser.

           
Este artigo terá ainda um segundo volume.

            
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